Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
turismo

Será que eu preciso de seguro-viagem em Nova York? O alerta de um relato de um leitor

Uma providência que precisa ser tomada antes de qualquer viagem internacional é contratar um seguro viagem. A gente sabe: seguro viagem é o tipo de coisa que ninguém quer ter que precisar acionar, é o típico “pagar para não usar”, do que correr o risco de acontecer alguma coisa. Eu vejo muito esse questionamento entre os turistas brasileiros que estão de viagem marcada para Nova York: fica aquela dúvida entre contratar ou não. E a gente também de vez em quando vê na mídia umas notícias de brasileiros que tiveram problemas no exterior e alguns casos são preocupantes. Hoje, eu trago o depoimento real de um leitor para vocês entenderem a importância da contratação desse serviço e não pensarem duas vezes antes de fazê-lo!

Me nome é Filipe Evaristo, 28 anos e sou de Itajaí, Santa Catarina. Algo que quero chamar a atenção logo no início é que irei contar um “perrengue chic”, mas que serve de informação e alerta para todos.

Resumo: Viajei sozinho em abril de 2019. Minha viagem começou em Washington, DC (tenho uma prima que mora lá e fiquei 5 dias lá com ela), depois fui de ônibus para Nova York e fiquei mais 7 dias. Sou viajante do modo econômico, então eu busco sempre custo x benefícios, vocês irão notar.

Quero começar chamando a atenção para o e-book Nova York Econômica da Laura, comprei ele três meses antes de viajar, e ele foi quase que uma bíblia para as minhas decisões. Há muita informação na internet, e NY é bastante caro (senti isso mais ainda porque tinha comparação com DC, que tinha acabado de voltar), então ter o e-book na mão, e começar a traçar minha rota com ele ajudou e muito, estou indo novamente agora em maio de 2020 para NY e ele continua ajudando.

Quero comentar somente o primeiro dia que vai servir como aprendizado e alerta para as pessoas. Como disse, eu fui de DC para NY de ônibus, na madrugada. Lá em DC o ônibus atrasou mais de duas horas, o motorista foi extremamente rude comigo, pois tinha uma mochila a mais, fingi a boa e velha demência e disse que não falava inglês, mostrei meu passaporte e ele  me xingou em inglês (eu entendendo tudo), mas, naquela altura do campeonato eu queria entrar no ônibus e dormir, o que não aconteceu, vocês entenderão depois. Cheguei próximo das 6h30 da manhã em Manhattan, já comprei meu Metrocard para a semana, e fui para o meu Hostel. Quero chamar atenção para esse detalhe, hospedagem em Nova York é caríssimo, o HI Hostel NY, que foi onde eu fiquei, estava no e-book, pesquisei e reservei com café da manhã o quarto para até 6 pessoas e o valor ficou OK. O café da manhã eles davam quatro opções de comida e opções de café (sou bariátrico) então comia metade, e a outra metade eu levava para comer depois, pois era bem servido. Pontos positivos desse hostel para quem for em amigos, ou sozinho e considera esse tipo de acomodação: meu quarto estaria liberado somente às 15h, mas às 7h eles deixaram eu subir, tomar um banho trocar de roupa, guardaram a minha mala no guarda volumes até eu voltar, só isso já teria valido muito depois de uma noite péssima no ônibus. Eles fazem uma programação quase que diária para interação dos hóspedes, pelo que entendi outras pessoas podem participar, olhem no site deles (tem walking tour por 10 dólares, tem um rolê por bares, passeio de bike, tour em museus, tour fashion… Enfim, tem uma vasta programação com valor bem baixo mesmo), e fora as outros pontos de ficar em hostel, que é basicamente fazer amigos do mundo inteiro. Pra mim teve dois pontos negativos: a localização, ele fica lá no final do Central Park, então para chegar na Times Square era 20 minutos de metrô, se para você isso é um incômodo repense o local. O segundo ponto é que o elevador funcionava as vezes, e eu estava no quarto andar…

Decidi fazer o walking tour do dia que cheguei, era com um senhor que acredito ter uns 75 anos pelo menos. O tour dura em torno de 8 horas, ele cobra 10 dólares. Você precisa ter o Metrocard, e ele te leva em basicamente em tudo, contando histórias e mostrando alguns detalhes (eu tive uma experiência assim em Fernando de Noronha, onde no primeiro dia eles te mostram toda a Ilha, e te dá uma baita noção do que fazer depois), por isso decidi fazer esse. E valeu a pena, eu recomendo, vejam na programação do HI Hostel NY.

Não vou me ater aos detalhes de onde fomos, mas sim ao perrengue chic que comentei acima. Estávamos em Wall Street, próximo das 17h, tinha mais 1h30m de tour, e eu tive uma convulsão (eu tinha tido a primeira convulsão 10 dias antes, no aeroporto de BSB, em uma viagem que estava fazendo com meus pais. Ir para os EUA após isso foi um guerra em casa, que eu venci, hehehehe). Essa era a minha segunda convulsão, eu tinha comentado com uma moça de Amsterdam que conheci no tour que eu comprei chip de internet porque tive um problema de saúde no Brasil antes de vir, e era uma forma de eu poder conversar com minha família enquanto viajava, até roteei para ela ver algumas coisas. Na hora do ocorrido, ela lembrou do que eu falei pra ela, e se ligou. Ela me contando depois disse que estava passando uma enfermeira, e que ela prestou os primeiros socorros enquanto eles ligavam para a ambulância. Eu acordei e estava na ambulância indo para o hospital. Quem já foi para Nova York deve lembrar que é bem normal ouvir sirenes de ambulância ou polícia, é, eu estava dentro de uma delas no meu primeiro dia na cidade. A enfermeira da ambulância quando me viu acordar conversou comigo, me explicou o que aconteceu (quem já teve convulsão sabe que quando você acorda não lembra de quase nada), e me disse que eu estava indo para o hospital. No hospital foi onde aconteceu um grande erro que traz um grande aprendizado: eu não tinha feito seguro saúde, porque “isso nunca aconteceu comigo” “eu não fico doente”, e essas desculpas que eu dava para economizar. Na hora, eu peguei meu celular e consultei as regras de um seguro: ele valia a partir da meia noite do dia que eu estava, até o ultimo dia de viagem. Contratei ali na hora, dentro do hospital, com meu cartão de crédito na mão. Fiz isso antes de ser atendido pelo médico. Resumindo, fiquei duas horas no hospital, fizeram uma bateria de exames igual fizeram em BSB. Contei para o médico o ocorrido no Brasil ele riu de mim, disse que eu só gostava de ter convulsão em viagens. Depois de todos os exames (quando eu digo todos, estou falando de umas 25 folhas de resultados de exame de sangue, fora os exames de imagem), o médico disse que não tinha nada de errado em mim, que eu deveria voltar para o hotel, descansar e procurar meu médico quando chegasse no Brasil. E fui embora de metro, porque o Uber ia dar 40 dólares, então eu me neguei a pagar.

Chegando no Hostel, aquela amiga que comentei acima estava me aguardando, aflita, pois até então não tínhamos troca informações de rede social, telefone, enfim… Ela ficou lá na recepção do hostel até eu voltar, conversamos e depois fui dormir. Os outros 6 dias da viagem ocorreram tudo bem, foi tudo muito bom, acredito que se tiver a oportunidade faço um diário dos outros dias.

Agora para vocês entenderem a gravidade do problema de não ter um seguro saúde, a conta do hospital chegou. Na hora eu não paguei nada, eu cheguei a perguntar sobre como funcionava, ela disse: entramos em contato com você. E eles entraram, com a conta de 7 mil dólares, que obviamente eu teria que pagar (eu não sei como funciona se eu não pagasse…). Antes de pagar, liguei para a seguradora para entender como era o processo eles me explicaram tudo e fiz todo o processo. Dá um frio na barriga quando tu passa teu cartão e depois olha no extrato: 30 mil reais, e foi essa a “brincadeira”, 30 mil reais… a minha sorte que a transação ocorreu bem naqueles dias que são chamados de “melhor dia de compra” que você tem um prazo maior até o fechamento da fatura. Mas fiquei em função de juntar todos os documentos e enviar para a seguradora, que pagou o valor do hospital em menos de 15 dias. Mas o IOF que tinha descriminado que fazia parte da despesa ela não pagou, fui no Procon da minha cidade e eles prontamente abriram uma reclamação e mais 15 dias depois recebi o IOF também.

Fica então meu alerta, não saia do país sem seguro viagem. Mesmo dentro do Brasil, se você tiver plano de saúde (meu caso em BSB, que fui para um hospital excelente), tudo bem. Mas alguns lugares infelizmente o atendimento não vai ser o que precisamos na hora. Hoje no orçamento das minhas viagens está o seguro saúde…

Primeira observação, a passagem foi com milhas e eu paguei a taxa com meu cartão, mas o seguro do meu cartão tinha vencido, e eu não renovei achando que por ser com milhas eles não cobririam, entrei em contato depois, só por curiosidade e eles informaram que sim, pagariam as despesas médicas, desde que a taxa tivesse sido paga integralmente com o meu cartão.

Segunda observação, cheguei no Brasil e fui em três neurologistas, o mesmo diagnóstico, eu não tenho nenhuma disfunção que faça eu ter uma pré-disposição a ter convulsão. Existem três fatores que podem desencadear essa situação: falta de sono, uso de drogas e excesso de álcool. Como não uso drogas, e não bebo em excesso e em nenhum dos dois casos eu tinha bebido, já descartamos essa hipótese. Então ficou a falta de sono, e bingo, pois nos dois casos eu não dormi quase nada, um porque estava com um grande amigo em um momento de perda de um familiar e o outro por causa do bendito barulho da TV quebrada no ônibus entre DC e NY. Hoje estou bem, fazendo acompanhamento, e nunca mais tive nada.

No meu instagram @filipeevaristo, tem nos destaques as fotos dessa viagem e outras viagens.

Gostaram das informações? Se vocês estiverem procurando um seguro, a Thais Nolasco De Toledo Benedetti, trabalha como agente de viagens e com este tipo de serviço também. Os contatos dela são:

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