Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
Crianças

Conexão Brasil-Nova York: viajando de avião com bebê

Imaginem o cenário: pais de primeira viagem, primeiro voo internacional do bebê com 6 meses de idade, 9 horas dentro de um avião. Muitas perguntas e expectativas! Em dezembro de 2019 fomos de Nova York para São Paulo em voo direto da Latam e confesso que estávamos preocupados. Separei em alguns tópicos um “resumo” disso tudo.

Antes da viagem

Não entrarei no mérito de planejamento, seguro viagem, aluguel de carro etc, pois sei que isso é muito particular de cada destino, mas vou focar na questão de bagagem/aeroporto/vôo. Nossas passagens foram compradas cinco meses antes da data de partida e, desde então, eu já sabia da existência de mini berços (bassinet) que são acoplados em assentos específicos no avião, mas dependem da disponibilidade e do modelo da aeronave. Depois de muitas ligações, informações distintas e confusão por parte de funcionários, acabou que não conseguimos fazer a reserva desse berço e viajamos com o Noah no colo (explico mais abaixo).

E vale um adendo para esse tipo de serviço: dependendo da cia aérea, há um prazo específico antes do voo (48 horas, por exemplo) em que é possível solicitar a reserva do bassinet, com alguns poréns: os assentos onde ele é encaixado na frente precisam  estar disponíveis e pode ter uma taxa extra para tais assentos por terem mais espaço e serem confort plus, etc). Sempre bom checar antes!

Bagagem

Ok, sabemos que caso esquecêssemos algo importante, acharíamos um parecido/similar para comprar, mas quem quer arriscar a mudar algo quando o neném já está acostumado? Semanas antes da nossa ida, fui pensando em uma média de todos os itens diários que o Noah usa: fraldas, dosagem de fórmula e outros produtos do seu dia a dia. Também levei algumas coisas a mais para deixar na casa do meus pais, onde é a nossa base no Brasil. No geral, levamos roupas, fraldas, latas de fórmula, alguns saquinhos de purê de frutas e vegetais, produtos de higiene, alguns brinquedos e medicamentos (para congestão nasal, febre, tosse, cólicas e gases).

Itens listados e é hora de brincar de Tetris e encaixar tudo em uma mala de 23 kg. Eu comecei a mala dois dias antes da nossa ida e finalizei no dia de partida. Além da mala, tínhamos a mochila como bagagem de mão e o carrinho. Um ponto importante aqui: nosso carrinho de viagem é o Silver Cross Jet. Esse modelo tem o tamanho para ser considerado uma bagagem de mão e foi uma excelente escolha, pois fomos com o carrinho até a porta do avião, fechamos e guardamos ele no compartimento. Muito prático na hora do desembarque, dado que assim que saímos do avião o carrinho já estava em mãos e não tivemos que esperá-lo.

A mala (mochila) de mão era uma estimativa, pois pode ocorrer troca de fralda a cada hora ou passar um voo todo sem nenhum tipo de acidente rs (o que felizmente foi nosso caso!). Eu admito que fui um pouco exagerada e pensei no pior cenário. Então, a mochila estava equipada com 1 fralda por hora de voo (total de 9 fraldas), 4 conjuntos de roupas (body, calça e macacão e babador), 2 mamadeiras, 6 doses de leite, 3 paninhos de boca, 2 chupetas, mordedores, 3 brinquedos e uma garrafa de água.

Trajeto para o aeroporto

Com 4 malas, 2 adultos, carrinho e bebê, para nós seria impossível ir para o aeroporto de metrô. De Uber/Taxi também não daria, pois decidimos não levar nosso car seat (bebê conforto) para evitar ter mais um item para carregar. Então, optamos contratar um serviço de Transfer.

No aeroporto

Nosso check in e despacho das bagagens foi sem problemas e na fila preferencial. A atendente da Latam nos perguntou se queríamos despachar nossas malas de mão sem custo e foi ótimo, pois novamente, menos coisa para carregar além do Noah e seu combo de mochila + carrinho.Enquanto esperávamos no portão de embarque, houve uma rodada de mamadeira + troca de fralda + “janta” para os pais (pois não sabíamos o que nos aguardava pelas próximas horas, hehe).

Dentro do avião

O embarque é preferencial para bebês de colo. Como já mencionei acima, devido não termos conseguido reservar o berço, o jeito foi tentar deixar o Noah o mais confortável possível no nosso colo. No voo de ida, foi BEM complicado, pois toda vez que ele se ajeitava e logo se mexia no pouquíssimo espaço entre as poltronas, ficava irritado e acordava. A solução foi eu e meu marido revezarmos em pé com ele nos braços na saída de emergência. Foi bem cansativo, mas deu tudo certo, ele dormiu e praticamente não chorou.

Em nosso retorno – também sem bercinho – acabamos comprando um assento com mais espaço e foi a melhor solução, pois como a poltrona tinha mais espaço, ele ficou mais confortável no nosso colo e dormiu praticamente o voo todo! (Eu ouvi um amém? Rs).

Dicas práticas que funcionaram para nossa família

  • Levamos a maioria dos itens que o bebê já estava acostumado para evitar uma possível alergia;
  • Caso tenha uma mala de mão, usar também uma mochila para deixar os itens mais básicos fáceis de mexer é ótimo;
  • Ainda sobre a bagagem de mão, levamos os remédios em um plástico transparente. No nosso voo de volta, enquanto eu estava em pé com o Noah, uma mãe me perguntou se eu tinha Tylenol, pois seu bebê estava com febre. Para sorte dela, eu tinha e consegui ajudá-la;
  • Vista o bebê confortável e quentinho. Ter uma manta / cobertinha também é uma boa pedida;
  • Tenha sempre em mãos lenços umedecidos e paninhos;
  • A quantidade de roupa / fralda / fórmula varia muito de acordo com cada bebê e de acordo com o tempo da viagem;
  • Para ajudar na pressão do ouvido do bebê durante a decolagem e aterrissagem ele precisa de algum tipo de sucção (mamadeira, chupeta, peito);
  • Chegue com antecedência ao aeroporto para evitar algum tipo de transtorno;

Bem, o saldo pós viagem foi positivo, pois não tivemos perrengues no quesito bagagem. Claro que a viagem acaba sendo mais cansativa com o neném né e as despedidas se tornam infinitamente mais doloridas, mas os momentos vividos ao lado de quem amamos acaba sempre compensando!


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