Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
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News from NY: 8 fatos aleatórios sobre a vida por aqui

Estava pensando em como escrever num post sobre algumas peculiaridades da vida em NY. Comportamento e hábitos que tenho observado e achei que poderiam render um texto legal. Não cheguei a nenhum consenso comigo mesma sobre a classificação do título, hehehe, e por isso resolvi compartilhar estas aleatoriedades.

1. É comum receber elogios de estranhos

Quando vim para cá pela primeira vez, em agosto, estava fazendo umas fotos perto do Empire State , e uma moça passou falando: “I love your dress!” Outro dia, no metrô, outra veio e me disse: “I love your bag, it’s so gorgeous!” Depois, estava fazendo fotos para um look do dia num parque e me falaram: “You look good, like a new yorker” (me achei né? Quem vê!). Tipo, não vou generalizar, mas no Brasil, nunca recebi elogios de estranhos na rua. E nem pensem que tô me achando ou tô falando algo que não sei, já que sou caloura por aqui. Já assisti a uma matéria no Estrelas (alô, Angélica!) na qual a Giuliana Morrone, que na época era repórter aqui em NY, contava que isso acontecia muito. A pessoa para, te elogia e vai embora.

2. Os novaiorquinos são muito cultos

Tá, escolhi esse termo para falar de um comportamento super comum por aqui: eles leem pra caramba. No metrô, sempre tem gente com jornal, e-reader, tablet, celular ou livro. Pessoas dos mais variados tipos, das mais variadas idades. Já vi desde criancinha que mal conseguia segurar o livro até gente mais velha. Acho que isso também tem a ver com o fato de que  o estilo de vida aqui é muito corrido e me parece que ninguém quer perder tempo – nem no metrô – por isso procuram aproveitá-lo ao máximo.

3. Ninguém repara no que você está vestindo

Se tem uma coisa que me deixa muito #chatiada é o jeito que algumas mulheres têm e não disfarçam na hora de te olhar e fazem aquele raio-x dos pés à cabeça. Isso me tira do sério. Não sou hipócrita, tenho o costume de olhar sim, mas, gente, vamos disfarçar? Pois é, só que isso não acontece aqui. As pessoas têm os mais diferentes estilos, vestem-se de diversas formas,  mas não vejo ninguém reparando – digo naquele sentido negativo, porque, conforme o primeiro item, notar eles notam sim. Cada um é muito na sua – na realidade, às vezes acho que rola um pouco de frieza, sabe?

4. As pessoas estão sempre falando sozinhas

Peguei vocês! Mas é que, às vezes, eu tinha essa impressão. Porém, a questão é que aqui muita gente fala ao celular com o fone de ouvido. É muito comum, sério. Nas ruas, nos cafés, farmácias e diversos estabelecimentos. As pessoas estão fazendo suas atividades e falando com alguém ao celular, sempre com fone.
 
5. Dá pra passar por uma obra de boa
A mulherada sabe muito bem como é passar em frente a uma obra, não? Afinal, as piadas de pedreiros já viraram até meme. Aqui, há muitas obras – sério, estão sempre mexendo em alguma coisa da cidade. Ficava até meio receosa de passar por perto, mas não rolam pedreiros feelings. Ou eu não sou o tipo deles, maybe.

6. Na era do papel

Eu fico um pouco de cara com alguns procedimentos aqui na terra do Tio Sam. Sério, ninguém falou para eles sobre sistemas online? Digo isso porque qualquer coisa que você precise preencher aqui tem que ser no papel, à moda antiga – e às vezes com lápis! Formulário de inscrição na academia – escrito. Questionário do instrutor – escrito. Formulário para alugar um apartamento – escrito. Formulário para inscrição em curso – escrito. Oi?7. A educação pode ser relativa

Em geral, o povo daqui é muito educado. “Sorry”e “excuse me” são muito proferidos – às vezes até quando nem pensaríamos em usá-los. Tipo, a pessoa encostou em você já tá soltando um sorry. Mas esses modos são muito bem-vindos – ainda mais se falarmos de locais lotados como o metrô. Por outro lado, eles têm uns hábitos diferentes da gente. Por exemplo, aqui é muito comum (e sei que em outros países também) assoar o nariz em qualquer lugar – inclusive à mesa. É…

8. Não existe perfeição

 
Muita gente tem aquela visão de que viver num país de primeiro mundo é sinônimo de vida perfeita. Não é assim. Obviamente, é muito bom não precisar de um carro, além de usufruir de outros serviços de qualidade – sem contar a segurança. Mas não é o paraíso. Aqui também tem sem-teto e gente pedindo ajuda nas ruas e nos metrôs. Aqui também se paga muitos impostos e também tem produto caro no supermercado, além de existir burocracia. E também tem gente grossa e sem noção.
E aí, o que acharam do post?

6 Comentários

  1. Oi Laura, muito interessante e curioso. Especialmente o primeiro item, receber elogios de estranho. Talvez o povo daí tenha uma espontaneidade que por aqui anda em falta. Aqui observo que nas redes sociais, por exemplo, muita gente só segue quem conhece e olhe lá. Elogiar, comentar, curtir, interagir, devolver um comentário é um pouco raro. Penso que perder esta espontaneidade é deixar passar novas amizades, negócios, parcerias, etc, etc. É isso…Adoro seu blog. bjosss

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