Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
turismo

Viajando sozinho para Nova York – dicas e relatos – parte 6

Dando continuidade à série de posts sobre viajar sozinho para Nova Yorkhoje temos mais quatro relatos inspiradores. Sabe o que mais deixa feliz? É ver os comentários de vocês a respeito: muita gente me escreve contando que os posts foram uma inspiração para criar coragem e visitar a Big Apple sem companhia!

 

Thaís Passos, 31 anos, servidora pública. Ficou em hostel. 

Confesso que nunca havia passado pela minha cabeça conhecer Nova York. Era uma cidade pela qual eu não tinha muito interesse, pensava em conhecer outros lugares nos Estados unidos. Para mim, nada mais era do que mais uma cidade grande e barulhenta (doce ilusão hahaha…). Estava planejando conhecer o México e, de repente, pensei:  “por que não passar pelos EUA? Tão pertinho! “. Daí comecei a pesquisar e, finalmente, decidi ir aos dois países. Há muito tempo vinha planejando viajar com um ou outro amigo e nunca deu certo pois nossas férias não coincidiam ou por falta de dinheiro mesmo. Chegou um ponto que resolvi virar o jogo. “Como assim deixar de fazer algo que quero tanto por falta de companhia?”. Nem pensar. Resolvi me jogar (e me joguei kkkkkkkkkkkkk…). Foi simplesmente delicioso planejar a viagem, ler o blog da Laura, dentre outros, ao longo dos meses que precederam minha viagem. O fato de não ter fluência em ingles não me preocupou também. Com o passar dos dias, a possibilidade de ir sozinha a um país, cuja língua eu não dominava, tampouco tinha algum conhecido para me socorrer, me deixava cada vez mais empolgada. Queria “me ver” em ação, tipo, eu estava por mim mesma. Minha primeira viagem internacional (gente, eu estava surtandoooo, estava muito ansiosa). Ao chegar à Nova York, eu tive uma grata surpresa: as pessoas as quais pedi informações foram muito solícitas. Um senhor que estava acompanhado de sua tia tentaram tanto, mas tanto, me ajudar que eu fiquei sem graça diante daquela boa vontade toda. Pegaram mapa para me ajudar e, apesar de eu ter recusado, acabaram pagando a passagem do airtrain. Apesar de não terem me dado as melhores informações para o local para o qual eu estava indo, não liguei. Depois daquela atenção toda, seria muita ingratidão da minha parte. Logo à frente, outro casal super fofo se desdobrou para me orientar da melhor forma possível (um deles era chinês e a outra era americana mesmo rs…). E assim foi meu caminho todo até chegar ao hotel. Eu fiz um roteiro, apesar de saber que não seguiria ao pé da letra, até porque quis aproveitar os locais que estava curtinho ou locais que não constavam no roteiro. Amei ficar deitada ali na grama do central park olhando pro céu, para as crianças correndo, simplesmente fazendo nada. Fiquei um tempão no Brooklyn Botanical Garden curtinho aquela paisagem linda de outono. Reservei um quarto privativo no YMCA do West Side, coladinho no Central Park.  Passei uma semana na cidade e mesmo assim não consegui fazer tudo que eu havia planejado. A cidade é bem maior e mais envolvente do que eu havia imaginado, andei mais do que eu poderia supor rs…realmente, não é uma cidade é o mundo dentro de uma ilha.

Qual é a parte mais legal de viajar sozinho? Eu não sei bem descrever o que eu senti, só sei que foi uma felicidade gigantee. Para mim foi realmente especial porque eu vi que não sou “frágil” como julgava ser, pelo contrário, quis ir atrás do desconhecido, me conhecer, me joguei sem medo. Voltei mais confiante.De lá fui para o México e fiquei 12 dias, mas aí já é outra história.

E qual a parte mais chata? O fato de ter viajado sozinha não atrapalhou em nada. Amei  minha companhia! Soube me virar muito bem com “meu inglês”: pedi aos estranhos que tirassem fotos minhas, tirei deles também. Apesar de ser tímida, soube chegar nas pessoas e não tive vergonha de errar no idioma, por exemplo. Fiquei muito desencanada. Uma coisa contraditória que ocorreu foi que eu não surtei com compras, pelo contrário, procurei aproveitar o maior tempo possível para conhecer lugares e voltei para casa mais econômica. Voltei com a sensação de que muito mais importante do que as coisas que você compra, o melhor de viajar é a felicidade, as memórias que voce coleciona, o mundo que se abre diante dos seus olhos.

Um programa imperdível para quem viaja sozinho para Nova York é…  assistir a um musical da Brodway. Eu assisti ao Fantasma da Ópera e fiquei apaixonada. Jantei no Ellen’s Stardust Diner e achei muito divertido, tive vontade de cantar junto com os garçons haha…gostei muito do bar e restaurante The Smith no West Side, fica pertinho do YMCA.Para quem ama panqueca, recomendo demais o Clinton Street Baking. Andei demais até achá-lo mas valeu a pena. Uma delíciaaaaaa!

Henrique de Azevedo Antonio, 20 anos, Pelotas/RS – fotógrafo. Ficou em hostel.

“Então, por ser fotógrafo, sempre tive vontade de conhecer cenários, locações e esses lugares mega famosos onde filmes e séries acontecem. Sempre vi Nova York como o lugar perfeito para conhecer esse tipo de coisa, então, coloquei na cabeça que NY seria meu destino logo logo. Como já estava programando essa minha “mudança” para Londres, acabei juntando o útil ao agradável e comprei uma passagem para Londres com Stopover de 8 dias em NY, foi incrível! Fui a lazer e completamente sozinho. Por ser de uma cidade relativamente pequena, meus amigos, familiares e conhecidos ainda enxergam viajar pra fora do país algo totalmente fora da realidade, então, arrumar companhia é bem difícil, mas não torno isso um empecilho. Sou o famoso “mão de vaca”, mas responsável. Optei por ficar em hostel, que é a opção mais barata e realmente foi em conta. Fiquei no HI hostel em Manhattan e um PRO desse hostel é que é quase dentro do metrô de tão perto da estação. Saú do aeroporto e peguei o AirTrain e fiz a troca pro metrô, que me deixou super próximo. A única coisa que me atrapalhou nesse dia foram as malas: estava com duas e mais uma mochila, foi bem complicado e cansativo, então da próxima vez vou gastar um pouco mais e pagar um transfer. Quem fica em hostel sabe: é muito fácil fazer amizade. Fiquei em um quarto com seis camas e nelas estavam um brasileiro (que sempre tem, os brasileiros estão quase dominando o mundo) um australiano, dois coreanos e dois argentinos. Tive mais contato com o brasileiro e os coreanos – chegamos a ir em um bar tomar uma cerveja uns dois ou três dias seguidos. Eu estava com a mente aberta, conversava e puxava assunto dentro do elevador, na recepção, no ônibus, em qualquer lugar. Conheci uma marroquina (que também viajava sozinha)  no Chelsea Market. Estava eu olhando todos os detalhes do mercado e fotografando loucamente, até que ela chegou e perguntou o que eu estava mais gostando ali naquele lugar, começamos a conversar e de lá fomos passear na High Line.
Qual o conselho que daria para quem está pensando em viajar sozinho para Nova York? Ande MUITO! Mesmo no inverno. Conheci lugares que nem tinha previsto no meu roteiro. Lá, até o bueiro que sai fumaça é bonito e chama atenção (pelo menos a minha), entã,o ande ande e depois tu descansa quando voltar para o hostel. Outra dica legal é aproveitar os cupons de desconto e dias de museu grátis. E essas coisas que só quem pesquisa sabe. Eu não fiz e me arrependi, da próxima vez vou prestar mais atenção nisso.

Qual é a parte mais legal de viajar sozinho?  Eu gostei de viajar sozinho porque eu posso levar o tempo que eu quiser no lugar que eu quiser. Eu sou uma pessoa que se impressiona com as coisas mais simples. Ano passado, fiz um mochilão pela Europa com minha irmã e meu cunhado, a cada ponto turístico ou mercadinho local de comidas típicas que nós passávamos eu queria ficar, conhecer melhor, fotografar, observar e meus parceiros queriam passar correndo pra não perder tempo, tinham que aproveitar tudo, e eu acabava indo pois não queria ser o chato da viagem, mas aproveitei. Quando fui sozinho a Nova York, aqueles artistas de rua e estações de metrô me encantavam e eu ficava parado por uns 20min olhando, coisa que se eu tivesse com outra pessoa talvez não poderia fazer. Isso foi ótimo!

E qual a parte mais chata? Você não tem ninguém pra fazer nada por você. É você que vai ver se está indo na direção certa, é você que vai levar as malas, é você que vai organizar os papeis, é você que vai fazer tudo isso sozinho hahaha mas vamos ver pelo lado bom, afinal, vamos ter que fazer isso em Nova York, por mim ta tudo bem hahaha 🙂

Um programa imperdível para quem viaja sozinho para Nova York é…  eu gostei muito da Brooklyn Bridge, muito mesmo. Acho que é um passeio que todos devem fazer, mas ao mesmo tempo é meio clichê né… outra coisa que não podem deixar de fazer é ir no Chelsea Market, é tudo bem do jeitinho Tumblr de ser, eu fiquei apaixonado… até a placa do banheiro é toda estilosa, é lindo! E, de quebra, vá no High Line, que fica atrás 🙂

Carolina Magnago Peixoto, 32 anos, Serra/ES, Comunicóloga. Ficou em hotel.

“Não abro mão de minha liberdade e independência, e, na busca por experiências intensas, considerei uma ótima opção estar sozinha num país diferente, com uma língua diferente e uma cultura também diferente. Estava saindo de férias e precisava curtir minha solitude. Estar entre amigos é muito bom, mas nada como curtir minha própria companhia. Tendo pouco tempo em Nova York  (apenas 4 dias e meio), não queria ter que dividir minhas vontades de onde ir, que horas acordar, o que comer, onde comprar. Já estive na cidade em 2015 por um único dia, na companhia de duas tias e uma prima e foi justamente este episódio que me motivou a voltar sozinha e poder fazer o que eu quisesse, na hora que bem entendesse. Fiquei hospedada no Best Western Hotel em Long Island City. Cheguei a cogitar a possibilidade de um hostel, mas não é meu perfil. Queria realmente estar sozinha e após um dia inteiro caminhando pela cidade, não iria querer dividir quarto e muito menos banheiro com ninguém. Achei o hotel super confortável, a apenas uma quadra do metrô, com café da manhã incluso (o que me fez poupar uns $10 por dia). Muito perto de Manhattan por um preço acessível. E para finalizar: “Vou te contar / Os olhos já não podem ver / Coisas que só o coração pode entender / Fundamental é mesmo o amor / É POSSÍVEL ser feliz sozinho”. (Desmistificando Tom Jobim, eu já acreditava nisso, mas queria também ser um exemplo para minhas amigas. Uma tomou coragem e foi pra Londres sozinha. Meu maior “aprendizado” foi que não precisamos de ninguém para sermos felizes.)

Qual o conselho que daria para quem está pensando em viajar sozinho para Nova York? Venha! Vai ser incrível. Você não precisa de ninguém pra viver seus sonhos. Liberte-se! Permita-se!

Qual é a parte mais legal de viajar sozinho? Poder fazer exatamente o que quer, do jeito que quer, na hora que quer. Não ter que abrir mão das minhas vontades para agradar outros.

E qual a parte mais chata?  Não ter ninguém pra ajudar a carregar as compras…Rsrs… Tô brincando. Mas, de verdade, só vejo coisas boas em viajar sozinha.

Um programa imperdível para quem viaja sozinho para Nova York é…  Adorei caminhar pela Roosevelt Island, fui bem cedo (umas 9h) e a ilha estava vazia, foi uma delícia caminhar até o Sul da ilha e depois ir pra Manhattan de bondinho. Também adorei o espetáculo da Broadway. Eu joguei na loteria e ganhei (duas vezes!) pra assistir Cats, paguei apenas $40 e fiquei num lugar muito bom.


Luciana Camarda Rodrigues, 39 anos, São Paulo – SP, Fotógrafa. Ficou hospedada em house family.

Visitei Nova York há 5 anos e, como qualquer turista,  fiquei encantada pela cidade. Entrou na minha lista de lugares para voltar e conhecer melhor, pois 5 dias são insuficientes para comtemplar sua grandiosidade. Quando decidi estudar inglês, Nova York foi a minha primeira opção, além disso, a cidade possui ótimas opções de curso para fotógrafos, o que para mim seria perfeito, ou seja, eu poderia unir minhas duas paixões em uma única viagem. Além de tudo isso, parece que TUDO acontece em Nova York, os filmes, seriados, shows – realmente é uma cidade que nunca dorme. Nunca tive a oportunidade de passar três meses comigo mesma, ou seja, essa viagem está sendo um aprendizado diário para mim, uma oportunidade de me conhecer melhor, de me proporcionar pequenos momentos de felicidade, de observar e entender que existem muitas coisas de que eu não preciso para ser feliz – como uma bolsa cara, uma mala cheia de roupa ou de perfumes e maquiagens. Acho que esse é o principal aprendizado. Estou em um momento de que “menos é mais”.

Qual o conselho que daria para quem está pensando em viajar sozinho para Nova York? Encha a mala de coragem e venha disposta a vivenciar de verdade essa experiência. Não tenha medo, Nova York é uma cidade muito segura, fácil de se locomover e sempre existe uma pessoa disposta a te ajudar. Apesar da correria do dia a dia, você sempre encontra uma boa alma para ajudar. Com certeza será uma das experiências mais incríveis da sua vida !

Qual é a parte mais legal de viajar sozinho? A melhor parte é fazer o seu próprio planejamento, horário e roteiro sem tem que consultar ninguém e tampouco negociar com um grupo de pessoas.  É claro que eu tenho um planejamento prévio, mas ele pode mudar de acordo com o tempo, com os lugares que encontro no meio do caminho, com situações interessantes que estão ocorrendo ao meu redor ou simplesmente pelo humor do dia, ou pelas pernas cansadas, rs. Como se trata de uma temporada extendida, é possível ter essa flexibilidade.

E qual a parte mais chata?  Para mim, a parte mais chata é não ter alguém às vezes para comentar algo engraçado, ou uma situação inusitada rs. Outro ponto são as saidinhas noturnas, quando você viaja sozinha acaba ficando com mais receio de sair a noite para um bar ou balada.

Um programa imperdível para quem viaja sozinho para Nova York é…  viajando sozinho ou não, minha indicação é o seguinte: passear pela Battery Park, caminhar até o Pier 1, comer algo e beber ou apenas apreciar a vista. Quando estiver chegando perto do horário do pôr do sol, pegar a Staten Island Ferry, que é uma balsa gratuita que faz o percurso entre Manhattan e Staten Island 24 horas por dia, 7 dias da semana e é gratuita para apreciar o final de tarde passando perto da Estátua da Liberdade e na volta você terá uma linda vista de Manhatan. Dica: após o embarque o deck é liberado para apreciar a vista e tirar fotos.  Aproveite, pois a experiênica será muito melhor desse lugar do que atrás da janela da balsa.

Obrigada pessoal por compartilharem seus relatos!


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