Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
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O primeiro aniversário longe!

Hoje, 16 de julho, é meu aniversário. Tá certo que já é quase 17, mas tudo bem. Uma amiga especial veio me parabenizar pelo WhatsApp e, antes de se despedir, disse: depois conta como foi passar o aniver longe…
Quando eu era criança, uma das coisas que eu mais gostava era fazer aniversário. Era incrível. Esperava a data como esperava o Papai Noel no Natal. Cheia de ansiedade, contando os dias – que nunca passavam, fazendo as contas de quantas semanas faltavam. Chegava ao cúmulo de olhar os calendários futuros para checar em que dia da semana 16 de julho cairia. Pode? Também ficava esperando os presentes da minha lista imaginária de pessoas. Hoje, eu posso dizer que gosto mais de presentear do que ser presenteada. É claro que eu curto presentes, quem não curte? Mas o fato é que a gente amadurece e quando passa a poder presentear aqueles que a gente ama e estão ao nosso redor… é tão recompensador! Voltando ao assunto, eu tenho lembranças boas do tempo dos aniversários na infância: minha mãe fez festinhas pra gente durante muitos anos, sempre empenhada sozinha em dar conta de decoração e comes e bebes. É, mãe, você foi demais. Lembro uma vez que ela decidiu fazer palitos de chocolate. Mas não bastavam ser palitos normais: ela comprou formas com formato de flor, colocava o corante antes, gelava, colocava o chocolate, desenformava. Tudo para os palitos pareceram um arranjo quando colocados no vasinho que decoraria o ambiente da festa. É, mãe. Hoje eu acho que consigo identificar de onde veio minha mania de perfeição. E sou grata por ter um exemplo assim, de quem não faz as coisas de qualquer jeito.
Outra lembrança do meu aniversário, e nem se remete tanto à infância, mas sim aos últimos anos, é das caixas de bombons. Em todo aniversário ou data comemorativa (Natal, Páscoa, Dia das mães e até das crianças) meu pai providencia uma caixa de bombom. Todo 16 de julho eu ganhava uma caixa de bombom. E mesmo que a gente já soubesse que rolaria o chocolatinho sagrado, não importava. Ele mandava embrulhar – ao menos ficaria o suspense de saber qual tinha sido a marca eleita. Quando a caixinha chegava, a gente sempre ria, porque né, virou tipo tradição, um clássico dele, que nunca esqueceu ou deixou passar em branco. Hoje, ao falarmos pelo Skype, ele ainda lamentou que não ia rolar a caixa de bombom e disse pra eu comprar uma aqui. Nestas horas, eu sei de onde vem meu jeito organizadinho com as coisas – veio de alguém que está sempre ligado em tudo, preocupado com tudo e empenhado em ser bom pra gente!
É claro que aquela ansiedade lá da infância aos poucos foi desapegando de mim – só em relação ao aniversário, porque pra outras coisas… deixa pra lá! De uns anos pra cá, notei que fui perdendo o interesse pela data. Talvez não sejam estas as palavras certas – o fato é que não conto mais os dias nem fico ansiosa – e isso pode ser porque nem dá tempo. Ou talvez porque a gente se dá conta que o tempo realmente passa, como as pessoas ao nosso redor sempre insistem em dizer e daí vem aquele peso de envelhecer, de pensar no futuro, em quais decisões tomar e qual caminho seguir. Porque né, como todo mundo sabe, o tempo não para.
Mesmo não contando os dias e minutos pro meu aniversário, quando o dia chega, eu sempre me surpreendo. Porque as pessoas ao meu redor conseguem fazer com que a data seja especial. Afinal, é tão legal ouvir e ler palavras de carinho daqueles que você considera, daqueles que você sabe que se importam com você. Mas aí eu volto ao propósito deste post e lembro em como eu estava me sentindo até ontem, véspera do meu aniversário, o primeiro aqui em NY, longe da família e das amigas, cheia de trabalhos e estudos, de preocupações e prazos a cumprir. E aí você nem está pensando no aniversário ou comemoração, mas uma amiga manda mensagem especial na véspera, o seu namorido faz contagem regressiva por você e suas colegas te dão parabéns sorridentes logo de manhã, te abraçam, insistem que precisamos almoçar num lugar especial e fazem o garçom trazer um bolinho com velinha e cantam “Happy Birthday to you”. E daí você volta a sentir aquela coisinha boa que o aniversário traz, porque, ao contrário do que a gente fica pregando, não é pra ficar triste por estar mais velho – afinal, o tempo não para e passa pra todo mundo, né? – mas sim alegre por completar mais um ano, por desfrutar desta coisa louca e maravilhosa que é viver. E viver bem. É o maior clichêzão everrrrrr que envolve o fato de aniversariar – haha ó o verbo – mas é a mais pura verdade. E que bom que eu tive pessoas aqui comigo durante o dia de hoje, que conseguiram de forma simples fazer o meu dia mais feliz. Vai ver o fato de estar tão longe me faz valorizar ainda mais esses pequenos gestos, assim como as mensagens que recebi do Brasil ao longo do dia também proporcionaram vários sorrisos. Amenizam a saudade… que tá sempre presente, mas de vez em quando dá uma apertadinha mais forte no peito. 
Obrigada por todas as mensagens de carinho!

2 Comentários

  1. Oi Laurinha! Parabéns pra ti viu, prima! Eu nunca comento aqui mas sempre rola uma primeira vez né! Aproveito pra dizer que gosto muito do seu blog, e te desejo muito mais sucesso e realizações com ele!

    Enfim, um beijo grande!

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