Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
Diário de viagem

Diário de viagem a Nova York – Juliana Nogueira

O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Juliana Nogueira. Ela ficou 7 dias na cidade, em outubro de 2017.  Para conferir mais relatos, clique aqui

Minha primeira vez em NY foi emendando dois feriados numa mesma semana, em abril de 2011. Foi totalmente no impulso, sem saber nada e sem pesquisar sobre a cidade. Fomos em cinco mulheres, tipo Sex and the city (kkkk). Foi muito legal, mas fui “na valsa”… três delas já conheciam bem a cidade e eu não me preocupei com nada, apenas curti e deixei a vida me levar! Mas, se uma vida inteira em Nova York eu considero pouco, o que dizer de apenas 4 dias em um bate-volta louco desses? Voltei ao Brasil totalmente maravilhada e profetizei: Eu ainda vou voltar!

O tempo passou e aquele sonho não tinha acabado pra mim. Juntei cada centavo, deixei de ir a muitos lugares. Depois de muito planejar, fui desta vez sozinha para uma experiência totalmente diferente em março de 2015. No dia que cheguei, era meu aniversário e nossa, como eu estava feliz! Eu nunca tinha viajado sozinha anteriormente mas não tive medo, ao contrário, estava super empolgada com o que estava por vir! Aproveitei que fiz a viagem nas minhas férias e fiz um curso de inglês intensivo de duas semanas para negócios (na EC English). Foi muito recompensador! Conheci pessoas de lugares diferentes, culturas diversas e o curso em si era muito bom, valeu super a pena.

Pensa que essa segunda vez foi o suficiente? Não. Minha sede por esse cidade é infinita! Pela sua pluralidade, liberdade, segurança e toda aquela sensação boa de que as coisas funcionam, sabe? Lá fui mais uma vez me programar para minha terceira ida à cidade e é desta viagem que será meu relato.

Desta vez, fomos minha mãe e eu. O mais legal nessas minhas idas e vindas na cidade é que cada vez foi de uma forma diferente, todas elas incríveis e únicas. Decidimos ir em outubro, na semana do Halloween. Como eu planejei, né Laura? (risos)

Eu confesso, sou a louca dos roteiros. Aaaaaamo planejar! Digo para as pessoas que a minha viagem começa no planejamento. Planejo não para riscar da lista, planejo para conhecer melhor os lugares, entender como funcionam as coisas, buscar dicas e tudo o mais. Se eu pudesse resumir em apenas uma dica para quem quer ir pra Nova York é PESQUISE. Com a internet bombando de informações, use isso a seu favor. Deixe a preguiça de lado e faça essa pré-viagem que também é uma delícia! E não se prenda a ter que fazer rigorosamente tudo do seu roteiro. Curta, respire o lugar, seja feliz!

25/10  – 6h55, JFK – Welcome to NY! Aquele momento que a aeromoça te comunica e você arrepia da cabeça aos pés! Vôo super tranquilo e vazio, dei sorte. Aliás, fica a sugestão: prefira voos durante a semana, creio que sejam mais vazios. Tenho a sensação que voos de fim de semana são mais lotados. Fui deitada na fileira do meio, dormi a viagem inteira! Para chegar a Manhattan, segui as dicas da Laura com a Nyorquina de como usar o Airtrain e foi tudo tranquilo. Rápido, prático e uma opção barata para o deslocamento até a ilha. Assim que chegamos, deixamos as malas no hotel (ficamos no Paramount Hotel) e como o check-in era só a tarde fomos bater perna!

Vídeo: Aeroporto em Nova York – como usar o Airtrain?

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Primeira parada: Chelsea Market. Como eu gosto de lá! Comidinhas de todos os tipos, lojinhas tipo feirinha, acessórios para cozinha, eu me perco nesse lugar! Como estava um friozinho gostoso, fizemos um brunch bem gostoso no Hale and Hearty Soups, tomei uma sopinha deliciosa e um sanduíche. De lá fomos para o High Line, que lugar! Várias espécies de flores e plantas, artes de todos os tipos: pinturas, esculturas, uma graça! No meio do caminho, tinha um senhor simpático sentando em um dos banquinhos que fazia poesias sobre qualquer tema na hora. Fiquei observando o comportamento daquele senhor, pois estava estampado no rosto dele o prazer de estar ali e fazer o que faz. Pensei: Ah, se a gente não conseguir caminhar todo a extensão da High Line a gente desce, pega um ônibus/metrô e sai de lá. Que nada! O lugar é tão calmo e gostoso que caminhamos desde a altura da rua 16 até a saída da rua 34. Sem pressa, curtindo.

Saindo da High Line, caminhamos só mais um quarteirão e fomos para o paraíso da tecnologia: BH Photo & Video. Recomendo fortemente para quem gosta de tudo relacionado a aúdio e vídeo. Se você não encontrar lá, certamente não vai encontrar em outro lugar porque lá tem de um tudo! Da BH, finalmente fizemos nosso check in no hotel e tomamos um merecido banho, que alívio! Estávamos bem cansadas e como o hotel fica na Times, resolvemos ficar por ali mesmo e curtir a Times Square.

26/10 – Logo cedo fomos ao Central Park e ficamos lá por cinco horas entre fotos e vídeos. Começamos próximo da rua 103 e fomos descendo pelo parque. Dentre os pontos visitados, destaco os que mais gostei: Belvedere Castle (castelinho lindo e que vista!), Alice in Wonderland, Bethesda Fountain (joguei várias moedinhas, pois fiz vários pedidos, rs) e Strawberry Field, que apesar de já conhecer, acho a energia do lugar gostosa, e, como fã de Beatles, é uma delícia cantarolar umas musiquinhas deles por lá. É o clichezão que é gostoso de fazer.

Um guia para explorar o Central Park!

Saindo do Central Park, estávamos azuis de fome! Fomos ao super recomendado Halal Guys da rua 53. Confesso que por puro preconceito não havia experimentado das outras vezes achando que fosse ruim, sujo, essas coisas. Que nada! É tudo bem limpinho, organizado e barato. Compramos um que deu pra nós duas almoçarmos, é muito bem servido e uma delícia. Não me lembro o nome ao certo de qual opção escolhemos, mas lembro que era metade frango, metade carne. Uma delícia!

Comida de rua em Nova York – delícias que você precisa experimentar!

Passamos pelas esculturas Love e Hope que ficam próximos dali, sempre quis tirar fotos nesses lugares. Só tem que ter paciência com a fila, mas conseguimos. À tarde, o tempo fechou e ficou bem frio! Ficamos caminhando meio sem rumo e fomos a pé da 53 até o hotel. Descansamos um pouco e logo no início da noite fomos ao teatro assistir a peça off Broadway “Friends The Musical Parody”. Tanto eu quanto minha mãe somos super fãs do seriado Friends. Estava com receio de ser ruim, mas arrisquei e não me arrependo. Os atores são hilários e destaco o que fez o Chandler, o melhor deles! Não vou estragar a surpresa mas ele faz outros personagens também! Rimos pra caramba! Após o teatro fomos ao Five Guys lanchar e encerramos o dia.

27/10 – Eu simplesmente amo o Union Square Greenmarket! Aproveitei que era uma sexta-feira e fomos lá para tomar um café da manhã diferente. É uma feirinha orgânica, tem muitas barraquinhas, em torno de toda a Union Square e conta com produtos diversos, fresquinhos, naturebas e tal. Destaco um suco de morango com pêssego estupidamente gelado que experimentei, que delícia! Sinto saudades deste dia! Além disso, tem cookies, biscoitinhos variados, mel, queijos diversos, brownies… muita coisa! Ao terminarmos esse café da manhã maravilhoso, partimos para o Brooklyn Botanical Garden. Uma grata surpresa, apesar da melhor época para visitação sem dúvida ser a primavera. Gostei em particular de uma exposição de flores japonesas lindíssimas. Lá é enorme, para quem gosta de sossego e se interessa por botânica é um passeio para uma manhã inteira. Tem flores e plantas de todos os lugares do mundo, é muito bonito! É facinho de chegar de metrô e para quem tiver mais tempo e gosta, o Brooklyn Museum fica do lado da estação de metrô mais próxima. Fomos ao Brookfield Place para almoçar, passamos pelo Le District para experimentar uns docinhos diferentes e tal. Em seguida, fomos ao One World Observatory que tanto queríamos conhecer. Que vista, que lugar! Vale super a pena, ainda que meu observatório preferido ainda seja o do Top of The Rock. Voltando pegamos metrô no Oculus e fomos jantar no Max Brenner. Estava mega lotado, mas havíamos feito reserva prévia e fomos atendidos certinho no horário planejado. Destaco a pizza de chocolate com smore’s!! O que era aquilo?! Maravilhosa.

7 lugares em Nova York para os apaixonados por chocolate

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28/10 – Começamos o sábado de um jeito bem agradável no Brooklyn Heights Promenade. A vista é incrível e dá pra ver aquele visual de tirar o fôlego do skyline de Manhattan. Caminhamos bastante por ali até chegarmos na região do Dumbo, onde tomamos um sorvete de café sensacional da Brooklyn Ice Cream Factory, super recomendo! Demos uma voltinha até chegar no ponto exato da interseção da Washington St com a Front St onde há o encontro da Manhattan Bridge com o Empire State e fizemos a clássica foto que fica super legal.

Saiba mais sobre o Brooklyn Heights Promenade.

Pegamos o ferry no Píer 1 e fomos almoçar na Smorgasburg. Apesar de ser o último final de semana do ano, ainda tinham muitas barraquinhas de comidas de vários países. A variedade é boa e satisfaz o paladar dos mais naturebas até os que preferem aquele junk food de respeito! Já no finzinho da tarde pegamos o ferry de volta para o píer 17, passeamos pela região do South Street Seaport. O local é bem agradável com vários barzinhos estilosos, num clima bem moderninho.

Saiba tudo sobre o NYC Ferry

29/10 – No domingo, rolou uma preguicinha e acordamos um pouco mais tarde, por volta das 10h, e resolvemos fazer um brunch no Junior’s. Pedimos um sanduíche de pastrami, que estava muito bem servido por sinal, suco de laranja e uma pink lemonade. O dia estava chuvoso e como a grande maioria faz, fomos ao museu. De fato, o MET é espetacular, andamos tanto, vimos tanta coisa e mesmo assim não conseguimos ver tudo. Acho que, para amantes de museus e que tenham tempo seja um passeio de dia inteiro, mas ainda assim deu pra curtir bastante, ficamos a tarde toda lá. Algo que me deixou muito surpresa e admirei foi uma senhorinha que trabalhava lá, num balcão de informações sobre o museu. Achei incrível valorizar pessoas de mais idade para trabalhar lá, fora que observei que ela dava vários detalhes, indicava com setas, dava os melhores caminhos de como chegar em determinada obra, muito legal! Saindo de lá, resolvemos nos aventurar e andar de ônibus pela cidade. Confesso que eu tinha muito receio de me perder e me enrolar nos caminhos, que nada! Foi super tranquilo, o Google Maps nos ajudou o tempo todo com as rotas e como eu já tinha visto o vídeo da Laura e Nyorquina explicando como andar de ônibus sem medo seguimos todas as dicas. Parece bobagem mas nos sentimos “locais” fazendo isso, pegamos o gostinho pela coisa e depois disso andamos muito de ônibus economizando muito o tempo nos trajetos e as pernas do sobe e desce de todos os dias das escadas do metrô. Haja, bengay! Finalizamos o dia com um sushirrito, que é sushi em formato de burrito. Dica valiosa da Laura! PS: infelizmente fechou!

Como andar de ônibus em Nova York?

30/10 – O dia começou doce com um café da manhã (“apertado” eu diria) na Levain. Eu sonhava todos os dias com os famosos cookies de lá! O que peca no lugar é só realmente a falta de espaço, é meio claustrofóbico. Gostamos de sentar, bater papo, curtir os locais que a gente vai e lá é aquela coisa “compra e vaza”. Se der sorte, você consegue sentar no banquinho em frente na rua, mas aquele cookie e o hot chocolate valeram a pena e apagaram a sensação de metrô lotado em horário de rush, kkkk. De lá, fomos para a Macy’s e aproveitamos para ir ao subsolo ver o Big Piano do filme clássico dos anos 80 “Quero ser grande”. Depois de explorar bastante todos aqueles 10 andares de pura tentação em compras, fomos relaxar no Bryant Park. Acabamos almoçando por lá, numa tendinha de comida boliviana: um sanduíche de carne assada cheio de acompanhamentos, tava bem gostoso. Tive um probleminha no meu celular e aproveitamos que tinha uma Apple na Grand Central e demos uma volta por lá. Grandiosa, aquele “vuco vuco” de gente indo para todas as partes de Nova York, local de tantos filmes. Tomar um cafezinho sentada relaxando vendo aquela montoeira de gente pra lá é pra cá na hora do rush é legal. Gosto muito deste lugar. Terminamos o dia andando pelas ruas dos arredores das Times Square sem rumo mesmo, só curtindo. Passamos um tempão na loja da M&M’s, minha mãe ficou doida querendo comprar todas as bugigangas de lá.

DICA SOBRE A LEVAIN: há uma filial na 351 Amsterdam Ave, sem filas e muito maior!

31/10 – Um dos meus sonhos era um dia era estar em um Halloween tipicamente americano! Que dia divertido! Pessoas andando pela cidade fantasiadas e ninguém se importando, gente indo trabalhar vestido de algum personagem, crianças vestidas de bruxinhas e fantasmas. Logo no café da manhã, tiramos fotos com pessoas caracterizadas e super animadas com a data. Minha mãe estava super empolgada para ir no teleférico de Roosevelt Island e para lá fomos. O trajeto em si é curtinho, mas o visual é muito bonito e vale muitas fotos bacanas.

Tudo sobre a Roosevelt Island!

Na volta, caminhamos pelas ruas do Upper East Side, tiramos várias fotos de casas e lojas ornamentadas de dia das bruxas, lindo. Vimos vários doguinhos com roupinhas de monstrinhos, fantasmas, abóboras… Deu aquela vontade de um docinho e não pude deixar de levar minha mãe na Dylan’s Candy Bar. A loja é super colorida, as crianças piram nesse lugar! Tem várias opções de souvenirs a preços convidativos e, no terceiro andar, tem quase que escondido uma sorveteria. Pensa num sorvete maravilhoso?! Saindo de lá,  fomos mais uma vez nos aventurar pelos ônibus da cidade e fomos sentido downtown para East Village. A intenção era ficar por lá até a hora de começar a Village Parade e ir em direção à Greenwich Village, mas como deu aquela confusão do suposto “terrorista” que atropelou os ciclistas argentinos, ficamos receosas de algo maior acontecer durante a parada de halloween e desistimos da ideia. Preferi não passar batido e tratar desse assunto mesmo em um relato feliz sobre a viagem. Mesmo sendo uma situação lamentável, nós brasileiros somos tão “acostumados” com violência todos os dias e ficamos tão indignados com a falta de segurança, vivenciar isso lá é perceber na pele a diferença como as coisas são tratadas. Rapidamente a situação é controlada, a segurança é reforçada, nada fica impune. É um choque de realidade muito grande. Seguimos em frente, já era fim de tarde e fomos fazer um lanche/jantar na Artichoke pizza da E 14th St. Eu que nunca nem tinha provado alcachofra, de tanto ler boas resenhas sobre o lugar me rendi à famosa pizza de alcachofra. Meu Deus, o que era aquela pizza!? Um pedaço gigante, suficiente para se deliciar com aquela maravilha. De lá fomos para o National Geographic Encounter. Sinceramente? Esperava bem mais, é legal mas teria dispensado esse item do roteiro. Achei meio blábláblá demais, pouco emocionante, e deveriam ter explorado mais a parte sensorial para que a imersão fosse melhor, mas valeu pela experiência. Terminamos o dia novamente no Junior’s mas dessa vez para comer a famosa cheesecake, tradicional da casa. Perfeita!

Saiba mais sobre o National Geographic Encounter.

01/11 – Último dia e era preciso aproveitar! Acordamos bem cedo, fizemos as malas, checkout mais cedo, deixamos as malas no locker do hotel e fomos passear. Que grata surpresa o Gulliver’s Gate! Foi uma das coisas que mais gostei desse finzinho de viagem. Maquetes perfeitas, super detalhadas, incrível! Levamos as chaves de lembrança! Leia o post da Laura para entender sobre isso. Lanchamos no Shake Shack, fomos nos despedir da Times Square, tiramos algumas fotos por lá e finalizamos toda essa aventura com algumas comprinhas na loja da Disney e compras diversas em farmácias. 16h era hora do adeus e até logo a essa cidade dos sonhos e partiu JFK rumo ao RJ. E sim, até logo porque em 2018 estarei de volta também em outubro!

Saiba mais sobre o Gulliver’s Gate!

Obrigada Ju pelo seu relato incrível!

Gostaram do relato da Ju? Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!


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