Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
Diário de viagem

Diário de viagem a Nova York – Rafael Fernandes

O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é o Rafael Fernandes. Ele ficou 10 dias, em outubro de 2019. Para conferir mais relatos, clique aqui.

Olá viajantes. Meu nome é Rafael Fernandes, moro em Blumenau/SC e finalmente chegou o momento de compartilhar nosso relato de viagem neste blog que tanto nos ajudou nos momentos pré-viagem. Viajei com minha esposa, Natacha, e ficamos 10 noites em New York e 5 noites em Washington D.C. Ficamos em NY de 23 de setembro a 03 de outubro. Dia 3 fomos para Washington e ficamos lá até dia 8 de outubro, quando pegamos o voo de volta.

Vou falar sobre alguns tópicos principais e detalhar nosso roteiro por dias, incluindo a parte de Washington, já que muitas pessoas aproveitam a viagem  a Nova York para conhecer também a capital americana – mesmo que apenas por bate-e-volta. Tentarei também informar os custos com alguns passeios e alimentação sempre que a memória ajudar.

Planejamento da viagem

Sou uma pessoa levemente detalhista, e sempre tento ir o mais preparado possível para as viagens. Primeiro, porque não quero perder tempo tendo que pesquisar muita coisa no destino, ou correr o risco de perder uma atração porque não pesquisei direito os horários e dias de funcionamento. Segundo, porque acho que todo viajante deveria sair de sua origem com um mínimo de informação sobre o local de destino, evitando confusões ou problemas que seriam desnecessários caso a pessoa realizasse uma rápida busca pela internet.

Não que a pessoa precise conhecer tudo – longe disso. Inclusive, os funcionários americanos (seja de restaurantes ou atrações) foram sempre muito simpáticos ao fornecer informações quando solicitei. Mas sair do Brasil sem saber o básico do metrô ou como funciona o sistema de gorjetas, por exemplo, com tanta informação disponível por aí (especialmente no Blog da Laura), não tem sentido. Dito isso, comecei o planejamento de nossa viagem em novembro de 2018, a partir da aquisição de nossas passagens. Na verdade já comecei antes, acompanhando os valores das passagens, mas enfim. Em novembro de 2018 finalmente encontrei um valor razoável para pegar as passagens com milhas Smiles, então aproveitei – afinal, já é um gasto a menos. O voo de ida foi dia 22 de tembro, com a Delta, rota GRU-JFK. O voo de volta saindo de Washington D.C. foi também com a Delta, rota DCA-JFK-GRU. O trajeto Florianópolis-São Paulo foi feito com a Gol, tanto ida quanto volta.

A partir daí, fui lendo alguns sites e acompanhando alguns canais do YouTube sobre a cidade. Mas claro que o site e canal que mais utilizei foi o da Laura. Devo dizer que gostei muito do jeito que ela traz as informações, tanto nos textos quanto em vídeos. Sou um pouco old school e confesso que até prefiro mais textos (blog) do que vídeos, então devorei o site dela. Acredito que muitas pessoas possam deixar muito conteúdo bom passar por acompanhar apenas uma das mídias da Laura – mas sugiro que olhem tudo, desde o grupo no Facebook, até o Instagram, o blog, o YouTube… Há muito conteúdo para aproveitar. E por favor, antes de perguntar coisas básicas no grupo, pesquisem no blog. Tem informação sobre praticamente tudo.

Posso até dizer com segurança que muitas de nossas atividades preferidas na cidade foram com base nas indicações dela, conforme relatarei em cada dia. Outro conteúdo que lemos bastante foram os e-books que a Laura disponibiliza. Compramos o combo com as duas edições do Nova York Econômica, e mais o Nova York em 4 Estações, e todos foram muito úteis e interessantes. Então, só temos a agradecer ao trabalho que ela faz… A menina não é fraca.

Montando o roteiro

Conforme ia pesquisando lugares para visitar e atividades para fazer, eu inseria tudo numa planilha, para depois montar o roteiro dia a dia. Sempre tento montar o roteiro com no máximo duas atividades com horário marcado por dia, para não ficar naquela correria de ter que ir de um lugar pra outro sem margem para imprevistos ou improvisos. Também sempre tentamos ficar pelo menos 5 dias cada grande cidade que visitamos, porque gostamos de fazer aquelas atrações obrigatórias para o turista de primeira viagem, mas também inserir algumas coisas fora do roteiro óbvio, para realmente conhecer a cidade não só com olhar de turista, mas de morador local.

Para montar o dia a dia, procurava encaixar atrações em locais próximos, ou fazendo trajetos que fariam sentido, sem cruzar a cidade duas ou três vezes por dia, naquele vai-e-vem. Ainda nos ajudou o fato de eu ter enviado o nosso roteiro para o quadro ANALISANDO ROTEIROS da Laura, que foi escolhido no vídeo “Analisando roteiros de verão”. Tudo bem que chegamos no primeiro dia de outono, mas o calor que fez naquele dia foi de verão (acho que tava uns 32 graus). Com nosso roteiro analisado pela Laura, fizemos alguns ajustes e finalmente finalizamos tudo. Os ingressos que poderiam ser comprados online, assim o foram, evitando perder tempo com filas. Sem falar nas atrações que se você não comprar antecipado, não entra, porque esgotam.

Chip de internet

Compramos o chip pela indicação do Blog da Laura, com a America Chip (usando ainda um cupom do Blog que não lembro se deu desconto no valor, ou frete grátis). Pretendia comprar lá numa loja T-Mobile, mas vi que o preço pela America Chip estava bastante justo, e ainda me livrava de ter que ir até uma loja quando chegasse lá. O chip para 16 dias, apenas internet (ilimitada), nos custou 47 dólares. O serviço funcionou sem problemas todos os dias, com ótima cobertura de sinal, tanto em NY quanto em DC.

Hospedagem

Minha ideia inicial era ficar num hotel, visto que a legislação de NY permite apenas AirBNB onde o host mora junto – e não gosto muito disso. Porém, os hotéis estavam com preços muito altos para o período em que iríamos. O mais barato que eu estava encontrando era cerca de 9.500,00 reais, no Brooklyn, em quarto minúsculo. Bom, até tinham algumas opções um pouco mais baratas, mas com avaliações questionáveis nos sites (Booking, Trip Advisor, etc.). Por fim achei uma acomodação no AirBNB com banheiro privado, no Brooklyn (South Williamsburg), perto de estação de metrô, a uma parada de Manhattan, e foi essa mesmo. Hospedagem finalmente resolvida. Para 10 noites, me custou R$ 5.500,00.

Transporte

Decidi fazer o trajeto JFK-apartamento de metrô, até porque iria comprar o Metrocard ilimitado. Estávamos com uma mala média cada um, e uma mochila cada um. A etapa do AirTrain foi muito tranquila. AirTrain quase vazio, tudo bem sinalizado, show de bola. Na saída do AirTrain, comprei um Metrocard para cada um apenas com o saldo para sair da área do AirTrain (5 dólares + 1 dólar do cartão), para na Sutphin Blvd Station recarregar esse Metrocard com o ilimitado. Não sei se entendi tudo errado em minhas várias pesquisas, mas o fato é que não consegui carregar esse Metrocard do AirTrain nas máquinas da estação de metrô com o ilimitado 7 dias. Só dava a opção de colocar determinado saldo em dólares, ou uma single ride.
Acabei adquirindo 2 novos metrocards na máquina, o que não é o fim do mundo, já que foram apenas mais 2 dólares. Mas me fez ir e voltar pra fila umas 3 vezes – cada vez que dava errado, eu voltava pro fim da fila, pois não queria ficar ali sendo o lerdo que iria deixar os outros esperando até resolver meu problema.

  • PS da Laura: Metrocard adquirido na máquina do Airtrain não aceita crédito ilimitado.

Mas ok, cartões novos e ilimitados comprados, hora de passar pela catraca e rumar para o apê. Mas pensa numa catraca apertadinha pra passar com a mala. E pensa em estações de metrô sem escada rolante. Inclusive a do meu destino. No final, acabei achando que ir de metrô para o apartamento não valeu todo o transtorno, mesmo sem muita bagagem. Mas isso é muito pessoal, e foi apenas a minha avaliação. Numa próxima experiência, iria de Lyft.

Para andar pela cidade, usamos e abusamos de metrô, ônibus e ferry. Muito tranquilo. Mas devo dizer que o metrô de NY não é dos mais didáticos do mundo. Como já andei de metrô em outros locais, não tive nenhuma dificuldade com o de NY e nunca pegamos trem errado. Mas para um marinheiro de primeira viagem (de metrô), deve levar um tempo pra se entender na lógica do subway deles, especialmente em relação à sinalização. Nada que um intensivo dos posts e vídeos da Laura sobre o tema não resolva…

Agora (finalmente) sem mais delongas, vamos ao roteiro dia-a-dia – com direito a perrengue tenebroso no último dia.

23/09 (segunda) – Nosso voo chegou no JFK bem cedo, por volta das 6:05 da manhã. Descemos do avião e fomos para a imigração. Passei por aqueles totens automáticos, recebemos o recibo da máquina (sem aquele X), e fomos para a fila respectiva. Um agente da imigração nos atendeu, verificou o recibo e os passaportes, perguntou o que viemos fazer em NY e quantos dias ficaríamos, e nos liberou. Pegamos as malas e rumamos para o AirTrain e o metrô até a região do apartamento. Como nosso check-in era apenas às 16h, tivemos que deixar as malas em algum lugar, já que ainda era 8:20 da manhã. Pesquisei pelo LuggageHero algum local para deixar as malas ali perto e encontramos um café que guardava bagagens. Deixamos tudo lá para pegar mais tarde e fomos em direção ao Domino Park para começar o dia.

O Domino Park é um parque à beira do Hudson extremamente agradável e bem cuidado (e novo). Inclusive tem os melhores banheiros públicos que vi na cidade. Aparentemente o local está em expansão e o parque ainda será ampliado, inclusive novos prédios serão erguidos por ali. Vale a visita e rende ótimas fotos com vista para a Williamsburg Bridge. No parque, aproveitei para entrar no site do Museu 9/11 e pegar as entradas gratuitas para o dia seguinte, terça, 17h.

Depois do parque, decidimos atravessar a Williamsburg Bridge sentido Manhattan. Todo mundo coloca a travessia da Brooklyn Bridge no roteiro, mas devo dizer que a travessia da Williamsburg Bridge também é muito agradável e a ponte é muito bonita. Após a travessia, caminhamos rumo ao East River Park (no caminho paramos só pra entrar e conhecer um Trader Joe’s) e por lá pegamos a Ferry até Dumbo. Como já eram 12h, entramos no Time Out Market para almoçar. Pegamos hambúrguer e cheesesteak sandwich no Pat Lafrieda, com uma porção de fritas. Comida muito boa – o único revés desse restaurante é não aceitar dinheiro. Costumo viajar com dinheiro suficiente pra viagem toda, porque é mais barato do que usar cartão e pagar o spread da cotação do cartão + IOF. O almoço deu 39 dólares (a bebida é comprada no bar do Time Out Market, separadamente, e lá aceitam dinheiro). Devidamente alimentados, fomos passear pela região do Brooklyn Bridge Park, Jane’s Carousel e, claro, na Washington St. (para a tal vista com o arco da Manhattan Bridge).

Após esse breve passeio, como ainda tínhamos tempo sobrando até poder entrar no apartamento, decidimos visitar o Museu de História Natural. Não era pra ir lá esse dia, mas seguindo uma sugestão da Laura ao analisar meu roteiro, acabei trocando esse plano. Foi bom, porque adiantamos um lugar que queríamos ver e não sabíamos bem onde encaixar.
Pagamos 10 dólares cada pra entrar (opcional, pague o que quiser). Mas acabamos nos decepcionando com o museu – talvez minha expectativa estava alta demais, pela fama do lugar. É bacana, mas está precisando passar por uma revitalização, pois é notável que várias exposições são bem antigas. Achamos o museu de história natural de Washington muito mais interessante (e moderno).

Saímos do museu por volta das 16h30 e fomos de metrô rumo ao apartamento, pois o cansaço da viagem estava batendo e queríamos descansar para o segundo dia (não dormimos nada no avião). O calor do dia também não estava ajudando, pois foi um dia de muito sol com temperatura na casa dos 32 graus, e estávamos de calça jeans. Um horror – por isso evito viajar no auge do verão para os destinos. No caminho para o apê, paramos num Dunkin’ Donuts pra comer algo rápido, pegamos as malas onde havíamos deixado pela manhã e caminhamos até o apartamento para o check-in e descanso.

24/09 (terça) – Saímos cedo do apartamento em direção ao início da Brooklyn Bridge, para atravessá-la sentido Manhattan num horário ainda sem tantos turistas. Iniciamos a travessia às 8h e foi bem tranquilo, com espaço pra caminhar sem pressa e bater fotos sem tanta gente no fundo. Chegamos em Manhattan e fomos tomar café da manhã numa Starbucks ali perto da ponte, no caminho para o World Trade Center. Após o café, continuamos rumo ao WTC e ficamos ali contemplando a região e o memorial. O memorial é lindo e imperdível. Realmente faz você refletir e ver o lado ruim mas também o lado bom do ser humano. Uma justa homenagem às vítimas.

Após conhecer a área do memorial, fomos ao One World pegar o ingresso do observatório para as 15h (comprei o Flex Pass para 2 atrações, para usar no One World e Top of the Rock), entramos no Oculus para conhecer e seguimos rumo a Wall Street. Como vimos uma Century 21 ali perto e estávamos sem pressa, entramos pra ver qual é a dessa loja que tanta gente fala – e já pra analisar um pouco do que poderíamos comprar no último dia em NY, que deixamos reservado para as compras. Confesso que me surpreendi com a loja. Ótimos itens e ótimos preços. A nossa “passadinha” por ela deu uma hora e meia, o que acabou sendo bom pra ter uma noção do todo e não ficar tão perdido no dia que efetivamente iríamos comprar algo. Cheguei a pensar “por que diabos existem outras lojas na cidade, sendo que há essa loja aqui?”, de tanta coisa que tem e com preços realmente atraentes.

Saindo da Century, seguimos até Wall Street e a região da Stock Exchange. Pegamos uma comida num food truck grego chamado Uncle Gussy’s e sentamos na escadaria do Federal Hall para almoçar. O sanduíche da minha esposa estava ótimo. Eu pedi um prato de carne sobre arroz. A carne também estava excelente… O arroz era meio sem sabor. Almoçados, fomos matar um tempo e conhecer o Battery Park. Ficamos um tempinho sentados em cadeiras que ficam lá no gramado do parque, e voltamos para a região do WTC para subir o One World Observatory, pois o horário do ticket estava se aproximando. No caminho para o WTC, passamos pelo tal touro de Wall Street. Tinha uma fila básica pra bater foto segurando as partes íntimas do animal, mas como eu não fazia questão da foto, me contentei batendo foto de uma chinesa pegando nas gônadas do touro. Guardarei pra sempre essa recordação.

Sobre o observatório, gostamos muito, até mais do que eu esperava. A subida com o elevador já é uma experiência bacana. Depois ainda tem mais um vídeo bem interessante, uma surpresinha (para os desavisados como eu), e enfim você entra efetivamente na área de observação. Entre ele e o Top of the Rock, não sei dizer qual vale mais a pena. Achei duas experiências bem distintas, e recomendo ambas se você é daqueles que gosta de ver a cidade por cima. Se não quer gastar com dois observatórios, estará bem servido em qualquer um dos dois, em minha humilde opinião. Ficamos cerca de uma hora no observatório, e descemos. Ainda tinha um tempo até às 17h, que era o horário de nossos ingressos gratuitos para o Museu 9/11. Decidimos então andar até a margem do Hudson River, esbarramos sem querer no Irish Hunger Memorial e matamos um tempinho no parque às margens do rio. Voltamos para o museu e lá ficamos por duas horas e meia. Vá com tempo, para aproveitar. É enorme e bem interessante.

Saímos do museu às 19:45, e fomos pegar o metrô para a região de East Village, onde reservei uma mesa no restaurante Gnoccheria by Luzzo’s, especializado, obviamente, em gnocchi. Chegamos cerca de meia hora adiantados (a reserva era para 21h), mas como o restaurante não estava muito movimentado, já entramos e pedi pela nossa reserva. Pedimos meatballs de entrada e escolhemos um prato de nhoque para duas pessoas, chamado “Tris Signature Dish” ou algo assim. É uma travessa com nhoque e 3 diferentes molhos, com as cores da bandeira da Itália. Molho de 4 queijos, pesto e tomate com mozzarella. A comida, mais uma garrafa de vinho, fechou a conta em cerca de 100 dólares (com tax e tips). Gostamos muito da comida e do atendimento. Após a janta, voltamos ao apartamento para encerrar o dia.

25/09 (quarta) – Saímos do apartamento por volta das 8h20 em direção ao Rockefeller Center, para pegar o ticket do observatório para 17h30 usando o Flex Pass novamente. Ticket obtido com sucesso, então o Flex Pass valeu bastante a pena para nós, pois conseguimos economizar um pouco comprando o passe de duas atrações e ainda pegar o horário de pôr-do-sol no Top of the Rock, que é um horário mais caro se comprar antecipadamente pelo site do local.

Tomamos café da manhã na Starbucks que tem ali no Rockefeller Center mesmo e seguimos rumo à parte norte do Central Park, pois esse dia foi dedicado a conhecer o parque.
Ah, curiosamente nesse caminho a pé do Rockefeller Center até a 51st station, onde pegaríamos o metrô para o parque, esbarramos num policiamento ostensivo na Madison Ave, com o acesso à rua bloqueado por grades e bastante gente ali na calçada aguardando algo acontecer – como se fosse passar um desfile na rua. Como dois bons turistas, aguardamos também. Depois de 5 minutos, passa a presidential motorcade, com dezenas de policiais, carros do FBI e serviço secreto, e os dois cadillacs presidenciais – onde, imagino, em um deles estava o Trump a caminho da conferência da ONU (que ocorria na cidade naquela semana). Algo não planejado, mas que foi bem bacana de ver.

Chegando enfim no Central Park, começamos visitando o Conservatory Garden, um jardim bem bonito. Fomos descendo, passando pela Gothic Bridge, Jacqueline Onassis Reservoir, Belvedere Castle, Bethesda Fountain, e outros pontos clássicos do local. Por volta das 14:30 saímos do parque para ir até o Tony’s Dragon Grille, um food truck de comida grega. Pedimos dois sanduíches de pita com carne e voltamos ao Central Park para comer num banco por lá. Gastamos cerca de 20 dólares em 2 sanduíches + 2 Cocas. Bem saboroso.

Após, caminhamos até Columbus Circle, entramos no shopping que tem por ali para usar os banheiros, e caminhamos em direção ao Top of the Rock, com uma passadinha na Times Square para conhecer ela durante o dia.  Subimos o observatório no horário marcado, 17h30, e lá ficamos até 19h40, pegando o visual durante o dia, pôr do sol, e noite.

Descemos e voltamos à Times Square, para conhecê-la também a noite e visitar as lojas da M&Ms e Disney. A loja da M&Ms vale a visita, mas a da Disney achei bem fraquinha. Pra quem já foi nas lojas dos parques (que são bem melhores), acredito que não é uma visita interessante – a não ser que esteja com crianças. Para encerrar a noite, pegamos o metrô até o Artichoke de Williamsburg – uma pizzaria daquelas que vende por fatia. Pizza muito gostosa, especialmente a de alcachofra, que dá nome ao local. Voltamos a pé ao apartamento.

26/09 (quinta) – Para esse dia, tínhamos o ingresso antecipado para o The Vessel as 10h. Saímos do apartamento as 09h e pegamos o metrô até o Madison Square Garden. Ali pegamos café, donuts e croissant num carrinho, comemos na escadaria do USPS, e fomos a pé até o Hudson Yards. Aliás, muito bons esses carrinhos de café, pra quem quer economizar. Enquanto gastávamos cerca de 15 a 20 dólares em 2 comidas e 2 cafés nas Starbucks, nesses carrinhos dava cerca de 6 dólares. Claro que o que comíamos no Starbucks era um pouco mais elaborado, mas o preço não compensava.

Chegando no Hudson Yards, já fomos pra entrada do Vessel, pois nosso horário do ticket era 10h e já estávamos meia hora atrasado. Mas entramos sem problema algum, até porque nem tinha fila. Batemos a foto clássica com o celular no chão na entrada, e começamos a subir as escadas… No meio do caminho minha esposa desistiu e quis descer (tem pavor de altura as vezes). Levei ela até o primeiro andar e subi sozinho até o topo. Após algumas fotos e apreciação da vista, desci também.

Fomos então ao High Line, que tem o início (ou fim) ali perto. Andamos pelo parque até a região do Chelsea Market, onde descemos (as placas AMOR e LOVE estavam no High Line, no mesmo local). Caminhando para chegar no Market, acabamos passando pela Starbucks Reserve e entramos pra conhecer. Realmente é bem interessante, inclusive com alguns souvenirs e itens bacanas pra comprar.

Chegando no Chelsea Market, demos uma volta pra conhecer e pra achar um banheiro. O mercado é muito bacana. Tem muita opção, mas na hora do almoço é bem cheio. Procuramos pelos “Los Tacos no. 1” e pegamos 2 tacos de carne asada para cada. Os tacos são realmente deliciosos, e com um preço muito justo. 4 tacos + 2 refrigerantes deu uns 22 dólares. Procuramos um banquinho ali no market mesmo pra sentar e comer. Depois visitamos umas lojas dentro do próprio mercado pra comprar umas coisinhas de cozinha e algumas comidas e temperos pra trazer pro Brasil.

Saímos do Chelsea Market para ir em direção ao Flatiron Building. No caminho, paramos no Gansevoort Market para conhecer rapidamente e comer alguma sobremesa. Esse mercado é bem menor que o Chelsea, mas também muito agradável (e estava bem mais vazio). Pegamos dois cookies no Duchess Cookies, bem gostosos.

Seguimos o caminho até o Flatiron, sentamos por alguns minutos no Madison Square Park e fomos até o Bryant Park para conhecer o parque e a biblioteca pública. Logo começou a chover, então decidimos entrar na biblioteca sem ter tido muito tempo pra conhecer o parque. A biblioteca é bem interessante e o local é muito bonito. Ficamos mais ou menos uma hora por ali e saímos em direção à Grand Central. A estação estava bem cheia, mas deu pra conhecê-la bem e admirá-la. Também vale a visita. Jantamos no Shake Shack de lá e retornamos ao apartamento pra dormir um pouco mais cedo, pois o dia seguinte seria de muita caminhada novamente.

27/09 (sexta) – Saímos 8h30 para pegar o metrô e ir até a estação do teleférico que liga Manhattan à Roosevelt Island (o próprio Metrocard serve pra usar o teleférico). Chegando na ilha, fomos ao Starbucks dali tomar um café e seguimos caminhando até a ponta norte, onde está o farol. De lá, pegamos o ônibus gratuito que circula a ilha para chegar na parte sul, onde está localizado o Smallpox Hospital e o Franklin D. Roosevelt Park. Achei essa ilha sensacional. Uma tranquilidade absurda, tão próxima de Manhattan… Parece que você chegou numa cidade do interior.

Por volta das 12h pegamos a ferry da Roosevelt Island até a parada de Long Island City, onde está o Pepsi Sign. Demos uma voltinha por ali e fomos a pé até o Chip NYC de Long Island City, para comprar alguns cookies (deliciosos) e pegar a balsa novamente, dessa vez até o Pier 11, para pegar outra balsa rumo a Governors Island. Como ainda faltava quase uma hora pra próxima balsa para a ilha sair, sentamos no The Beer Garden para beber umas cervejas enquanto aguardávamos o horário.

Chegando na Governors Island, saímos sem muito rumo pra caminhar e conhecer a ilha. No caminho vimos algumas placas indicando um evento chamado Longines Global Champions Tour… Fomos seguindo as placas pra ver o que seria isso, e chegando lá vimos que era uma etapa eliminatória de um campeonato de hipismo. Há várias etapas em várias cidades ao redor do mundo, e esse final de semana era a vez de New York. Sentamos na arquibancada um tempo pra assistir, e depois continuamos a caminhar pela ilha. Mais uma ilha que gostamos muito. Bem bonita, com belas vistas para Manhattan. Adoramos também uma área onde aparentemente alugam algumas tendas e chalés, para passar a noite, chamado Collective Retreats. Já anotamos o plano de em algum dia no futuro alugar ali uma cabaninha, tomando um banho com vista para o skyline de Manhattan… Parece uma boa experiência.

Por fim, voltamos para a entrada da ilha para almoçar no Taco Vista e pegar a balsa de volta a Manhattan, pois tínhamos ingressos para a exposição de street art Beyond the Streets, que a Laura indicou no Instagram e disponibilizou alguns ingressos gratuitos aos seguidores. A exposição foi muito mais interessante do que eu esperava. Enorme, com muita informação sobre os artistas, as obras e o movimento da pichação e do graffiti, desde as origens até os dias de hoje. De quebra, os andares da exposição ainda tinham grandes janelas que renderam boas vistas do pôr-do-sol da cidade.

Após cerca de duas horas por lá, fomos a pé até o Crif Dogs comer uns hotdogs. Ambiente bem simples, bem gueto, com ótimos hotdogs a bons preços. O cardápio vai muito além do hotdog simples de pão com salsicha, e eles possuem várias combinações. Após a janta, voltamos a pé para o apartamento.

28/09 (sábado) –  Como esse dia era meu aniversário, havíamos decidido não acordar tão cedo (melhor presente) e já ir direto para a feira Smorgasburg. Porém, levantamos perto das 10h da manhã e pra não ficar perdendo tempo, pegamos o metrô até Fulton St. para visitar o Atlantic Terminal Mall e algumas lojas que tem por ali, pra ver se no nosso último dia (que seria o dia de compras), valeria a pena se deslocar até outras lojas ou ficaríamos só pela Century 21. Ali acabamos entrando numa Marshalls, e aí danou-se…

O meu principal objetivo de compras em New York eram calçados. Meu número é 46, e na minha cidade simplesmente não há calçados nesse número nas lojas “normais”. Há anos eu só compro tênis pela internet em sites especializados em tamanhos maiores, porque ir numa loja, olhar modelos e escolher algum é algo que não consigo fazer desde os 15 anos de idade.
Então, quando entrei nessa Marshalls e fui na área dos calçados… Parecia uma criança indo na Disney pela primeira vez. Já saí dali com 5 pares.

Pegamos o metrô novamente para deixar as compras no apartamento, e de lá fomos pegar o ônibus até o East River State Park, onde ocorria a Smorgasburg. O plano era chegar na feira as 11h, mas já eram 13h… As compras nos atrasaram bastante.

Essa feira foi um dos locais mais bacanas que frequentamos. Dia de sol, parque bem agradável, muitas opções de comidas… Comemos espetos de camarão, pizza cupcake, tomamos umas limonadas refrescantes, comemos petiscos brazucas (do Petisco Brazuca)… E segui um cheiro de carne lá até chegar no stand de um tal de Carnal. Lá serviam um frango e um beef short rib com um molho da casa (18 dólares). Gente, que carne era aquela, e que molho era aquele… Um negócio de outro mundo. Se você for nessa feira e eles estiverem lá, não dá pra não comer essa carne. Valeu a viagem.

Já atrasados, terminamos de comer e tínhamos que voltar ao apartamento para nos arrumar, pois as 16h tínhamos ingresso comprado para o 57th New York Film Festival. Com um pouco de correria, conseguimos chegar a tempo no Lincoln Center, onde estava ocorrendo o festival. Nosso ingresso era para um evento chamado “in talks”, onde o diretor do festival senta com um famoso diretor de cinema e conversa sobre experiências, inspirações, etc… O diretor convidado desse ano era Martin Scorsese, pois foi o filme dele (The Irishman) que abriu o festival de cinema de 2019. Como gosto muito de cinema, e Scorsese é um dos diretores que mais admiro, não pude perder essa oportunidade. Por sorte, conseguimos ingressos na primeira fileira (na hora da compra, online, você não consegue escolher os assentos). Então foi um belo presente de aniversário.

Saímos do festival as 17h, e o próximo evento do dia com hora marcada era apenas 21:30, no Nomad Hotel. Então decidimos passar no 230 Fifth Rooftop, que é perto do Nomad, para beber e jantar. Mesmo sendo sábado, conseguimos sentar na área externa e matar esse tempo comendo e bebendo, apreciando a bela vista para o Empire State.

As 21h saímos do rooftop e fomos até o Nomad Hotel, onde tínhamos ingressos comprados para o The Magician at the Nomad. É um espetáculo de mágica e ilusionismo com Dan White. Sempre gostei bastante de mágica, então queria assistir algo assim na cidade. Esse espetáculo em específico eu li sobre no Blog da Laura, e logo me interessou. Os ingressos são caros (282 dólares para 2 pessoas, área do meio da plateia) e vendidos apenas em pares. É necessário comprar com bastante antecedência, de acordo com o calendário divulgado no site, e os ingressos se esgotam em poucos segundos – é um espetáculo bem intimista, com uma capacidade de público bem pequena. Mas foi uma das coisas mais bacanas que fizemos nessa viagem. Dan White conduz o show de uma forma incrível… E a forma como ele envolve a plateia no espetáculo é perfeita. Há vários momentos em que ele pede a participação da plateia, mas qualquer um é livre para dizer que não quer participar. Eu acabei participando umas 3 vezes, e olha que sou meio introvertido. Mas estava tão empolgado com o espetáculo… Vale cada centavo de dólar. Foram duas das horas mais divertidas de nossa viagem, e possivelmente o espetáculo mais divertido e surpreendente que já assistimos pelo mundo. O show transcorreu das 22h até meia-noite. Após, voltamos de metrô para o apartamento.

29/09 (domingo) – Domingo era dia de Coney Island. Saímos as 10:30 rumo ao local, de metrô. Chegamos lá por volta das 12h. Almoçamos no Nathan’s do boardwalk em frente à praia. Cachorro-quente bem gostoso – pedimos com molho de queijo e cebola grelhada. Também pedimos popcorn shrimps para acompanhar. Muito bons (e picantes). Ressalto que o hot dog americano me surpreendeu. Não tinha muita expectativa, por achar que seria muito simples. É simples, porém é muito gosto. Usam uma salsicha muito melhor que as nossas tradicionais (é carne mesmo), e o pão é bem melhor que os pães de cachorro-quente que conheço no Brasil.

Depois ficamos passeando pelo parque, jogamos whack-a-mole, fomos em um brinquedo, caminhamos pelo boardwalk. Gostamos muito do lugar, com aquele clima de carnivals que vemos em filmes. Também foi um de nossos passeios preferidos e se fosse a NY novamente, voltaria lá. O clima ajudou novamente e foi mais um dia de muito sol.

Saímos de Coney Island as 16h rumo à região de West Village, Greenwich Village e Union Square. A ideia era passear por essas áreas sem muito rumo, apenas apreciando as ruas, praças e construções. Aproveitamos para comer um cupcake na Molly’s. Realmente muito bom. Às 19h tínhamos reserva no Emily West Village, um restaurante focado em pizzas, mas que possui um hambúrguer no cardápio. E que hambúrguer! Excelente carne, excelente molho, excelente queijo. Gostamos bastante. As curly fries que acompanham também eram das melhores que já comemos, bem crocantes. A conta, com dois hambúrgueres, taça de vinho, cervejas e refrigerante, mais taxas tips, saiu por volta de 120 dólares. Após a janta, voltamos ao apartamento.

30/09 (segunda) – Mais um dia seguindo uma dica da Laura: City Island. Assim que li o post dela sobre esse local, com aquele clima de cidadezinha litorânea, já inseri no roteiro. O caminho até lá é bem fácil. Pega metrô até uma estação final no Bronx (esse trajeto demora uma hora mais ou menos, dependendo de onde você sai), e de lá um ônibus que em 10 minutos está em City Island. Chegando em City Island, às 9:40, paramos num ponto de ônibus perto do City Island Diner para tomar um típico café americano. Iríamos fazer isso num diner em Manhattan, mas decidimos fazer na ilha e foi ótimo. O clima de diner ficou ainda melhor, com moradores locais que se conhecem, estrutura bem tradicional… Até os atendentes passavam aquele ar de interior norte-americano.


Minha esposa pediu panquecas com gotas de chocolate, e eu pedi um prato com ovos, bacon, presunto e batatas. Comida excelente. Para beber, pedimos apenas café. A conta deu cerca de 22 dólares, uma pechincha se considerar que é isso que pagamos pra comer coisas meia-boca num Starbucks. Depois do café, ficamos passeando pela ilha, entrando em suas ruas, marina… Uma pena que a loja 239 Play estava fechada (era feriado de alguma religião que não lembro qual), porque queria muito visitar a loja. Almoçamos no restaurante Tony’s Pier. Não estávamos com muita fome, então só pegamos uma porção de camarão empanado com fritas. Ótimos camarões, bem grandes. Com 2 refrigerantes, deu 19 dólares.

No roteiro original, iríamos ao museu de história natural após a City Island, mas como fomos em outro dia no museu por sugestão da Laura ao analisar nosso roteiro, estávamos com o resto do dia livre. Então, às 15h decidimos rumar para a Century 21, pois vimos que nossas compras não seriam tão pequenas como eu imaginava, e deixar tudo para o último dia não seria bom. Compramos mais calçados e algumas roupas e perfumes, ficando na loja até 20h15. Então, fomos para o apartamento deixar as compras. Não tinha nenhum jantar planejado e decidimos ir numa pizzaria que vende por fatias ali por perto do apê mesmo, chamada L’industrie. Pizza muito boa. Depois voltamos ao apartamento para encerrar os trabalhos do dia.

01/10 (terça) – Nesse dia, tínhamos ingresso reservado para a visita à Estátua da Liberdade e Ellis Island. Mas antes de ir para o Battery Park pegar a balsa, passamos na Burlington da Union Square pra dar uma olhada naquela loja e ver se seria uma boa loja para compras no dia seguinte. Não vimos nada muito interessante, que a Century 21 não supriria. Mas havia algumas poucas camisetas e polos a bons preços. Por ser uma loja focada em roupas mais pesadas, e ainda já ter acabado o verão, a maioria dos itens eram casacos, blusas. Coisas que eu nunca uso porque praticamente não existe inverno onde moro. Depois dessa loja, aproveitamos pra ir na DSW Shoes que tem no mesmo prédio. Embora tenha maior variedade de modelos, os preços não eram tão atraentes quanto na Century.

Fomos então para o Battery Park, pois nosso ingresso era para 11h. Entramos na fila, passamos pela segurança e pegamos a balsa para a ilha. Ao descer na ilha, a primeira coisa que fizemos foi almoçar ali. Tem um restaurante bem grande, estilo fast food, e pegamos dois hambúrgueres com fritas e anéis de cebola. Bem gostosos, e com preço justo.

Nas minhas pesquisas, encontrei muitos relatos divergentes sobre a visita à estátua. Vi muita gente decepcionada, e muita gente dizendo que era algo obrigatório. Para nós, foi algo imperdível mesmo. Ver a estátua de perto é bem diferente de ver ela de longe, de algum barco. E como não é uma atração cara, acho que vale a pena para qualquer visitante. A ilha é muito bonita e a estátua é mais ainda. Nosso ingresso dava acesso ao pedestal, e a vista lá de cima também é excelente – e pela diferença de preço do ingresso normal para o ingresso com acesso ao pedestal, vale a subida. Só não pegamos até a coroa porque realmente não me pareceu interessante, pelos vídeos que vi.

Na ilha, também visitamos o novo museu, que não achei tão bacana. Mas fizemos um tour guiado (gratuito) com um ranger, que falou bastante sobre a história da estátua – desde sua concepção até a finalização de sua construção. Foi muito interessante, e se a pessoa tem tempo (e entende bem o inglês), recomendo. Por fim, passamos na lojinha de souvenirs da ilha pra comprarmos algumas coisinhas e partir para Ellis Island, pois já eram quase 15h da tarde e às 17h30 tínhamos reserva no Westlight.

Nosso passeio por Ellis Island acabou sendo mais corrido do que gostaríamos, em virtude do tempo. Então, pra quem quer conhecer bem a estátua e Ellis Island, recomendo reservar pelo menos umas 6 horas do dia para tudo. O Museu da Imigração é extremamente interessante e bem organizado. Há muitos vídeos e áudios de imigrantes e da época que foi o auge da imigração. Inclusive fizeram a “reconstituição” do caminho que os imigrantes faziam quando desembarcavam em NY. Desde a sala onde pegavam as bagagens, até a inspeção médica, prisão (se fosse o caso do infeliz), entrevista. Ficamos no museu das 15h até às 16h, e pegamos a balsa novamente para voltar ao Battery Park e ir ao apartamento se arrumar para o rooftop.

Como o tempo tava curto, pegamos um Lyft do apê até o Westlight, para chegar em tempo da reserva às 17h30. O Westlight é um rooftop que conheci, pra variar, por indicação da Laura. Fica no topo do The William Vale Hotel. Reservei com razoável antecedência para conseguirmos uma mesa externa. Nossa mesa era ótima, encostada no vidro com a vista para Manhattan.
Pedimos algumas porções, um hambúrguer (que vieram com uma das melhores fritas que comemos na cidade e na vida), drinks, cerveja, vinho… E não lembro e nem quero lembrar quanto deu a conta. Ficamos lá até 20h e partimos em direção ao apartamento. Dessa vez, a pé, sem pressa. Gostamos bastante dessa região do rooftop (North Williamsburg). É bem mais movimentada que a que estávamos hospedados (South Williamsburg), com vários bares e restaurantes interessantes.

02/10 (quarta) – Começamos o que seria o nosso último dia inteiro em NY indo, mais uma vez, às compras – esse dia era aniversário de minha esposa. Pegamos o metrô para a região do WTC, tomamos café num carrinho por ali, e entramos de novo mais uma vez na Century 21 dessa região. Dessa vez focamos em roupas, mas também pegamos mais um ou outro calçado e perfume. E também malas novas, porque as que trouxemos do Brasil não teriam espaço para tanta compra. Após comprar muito mais do que deveríamos, voltamos ao apartamento para deixar tudo e se arrumar, pois 17h tínhamos reserva no Cecconi’s, em Dumbo.

Também reservamos uma mesa na área externa com boa antecedência – e é mais um restaurante que colocamos na lista por indicação da Laura. E foi mais uma indicação certeira. A vista da área externa é sensacional, com a Brooklyn Bridge de um lado e a Manhattan Bridge de outro. E, pra ajudar, a comida também é ótima. Pedimos um steak tartare e meatballs de entrada, que estavam ótimos, e um vinho para acompanhar. Após as entradas, pedimos os pratos, e logo começou a chover bastante. Todos que estavam na área externa tiveram que abandonar o barco, pois a cobertura de toldo não adiantava. Nesse momento o serviço do restaurante mostrou toda sua competência. Cerca de 20 clientes estavam ali fora, e todos entraram correndo pra fugir da chuva e foram direcionados à área do bar. Em menos de 5 minutos a gerência arranjou mesas na área interna para todos. Mesmo trocando o garçom que nos atendia, o novo garçom já estava completamente informado de nossos pedidos e sempre nos mantiveram a par do andamento de tudo. Eu pedi um steak acompanhado de salada, e minha esposa pediu uma massa a bolonhesa. Tudo muito bom, mas o tagliatelle dela estava incrível. Um dos melhores que já provamos. Depois ainda pedimos duas sobremesas (abusamos, deveríamos ter pedido uma só), com destaque para os profiteroles com sorvete. Se for lá, peça isso e divida. No fim, a conta deu adoráveis 260 dólares com taxas e gorjetas. Mas você pode ir lá e não ser tão sem noção quanto nós e gastar bem menos, comendo tão bem quanto.

Após a janta, fomos em direção ao metrô para chegar no BAM Howard Gilman Opera House, onde aconteceria o show da Madonna, que tínhamos ingressos. Não somos fãs da artista, mas claro que conhecemos e gostamos dos principais hits dela. Mas o que mais nos empolgou para esse show foi o fato de ser uma turnê mais intimista, com shows em casas de teatro/orquestra, com um público bem reduzido. Dessa forma, não importa onde você sentasse, estaria perto do palco e conseguiria ver tudo muito bem – em comparação a um show num estádio ou arena, por exemplo. De qualquer forma, foi a atração mais cara de nossa viagem, e eu não estava com grandes expectativas – e com medo de que ela focasse demais nas músicas do álbum lançado esse ano. Mas saímos surpreendidos. O show foi MUITO bom, ela tocou os clássicos necessários, a produção era muito bacana, e ela passou bastante tempo interagindo com o público. Não tenho fotos do show pois não era permitido usar celular ou câmera, mas ficará guardado na memória. O show terminou às 2h da manhã, e fomos direto para o apartamento, pois no dia seguinte pegaríamos o trem para Washington D.C.

03/10 (quinta – NY para Washington) – Nosso trem sairia da Penn Station às 10:40 da manhã. Como estávamos com duas malas a mais do que quando chegamos em NY em virtude das compras, pegamos um Lyft (XL, pra não correr o risco de chegar um carro que não comportariam as malas) às 8:40 para a estação. Lá, aguardamos a indicação de nossa plataforma e fomos para o trem. Após muito esforço para embarcar com 4 malas de 23kg e 4 malas de mão, tomamos café da manhã no trem mesmo (há um vagão-restaurante).

Chegamos na Union Station em Washington após 3 horas e meia de viagem. Chamamos mais um Lyft para ir até nosso hotel, chegando lá 14h30. Pegamos o hotel Hyatt House, num distrito chamado The Wharf. É uma região relativamente nova, construída às margens do Potomac River. Ali há um calçadão, uma marina, e diversos hotéis e restaurantes, todos novos. Lugar sensacional, e bem próximo do National Mall. Inclusive o distrito possui um ônibus gratuito, que passa a cada 10 minutos, fazendo o trajeto da Wharf até o National Mall. Assim o que levaria uns 20 minutos a pé, levava 3 minutos de ônibus, e sem custo.

Pegamos o quarto mais básico do hotel, mas mesmo assim, muito bom. Espaço de sobra (tinha até um sofá, mesinha e guarda-roupa), banheiro amplo. Pagamos 915 dólares, com as taxas, para ficarmos 5 noites. Detalhe importante: café da manhã incluso na diária. E era um café muito bom, com 5 comidas quentes por dia (waffle, bacon, ovos…), além de frutas, iogurtes, cereais, sucos e alguns doces. E de segunda a sexta tinha a “estação de omelete”, onde você solicitava o seu omelete de acordo com os ingredientes que selecionava numa ficha. Bem bacana.

Como o check-in no hotel era apenas a partir das 16h, e nosso quarto não estava pronto, deixamos as malas na recepção e fomos dar uma volta pela área. Conhecemos o calçadão da Wharf, compramos uma cerveja num bar quiosque que tem ali (e sentamos pra tomar porque esqueci que não pode beber na rua) e fomos a pé até o Thomas Jefferson Memorial. O memorial está com o telhado todo em reformas/limpeza, mas permanece aberto. É muito bonito e vale a visita. Depois seguimos em direção ao George Mason Memorial, Franklin Delano Roosevelt Memorial e o memorial do Martin Luther King Jr. Todos também muito bonitos e inspiradores. Embora muita gente fique só pelos memoriais mais conhecidos do National Mall, consideramos esses outros que visitamos tão imperdíveis quanto. Washington é uma cidade muito ampla, bem diferente de NY e especialmente Manhattan, então tudo é grande e imponente.

Após, chegamos na área mais visitada do National Mall, onde há a reflecting pool ligando o Washington Monument ao Lincoln Memorial. Ficamos por ali apreciando o local, batendo fotos e conhecendo diversos memoriais (Lincoln, World War II, Vietnam War, Korean War…). Atravessamos para a outra ponta da reflecting pool para nos aproximarmos do Washington Monument e seguir em direção ao hotel. Nesse momento passou o Marine One (helicóptero presidencial) sobrevoando a área até pousar na White House, ao lado de outros 2 helicópteros militares. Aparentemente o roteiro de viagem do Trump era muito similar ao nosso. Lá pelas 18h voltamos para a Wharf, jantamos num Shake Shack e fomos pro hotel para descansar.

04/10 (sexta) – Nesse dia tínhamos entrada reservada para visita guiada ao Capitólio (o Congresso americano). Visita gratuita, como quase tudo em Washington. Fomos com o ônibus gratuito da Wharf até o National Mall e caminhando até o prédio do Capitólio. Nesse dia estava ocorrendo um tal de “10-4 DC”, um encontro anual de caminhoneiros em Washington, onde deixam os caminhões estacionados no National Mall e usam o espaço para demonstrar suas preocupações, anseios, e necessidades, e para conversar com os seus representantes políticos. Vimos vários caminhões bonitos, daqueles clássicos americanos, até enfeitados. Dá pra ver o orgulho que eles possuem da profissão e dos seus veículos.

Chegando no Capitólio, fizemos algumas fotos externas e fomos em direção ao visitor center, nos fundos do prédio. Passamos pela fila da segurança e nos dirigimos para a área de nossa tour guiada. O tour inicia com um vídeo bem interessante (tem basicamente uma sala de cinema lá dentro) contando a história do edifício e o momento político da época de sua construção, chegando até os dias de hoje. Após o vídeo, os grupos são direcionados para seu guia específico, que leva você pelas principais áreas do Capitólio. É um tour em inglês, com fones de ouvido, então embora sempre tenha outros grupos fazendo o passeio ao mesmo tempo, você ouve bem o seu guia.
Para quem não domina o inglês, há uns panfletos com as informações do prédio em várias línguas, incluindo português, na recepção.

Após o tour guiado (que gostamos muito e recomendamos), pegamos passes gratuitos para visitar a sala da House of Representatives – que é basicamente a Câmara dos Deputados de lá.
É interessante ver esse local por dentro (o tour guiado não passa por lá), mas não é imperdível – e tem um esquema de segurança enorme pra entrar lá, mesmo os políticos estando em recesso.

Após encerrar no Capitólio, pegamos o túnel que liga o prédio ao edifício da Biblioteca do Congresso. O prédio da biblioteca também é muito bonito e com várias exposições interessantes. Inclusive, lá está em exibição uma das 3 bíblias de Gutenberg impressas em velino e completas, que existem. Saindo do Capitólio, fomos rapidamente ver a Suprema Corte por fora e bater umas fotinhos do prédio, e fomos caminhando até o Burrito Brothers para almoçar. Almoço rápido mas bem gostoso. Burrito de tamanho bem generoso por cerca de 10 dólares cada.

Após almoço, fomos caminhando de volta ao National Mall, entramos no US Botanic Garden (bem interessante, com plantas do mundo todo dividida por regiões e tipos).
Depois fomos até o Museu Nacional de História Natural. Diferentemente do de NY, esse gostamos bastante. E, novamente, atração gratuita. Praticamente sem fila pra entrar. E, de cara, você já entra na parte dos dinossauros, com direito a T-Rex e tudo mais. Em NY, a exibição do T-Rex era paga à parte. Também vimos o famoso Hope Diamond e outras várias coisas que o museu oferece. Achei bem mais organizado, moderno e interessante que o de Nova York.  Ficamos duas horas no museu e saímos em direção à Casa Branca. Chegamos o mais perto possível do prédio, tanto na parte dos fundos quanto na frente, e partimos em direção à uma Papyrus.

A Papyrus é uma loja que a Laura já mostrou no Instagram. Digamos que é uma papelaria gourmet. Eles vendem umas caixinhas de música muito bacanas, e nosso objetivo era comprar uma em Nova York, na Papyrus do Oculus. Mas esquecemos disso no último dia, o que de certa forma foi bom, pois já tínhamos várias lembranças de Nova York (réplica da estátua, canecas, etc.). Então compramos uma caixa de música com tema de Washington, bem bonita. Era perto das 19h, então decidimos voltar para o hotel e jantar lá mesmo.

05/10 (sábado) – Sábado foi dia de fazer um dos passeios que eu estava mais empolgado em Washington. Compramos o day-pass do Water Taxi na estação da Wharf e embarcamos em direção a Old Town Alexandria – trajeto de cerca de 30 minutos de barco.. Old Town é a parte histórica da cidade de Alexandria, na Virgínia, cidade-natal de George Washington. Foi eleita uma das 3 melhores cidades pequenas dos EUA pelos viajantes da Condé Nast. E chegando lá você entende o porquê.

Com o water taxi (também dá pra ir de metrô), você já desembarca no waterfront park, um parque às margens do Rio Potomac. Caminhamos um pouco pelo parque, visitamos a antiga fábrica de torpedos – que fabricava torpedos para os EUA durante as grandes guerras mundiais. Agora, a antiga fábrica virou a Torpedo Factory Art Center, com diversas galerias de artistas locais (pintores, artesões, escultores, etc.).

Após, fomos subindo a pé a King Street, a rua mais movimentada de Old Town. Há muitas lojinhas de roupas, restaurantes, casas de doces… E pouca coisa de redes famosas. Então você realmente se sente no interior do país, com um comércio histórico e bem local, que não se encontra em outros lugares. Se a pessoa já conhece Washington, vale a pena se hospedar em Old Town e passar ali uns 2 dias bem tranquilos, aproveitando a grande variedade de restaurantes locais. Seguindo pela King Street, encontramos um farmer’s market numa praça, com bela oferta de produtos locais e algumas comidinhas.

Caminhamos até perto do final da King Street e embarcamos no trolley que faz o trajeto dessa rua, do waterfront park até o fim (ou começo) da rua. Novamente, gratuito. De volta às margens do rio, sentamos numa mesinha externa do restaurante Vola’s Dockside Grill para almoçar. Atendimento excepcional e comida muito boa. Estavam com um cardápio de brunch e tinham uns drinks bem interessantes com refil a 4 dólares. Após algumas comidinhas e bebidinhas, embarcamos novamente no Water Taxi, com destino ao National Harbor – um trajeto de 10 minutos.

O National Harbor é uma área, também recente, construída às margens do Potomac. Embora seja apenas no outro lado do rio em relação à Old Town, é outro estado – Maryland. Ou seja, num só dia visitamos basicamente 3 estados americanos: District of Columbia, Virginia e Maryland. Nessa área há vários atrativos. Além do básico (restaurantes, bares e lojas), há um grande resort e convention center, chamado Gaylord, e um hotel-cassino da rede MGM. Também tem um outlet ali por perto (Tangier Outlets), mas não visitamos. Fomos na Capital Wheel – uma roda gigante no waterfront, estilo London Eye (porém menor) e ficamos passeando pela área. Como almoçamos tarde, não comemos em nenhum lugar ali, só compramos uma pipoquinha. Pegamos novamente o Water Taxi para retornar à Wharf. Ficamos descansando no hotel das 18h até umas 20h30, e saímos pra passear pelo calçadão da Wharf e ver a vida noturna do local – bem movimentada. Mas como já estávamos na parte final da viagem e quase sem dinheiro, só compramos uma pizza na Union Pie e levamos pra comer no quarto.

06/10 (domingo) – Nesse dia aproveitamos pra dormir um pouco mais, e depois do café fomos direto para o National Air and Space Museum (outro gratuito, como todos do Smithsonian Institute), chegando lá umas 11:30 da manhã. O museu é muito bacana e tem várias exposições e objetos interessantes, como um módulo lunar, o traje de Neil Armstrong utilizado na missão à Lua, entre outros. Também há uma exibição muito legal sobre a vida dos irmãos Wright, inventores do avião. Porém há várias exibições temporariamente fechadas, pois o museu está passando por uma imensa restauração e renovação – que durará 7 anos.

Após duas horas e meia no museu, pegamos o metrô rumo à Georgetown, um bairro histórico de Washington. Iniciamos a visita pelo Washington Harbour e fomos caminhando pela região. É um local muito agradável de passear, e bem movimentado. Há bastantes lojas, bares e restaurantes. No caminho passamos por um cinema da rede AMC e decidimos comprar ingressos para assistir ao filme Joker no IMAX naquele fim de tarde. Seguimos caminhando e passamos na Georgetown Cupcakes para comer, mas a fila estava tão grande que decidimos ir ali depois. Pegamos algo pra comer num café no outro lado da rua e continuamos o caminho até a Georgetown University e demos uma volta pelo campus da universidade. Prédio antigo, muito bonito, imperdível. Por coincidência do destino, pra chegar nela passamos pela escadaria conhecida como The Exorcist Steps – local de filmagem da parte final do filme O Exorcista, onde o padre é jogado pela janela do quarto e sai rolando escada abaixo. Escadaria bem íngreme, deu pra entender por que o padre faleceu.

Depois de visitar a universidade, seguimos pelas ruas de Georgetown, cheias de casinhas históricas. Muito agradável passear por esse bairro. E voltamos em direção ao cinema, para pegar a sessão que compramos ingresso. Aliás, excelente filme. Pós-cinema, voltamos à Georgetown Cupcakes para ver se dava pra comprar sem ficar uma hora na fila. Ainda tinha fila, mas mais aceitável. Cupcakes comprados (vale a pena), pegamos o DC Circulator (ônibus que circula pelas áreas mais centrais de Washington e custa 1 dólar por pessoa) para voltar ao National Mall e pegar o ônibus da Wharf de volta ao hotel.

07/10 (segunda) – Segunda foi nosso último dia inteiro de viagem. De manhã tínhamos reserva para tour no Pentágono. Esse é um tour que você pode reservar com até 90 dias de antecedência (recomendável), e precisa aguardar a confirmação do Pentágono de que seu pedido foi aceito. Geralmente eles confirmam sua visita uns 2 ou 3 dias antes. Ou seja, só recebemos a confirmação quando já estávamos em Washington. Para quem se interessa por prédios governamentais, militares e etc., a visita ao Pentágono é muito bacana. Fomos até lá de metrô – foi a primeira vez que usamos o metrô em Washington. É bem diferente do metrô em NY. Mais moderno, com estações incrivelmente amplas, escadas rolantes e elevadores funcionando. Claro que não fomos para estações muito distantes do Centro, mas o metrô da cidade impressionou pelas estações que passamos. A passagem custa entre 2 e 2,75 nas áreas mais centrais da cidade, dependendo do trajeto que você irá percorrer e do horário (peak ou off-peak).

Quanto ao Pentágono, o passeio é um tour guiado com um membro do exército, marinha ou aeronáutica (no nosso caso, metade foi com um membro da marinha e a outra com uma moça da aeronáutica). É muito interessante ver como o Pentágono é basicamente uma cidade por si só. Além dos milhares de funcionários militares, o local tem também diversos funcionários civis, que trabalham nas lojas, restaurantes e cafés que existem ali dentro. Há diversas redes de fast-food, como KFC, Subway, Starbucks… Até farmácias, consultórios médicos e odontológicos, lojas de roupas e até lojas de souvenirs – onde os clientes são apenas os funcionários do edifício – visitantes dos tours não podem acessar nenhuma loja ou restaurante. No total, o Pentágono emprega cerca de 26 mil pessoas lá dentro, entre civis e militares. A parte mais impactante o tour é, claro, o local onde o avião atingiu o Pentágono nos ataques de 11 de setembro. Na sala do impacto inicial foi feito um memorial para as vítimas e o guia detalha bastante sobre os ataques, com informações bem interessantes. Há também um memorial na área externa, mas não é acessível aos visitantes.

Após o tour, saímos do Pentágono e pegamos o metrô até a próxima estação, para visitar o Arlington National Cemetery. Para quem não conhece, é um cemitério militar, onde só podem ser enterrados veteranos e membros das forças armadas aposentados ou que morreram nas guerras (salvo raríssimas exceções, como o presidente John F. Kennedy e sua esposa).

Aliás, o túmulo de JFK e o Túmulo do Soldado Desconhecido são dois dos locais mais famosos e visitados do cemitério. No local do Soldado Desconhecido, há troca de guarda a cada 30 minutos ou uma hora, dependendo da época do ano… É um momento que muita gente para pra assistir. Logo após a troca de guarda, tivemos a sorte de presenciar uma cerimônia onde foi trocada a coroa de flores no túmulo. É uma cerimônia até mais interessante que a troca de guarda, onde famílias doam as coroas e prestam homenagem ali no local.

Pós cemitério, fomos visitar o US Marine Corps War Memorial… Um memorial bem bonito com uma escultura daquela famosa imagem dos soldados americanos hasteando a bandeira em Iwo Jima durante a 2ª Guerra. Depois, pegamos o metrô para visitar o National Archives Museum. Ficamos uns 30 minutos na fila do museu até entrar. É um museu gratuito, onde os itens mais famosos são os 3 founding documents dos EUA: a Declaração de Independência, Bill of Rights e a Constituição. Quem assistiu aos filmes do Nicholas Cage, A Lenda do Tesouro Perdido, terá vontade de ir nesse museu. E é um museu muito interessante, com exibições bem interativas e modernas. Uma pena que não tivemos muito tempo para o explorar, pois tínhamos reserva em restaurante as 17h. Mas deu pra ver o que queríamos e umas outras coisinhas rapidamente.

Depois do museu, fomos para uma Sephora pois minha esposa queria ver se tinha um perfume que ela queria, e fomos ao restaurante Pi Pizzeria, comer uma pizza deep dish. Restaurante com ótimo atendimento e ótima pizza. Com refrigerante e cervejas, e taxas e gorjetas, a conta deu uns 60 dólares. Depois, partimos rumo à Capital One Arena, pois tínhamos ingressos comprados para o jogo de basquete entre Washington Wizards e New York Knicks. Não sei se era um amistoso apenas ou se já era a pre-season da NBA, mas foi um evento também muito legal. Kiss cam, cheerleaders, mascotes e tudo que se tem direito. Foi legal até certo momento, pois durante o segundo quarto do jogo minha esposa percebeu que o passaporte dela não estava na bolsa dela – apenas o meu. E nosso voo de volta para o Brasil (com conexão no JFK) era no dia seguinte, as 14h.

Como eu havia recém comprado um latão de Budweiser antes de receber essa notícia, fiquei ali tomando minha cerveja até acabar, enquanto pensava na vida de um imigrante ilegal nos EUA e como faríamos para se virar por lá… Talvez um estágio com a Laura? Cerveja terminada, fui na segurança da Arena verificar se por ventura não tinham achado um passaporte, que poderia ter sido deixado na bandeja enquanto passávamos pelo detector de metais… Mas ninguém localizou nada. Resumindo, não sabemos como diabos um passaporte sumiu. Talvez na segurança do pentágono, onde cada um teve que apresentar o seu passaporte individualmente… Mas é estranho ela ter esquecido lá durante o raio-x, e ninguém ter nos procurado durante as 2 horas que ficamos no prédio.

De toda forma, não adiantaria tentar ficando descobrir como essa tragédia ocorreu. Saímos da Arena e fomos direto no restaurante, ver se por sorte não caiu por lá. Não estava. Fomos na Sephora, porque vai que… Não estava. Então, bora pra polícia. Localizei a delegacia mais próxima e lá fomos nós, 20h30 da noite, fazer um report de nossa situação. Chegando lá, informei nossa situação para o segurança da entrada, que nos direcionou a um policial. O policial foi bem tranquilo e simpático, e nos questionou sobre os fatos. Abriu seu bloquinho de anotações (estilo detetive dos filmes) e começou a anotar tudo à caneta. De certa forma, estávamos fazendo um turismo inusitado. Após anotar tudo, ele nos deu o número do “report” e nos desejou tudo de bom. Voltamos de Lyft para o hotel pra dormir e quem sabe acordar do pesadelo.

08/10 (terça e último dia) – Acordamos e não era um pesadelo. Então, bora pra mais um lugar que frequentamos no dia anterior pra ver se o passaporte não ficou por lá. Dessa vez, no National Archives Museum. Entrei pela ala dos funcionários lá pelas 08h30 da manhã (museu só abre 10h ao público) e falei com uma segurança, que muito solícita teve pena de nós e foi checar com a equipe se um passaporte foi localizado. Após uns 15 minutos de espera, mais uma resposta negativa.

Fomos então ao Consulado Brasileiro em Washington, que abre às 9h da manhã. Lá solicitamos uma ARB (Autorização de Retorno ao Brasil) em nome de minha esposa. Tivemos que preencher um formulário online do site do Ministério das Relações Exteriores, conseguir uma foto 2×2 polegadas (que fizemos numa CVS ali perto), e enfim pegar o documento – que é emitido gratuitamente. Ali descobri que também poderíamos ter solicitado a emissão de um novo passaporte, que por incrível que pareça seria confeccionado na hora. Mas era necessário comprar uma “money order” de 120 dólares no US Postal Service para entregar no consulado. E sendo o último dia, eu tinha um total de 2 dólares na carteira. Como o USPS não aceita cartão de crédito, lá se foi nossa chance de sair dali com um passaporte novinho. Maldita Century 21. Então pegamos a ARB da minha esposa, felizes porque ao menos deu tempo pra resolver o caso sem perder o voo, e voltamos ao hotel para o check-out. De lá, pegamos um Lyft para o aeroporto e partimos de volta ao Brasil – com a pendência de fazer um novo passaporte e visto para minha esposa.

Considerações finais

  • Acho que aproveitamos bem nossa viagem e gostamos muito de ambos os destinos. No caso de NY, realmente é uma cidade cara. Porém, pelas dicas que a Laura posta e também pelos e-books que adquirimos, é possível sim fazer uma viagem mais econômica pra lá. Econômica para os padrões de NY, claro. Embora nosso objetivo não tenha sido fazer uma viagem barata, mesmo assim aproveitamos várias dicas, como museus com dias gratuitos, onde comer mais barato, etc.
  • Ainda, se a pessoa tem uma quantidade razoável de dias na cidade, vale muito a pena sair do roteiro mais comum e explorar outras coisas. Inclusive, boa parte dos passeios que mais gostamos não tem aquela cara clássica de NY. Governors Island, Roosevelt Island, City Island (sim, adoramos as ilhas), Coney Island… São áreas incríveis.
  • Inclusive, por termos um roteiro com atrações bem espalhadas, ter se hospedado no Brooklyn não mudou em nada nossa vida. A área da Times Square, onde muita gente se hospeda, pra mim não faz tanto sentido. As atrações que ficam lá perto você consegue fazer tudo em um dia, e nos outros terá que se deslocar da mesma forma. E depois que visita a Times Square uma vez, não há muita razão pra voltar lá… Opinião polêmica, pois sei que há muitos fãs da área, mas pra nós foi um local que não se destacou no meio de outros que curtimos mais.

Então, esse é o nosso (não muito breve) relato de viagem. Apesar do pequeno problema do último dia, nossa viagem valeu demais. Acredito que conseguimos juntar locais necessários para um viajante novato de NY, e também locais não tão conhecidos do grande público. E o Blog da Laura foi fundamental nesse planejamento, como dá pra perceber pelo relato.

Rafael, obrigada por esse relato INCRÍVEL!

Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!


1 comentário

  1. Amei o relato, super útil! Obrigada Rafael por tantos detalhes e informações! Obrigada Laura por esse espaço aqui!!!

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