Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
Diário de viagem

Diário de viagem a Nova York – Mariana Rosa

O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Mariana Rosa, de Itajaí, SC. Ela ficou sete dias na cidade, em dezembro de 2017.  Para conferir mais relatos, clique aqui.

“Eu amo viajar antes da viagem. Acredito que mesmo não sendo longa, dá para curtir a viagem muito antes de embarcar. Foi aí que, nas minhas pesquisas, encontrei o Blog e consecutivamente o grupo no Facebook Laura Peruchi. Li e reli sobre muitos assuntos e fui filtrando o que queria com base nos meus gostos, nos comentários e dicas, nem preciso dizer o quanto foi útil. Quando cheguei em Nova York, de alguma maneira já estava me sentindo “em casa” e por dentro de tudo, ou quase tudo. rsrs

Voo: Latam. Dei sorte na ida, poltrona vazia ao lado. Achei que a poltrona reclina bem mais que nos voos da Delta. A comida da volta estava sensacional. Uma carne assada com molho de vinho, batatas e vagem, sério, não parecia comida de avião. Tive um ENORME contratempo na volta, o voo atrasou e, quando cheguei em Guarulhos para a conexão para SC, minha mala não aparecia na esteira. Meu nariz começou a sangrar e eu estava super atrasada, já que tinha que correr uns 40 minutos ate o portão de embarque novamente. Na correria de pegar as malas da esteira, despachá-las novamente e não perder o próximo voo, a minha mala de mão (sim aquela que só colocamos as coisas mais importantes) FICOU. Quando me dei conta já estava embarcando no outro avião, liguei para meu marido desesperada chorando, acionei todos os funcionários que vi da LATAM e aeroporto pelo caminho distribuindo meu telefone e as especificações da minha mala (que não tinha cadeado nem etiqueta). Quando pousei em Joinville, a responsável pelo setor LL da Latam já sabia do ocorrido e disse que faria o possível. Estava saindo do estacionamento do aeroporto quando me ligam de SP, dizendo que haviam encontrado minha mala e estavam enviando no próximo voo para o aeroporto mais próximo. Quando chegou em Floripa, me ligaram novamente e fui buscar. Mala intacta! Alivio e agradecida por existir pessoas boas, competentes e honestas.

Imigração: As filas estavam bem grandes às 6h30 da manhã, no dia 24/12. Fiquei uns 20 min na fila da máquina, que. para quem não sabe, tem a opção de idioma português, então fica fácil, é só prestar bem atenção no que está pedindo para você fazer. Pede para digitalizar o VISTO, os dedos e a foto. E você precisa responder às mesmas perguntas que existiam naquele antigo formulário que é entregue no avião. Passei em um guichê ele perguntou “Quantos dias você vai ficar” não entendi, respondi “Sorry” ele repetiu em espanhol, eu respondi “six”, ele carimbou e “Merry Christimas”.

Confira dicas para encarar o processo de imigração com tranquilidade.

Transporte aeroporto  – Estávamos em duas, pedimos um Uber e deu 48 dólares ao todo, achamos que compensou, dividindo deu praticamente a mesma coisa que transfer para ir do JKF ao HOTEL. Porém, na volta o preço foi bem mais salgado, U$80. (Não faço ideia do motivo).

PS: o preço do Uber varia conforme a demanda. Por isso o valor que a Mariana pagou não foi o mesmo para ida e para volta. 

Como ir do aeroporto para o hotel?

Aplicativos para usar em Nova York: Uber, Via e Lyft.

Hotel – Fiquei uns dois meses procurando no Booking promoções. Queria algo perto da Times e estações de metrô, mas as opções para que estávamos dispostas a pagar eram limitadas. Quase fechei o PENSILVANYA mas, quando vi o valor das taxas por dia, calculei e achei que não valeria a pena. Continuei a pesquisa e, por indicação de uma amiga, fiquei de olho no Hilton Millenium, em frente ao complexo 9/11, na parte sul de Manhattan. Consegui uma super promoção e reservei. Eu poderia cancelar até dois dias antes de viagem, mas acabamos optando por arriscar, já que é um hotel 4 estrelas e tinha metrô na frente. Confesso que tinha medo da localização, por ser na parte Financial District, mas foi uma das coisas que mais gostamos. Fica ao lado da Century 21, na frente do Westifield Word Trade Center. A linha amarela R e W passa na porta do hotel, e, se quiser usar qualquer outra estação, é só atravessar a rua, entrar no Oculus que tinha a Fulton Center inteira à disposição. Isso facilitou muito, chegávamos em qualquer parte de Manhattan com poucos passos. Sem contar que para ir ao Memorial e Museu 9/11, Observatório, Westified Center e até no Brookfield Place, conseguíamos fazer tudo por galerias subterrâneas, sem pegar um ventinho no rosto, achei um máximo!

Reserve o Hilton Millenium pelo Booking

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Um roteiro pela região de Downtown

24/12 – Deixamos as malas no hotel (não cobraram nada). Fomos explorar a redondeza até dar a hora do chek-in. Passamos pelo Memorial e tomamos café no Le Distrit (mercado francês que fica dentro do Brookfield) comemos um crossaint maravilhoso, sentamos com uma vista para pista de patinação e o rio. Quando voltamos, vimos o Museu do 9/11 sem fila nenhuma – já havia lido muitos relatos de filas nessa época, não pensamos duas vezes e já aproveitamos para conhecer e fazer tempo até check-in. Sensacional. Fiquei chocada no geral com tudo que fizeram naquela região depois da tragédia. É surreal. É arrepiante. Depois, fizemos check-in, tomamos banho e fomos comprar o Metrocard.

Metrocard – Fomos comprar pela máquina e não creditou os valores. Minha prima, que mora em Seatle, colocou o zip code da casa dela, não sei se foi isso que deu errado. O cartão de crédito só estornou uma das compras e tive que comprar novamente no guichê para creditar. Prejuízo, mas de qualquer forma vale muito. Tem que ter.

Confira a série de vídeos sobre o metrô.

Fomos a Chinatown, que, particularmente, achei bem ok. Já em Little Italy amei: achei tudo lindo e tinha vontade de entrar em todos os restaurantes. Fomos na cantina De Gennaro, restaurante bem acolhedor. Pedimos uma taça de vinho cada, polpetas de entradas e ela foi de lasanha e eu de parmegiana, tudo delicioso. Um prato seria suficiente para duas, mas gostamos muito de comer e experimentar então pedimos uma entrada e cada uma um prato. Valor com taça de vinho para duas pessoas U$78.

Pegamos o metrô e descemos na Grand Central e tudo já estava fechando. Fomos caminhando até o Bryant Park, vimos a pista de patinação, a árvore de Natal  super decorada (para mim, mais bonita que a do Rockfeller Center), além da feirinha de natal. Por ali, vimos um coral lindo cantando músicas de natal, um charme. Fomos até a Times e confesso que foi o lugar que menos gostei de Nova York. Muita muvuca, atropelamento etc kkkk vai entender ne?!

25/12 – Estava fazendo -5, mas a previsão para os próximos dias era mais frio ainda, então, decidimos encarar o Central Park. Achei toda paisagem maravilhosa. Se não estivesse tão frio, com certeza teríamos explorado mais. Mesmo assim foi ótimo, pegamos um chocolate quente no meio do parque para aguentar e continuamos. Depois, fomos até a Levain Bakery para experimentar o famoso cookie mas estava fechado.

Descemos até Rockfeller Center com intuito de subir no Top of the Rock, mas a fila estava imensa e desanimou. Entramos na St Patrick e estava começando a missa de Natal; acendemos uma vela e sentamos um pouco mas confesso que com a multidão entrando e saindo ficava difícil assistir a missa.

Também fomos ver a vitrine da Saks tema Branca de Neve, linda demais.

Já eram umas 16h quando começamos a busca por um almoço.  Foi complicado: a maioria das nossas opções estava fechada e o que estava aberto tinha muita gente. Eu sabia que para o dia de Natal tinha que fazer reserva, mas pensei em ir em redes mesmo, e mesmo assim vários restaurantes como Carmines, Eataly e Olive Garden estavam fechados. Restou esperar no Applebees, atendimento péssimo, comida ok. Eu me arrependi muito de não ter andado umas quadras até algum Five Guys ou Shake Shack.

26/12 – Tomamos aquele café no Starbucks e fomos ver a Estátua da Liberdade. Não era prioridade e nem um sonho conhecê-la, então, pegamos o Ferry para Staten Island que é free e tiramos boas fotos na ida e na volta e ficamos satisfeitas assim.

Saiba tudo sobre o ferry gratuito para Staten Island

Tínhamos reserva há dois meses no Peter Luger Steakhouse e era um sonho comer aquela carne. Realmente maravilhosa, ótima experiência. Fomos na Apple do Westifield e entramos em mais algumas lojas no decorrer do caminho porque ninguém é de ferro. Comprei camisa na H&M por U$3, shorts de couro por U$7, calça por U$10. Claro que tem que fuçar, mas valeu muito.

27/12 – Fomos até Port Authority pegar o bus para o Jersey Gardens, viagem tranquila. Compramos o livreto de descontos. Meu objetivo principal com livro de descontos era comprar roupas para o marido na Tommy e valeu muito: 20% desconto fora os descontos já remarcados na loja. No geral, tinha muita gente no outlet, algumas lojas com filas para entrar. Confesso que não queria ter passado o dia todo, valeu a pena realmente só pelas compras para marido, pois no dia seguinte fui à Century 21 ao lado do meu hotel e os preços estavam bem similares em perfumes, roupas, etc. Tinha sempre muita fila para pagar e paciência para achar os tamanhos, não consegui entrar em várias lojas que queria porque já estava tarde. Na saída, para pegar o ônibus para voltar, tinha uma fila imensa e estava um frio de lascar.

Comi Nathans no outlet, achei horrível. Pedimos batata, hot dog e cheeseburguer. Como nunca tinha comido, estava curiosa porque havia lido que é muito tradicional em Nova York, uma decepção.

Outlets em Nova York: Jersey Gardens ou Woodbury? Clique aqui e confira uma visão geral e vídeos sobre os dois.

28/12 – Fomos conhecer a região de Dumbo, tiramos a famosa foto na esquina da rua Promenade. Paramos para tomar um vinho e almoçar no Cecconis Dumbo, que tem massas deliciosas. Comemos um tartar com trufas sensacional e de quebra uma vista linda! Pagamos U$2 e demos uma volta no Janes Carrousel e depois fomos rumo à travessia da ponte do Brooklyn. Entendi porque já havia lido diversas dicas para ir no pôr do sol, maravilhoso. Nem o frio atrapalhou.

Saiba tudo sobre a travessia da Brooklyn Bridge

A vista de Brooklyn Heights Promenade.

Depois de um banho quentinho, fomos ao 230 Fifth rooftop. Tiramos umas fotos perto dos iglus, mas resolvemos sentar dentro. Quando achamos um garçon ele explicou que tínhamos que ficar na fila, pegar bebida e ele vinha trazer. Como estávamos só em duas, não tinha graça permanecer lá, pois quando uma ficaria na fila, a outra esperaria e assim por diante, queríamos comodidade, coisa de brasileiro, talvez. rsrs Partimos para o Eataly próximo ao nosso hotel e fomos felizes com uma bela massa e ainda de quebra levamos tiramissu de sobremesa para comer no hotel, perfeito também.

Rooftops para frequentar nos meses frios

29/12 – fomos ao Chelsea Market e andamos por tudo. Experimentamos: crepe, bisque de lagosta, arancini (que achamos bem ruim). No geral, tem muitas opções em gastronomia, mas nada do que provamos era sensacional. Tinha um restaurante de massa Gran Rana fiquei com bastante vontade. Tem uma loja da Antropologie na entrada, comprei vela grande Voluspa por U$18. Depois fomos conhecer o Gansevoort Market (bem menor que o Chelsea), bem bacana também, comemos um burito na Taqueria Trece e um cookie na Chip NYC – sensacional, perfeito. Passamos no Washington Park, tiramos foto no Arco e saímos correndo para achar um café para se esquentar.

Nesse dia, a ideia era ver o entardecer do One Wolrd Observatory. Mas, ao chegar lá, só tinha ingresso para as 18h30 e estava escurecendo às 16h30, então, deixamos agendado para dia seguinte.

Fomos até a Quinta Avenida dar uma volta das lojas de souvenir além de Forever, Zara, HM, Victoria’s Secret, mas cansamos rápido. Tinha muita gente e as lojas já estavam muito bangunçadas naquele horário. Voltamos para hotel, fomos no Brookfield Place e comemos um delicioso hambúrguer no Umami Burguer.

Confira mais sobre o Brookfield Place e o Le District.

30/12 – Agendamos a visita no One World Observatory para às 9h, mas, antes de subir, perguntamos se tinha visibilidade, pois estava com previsão de neve e tempo bem feio. Pensamos em devolver nossos ingressos.. mas como dois atendentes disseram que tinha visibilidade, subimos. Não tinha visibilidade, mas deixou com gostinho de quero mais. Achei mesmo assim incrível e na próxima ida a Nova York quero subir novamente.

Novamente fomos ao Le District, no Brookfield Place, tomar o ultimo café com croissaint perfeito e vista para pista de patinação. A neve fininha começou a cair e embelezou ainda mais a passagem. Não resisti e fui uns 15 minutos patinar – ou tentar. Achei muito legal, mas estava meio “dura” do frio e fiquei com medo de me machucar.

Fizemos as últimas comprinhas na Target próxima, última passada na Century 21 e corremos para fechar e pesar as malas. Para não ter surpresas e trabalho no aeroporto, já peso elas antes. Compre uma balança de mala, é super barato nos EUA, tem por U$7 e agora que diminuiu consideravelmente a franquia de bagagem, é sempre bom estar prevenido. Foi um sufoco com casacos e botas fechar duas malas de 23 kg.

De modo geral, é claro que queria ter feito muito mais coisas, mas nessa viagem não fiz nada correndo. Decidi não comprar ingressos antecipados para não me prender. Lógico que isso tem prós e contras, mas de certo modo, a frase da Laura “viajar não é riscar da lista” me convenceu. Nossos “almojantas” eram relaxantes, regadas a vinho e calmaria. Não entrei desesperada nas lojas como fazia em outras viagens aos EUA. Não tinha hora para nenhuma atração. Queria ter ido a museus, a mais parques, ter comido mais burgers… enfim, normal! Sempre que voltamos de alguma viagem, a gente sempre acha que poderia ter feito mais. Eu já havia lido que qualquer tempo seria pouco para Nova York, mas estou tranquila, porque tenho certeza que essa foi a primeira vez, não a última.

Viajar não é “riscar da lista”: como organizar seu roteiro para Nova York

Como muita gente fica perdido em quanto levar, achei que interessaria compartilhar essa planilha com atividades e custos com alimentação, ingressos e transporte. Lembrando que amo comer, e gasto mais do que devo nesse quesito! Não incluí gastos compras com roupa, acessórios, perfume, make, presentes etc.

ATIVIDADE VALOR U$
Transporte até o hotel – Uber 21,00
Metrocard 37,00
Prejuízo Metrocard 15,00
Café no Le District 16,00
Museu Memorial 24,00
Almoço Little Italy – Da Gennaro (entrada, principal e uma taça de vinho) 36,00
Compras para deixar no quarto (batatinha, águas, chocolates) 15,00
Check in hotel 490,00
Magnolia Bakery 12,00
Café da manhã  Fulton Center 8,50
 Chocolate quente no Central Park 4,50
Almoço no AppleBee’s (com uma taça de vinho) 35,00
Café no Starbucks 9,00
Peter Luger  (T bone + acompanhamentos + vinho) 120,00
Westifield World, Century 21 8,00
Eataly (pizza) 18,90
Chocolate quente 4,00
Port Authority  – ônibus Outlet 14,00
Almoço no Nathans 18,00
Sorvete Haagen Dazs 10,00
Petisco no Le District (salada, queijo, sanduiche e 1/2 garrafa de vinho) 32,00
Café no Starbucks 9,00
Janes Carousel 2,00
Almoço no Cecconi’ss Dumbo (tartar trufado, vinho e massa com ragu de carne) 70,00
Rooftop 230 Fifth 12,00
Eataly (massa + taça de vinho + sobremesa ) 49,00
Café no Starbucks 9,00
Chelsea – (crepe, bisque de lagosta e arancini) R$ 18,00
Gansevoort Market 16,00
Brookfield Place – Umami Burguer 23,00
One World Observatory 36,00
Café Le District 16,00
Patinação no gelo 15,00
Uber para aeroporto 40,00
 TOTAL 1266,90

Obrigada Mari, por esse relato cheio de detalhes e por compartilhar seus gastos com a galera!

Gostaram do relato da Mariana?  Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!


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