Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
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De mochila: dois dias em Praga

Hoje vou escrever um pouco sobre Praga, onde também ficamos dois dias.

Como chegar?

Se você está na Europa, dá pra chegar, logicamente, de avião, trem ou ônibus. Como estávamos em Viena, fomos por via terrestre, com um ônibus da empresa StudentAgency, que sai do aeroporto de Viena. Bom, não fomos de trem porque a passagem de trem custaria mais de 100 euros de cada, e de ônibus gastamos menos de 25. Além disso, não acho que uma viagem de ônibus de 5 horas longa… O ônibus é super confortável, com TV, servem café e tudo. Ele vai até a rodoviária (Florenc), bem no centro da cidade. Como estávamos com as mochilas muito pesadas, lá mesmo pegamos um metrô para o hostel – seria muito cansativo caminhar 20 minutos com as mochilas. Nesse site, em português europeu, o sistema de transporte de Praga é bem explicadinho – inclusive com valores. Ele explica inclusive como ir para o aeroporto, que é um pouco distante (não dá pra ir de metrô, mas de ônibus).
Hospedagem
Ficamos no hostel Orange, em um quarto misto com 8 camas. Por duas noites e duas camas, pagamos cerca de 50 euros (o que dá uns 12 euros por cama/noite). Depois de passar pelo hostel A&O em Viena, é difícil dizer que algum outro seja óóóótimo. Esse era limpo e oferecia uma cozinha toda equipada (assamos uma pizza de mercado), internet wi-fi, um computador de mesa… Mas o banheiro deixou um pouco a desejar. Mesmo assim, recomendo pelo custo-benefício. Dica: nunca dê bobeira com suas coisas em hostel. Nem por um minuto. Deixe tudo que mais importa com você ou no cofre. Nós deixamos umas coisas por uns minutos em cima da cama e tivemos um celular roubado, provavelmente pelo único rapaz que estava no quarto naquele momento.
Moeda
A moeda corrente na República Tcheca não é o Euro, mas sim a coroa tcheca que, nesse momento, tem uma cotação que faz valer algo assim: 1 real = 9 coroas / 1 euro = 26 coroas. Sendo uma cotação assim, o preço de tudo é em números muito altos (tipo como era do Brasil antes do Real). Mesmo assim, foi o destino mais barato que visitamos. Não se preocupe em fazer o câmbio antes de ir ao país, ou trocar muuuito dinheiro. Tem casas de câmbio em QUALQUER lugar. Dezenas. Cuide com o seguinte: algumas casas de câmbio não cobram taxa, mas ficam com uma porcentagem do seu dinheiro. Outras não têm essa porcentagem, mas você precisa pagar uma taxa… Numa falta de atenção dessa você pode perder uma grana.
O que visitar em Praga?
Nós chegamos no hostel, fizemos check-in, deixamos as mochilas no quarto, recuperamos a dignidade após 5 horas de ônibus (fora as horas pré-embarque) e saímos para dar uma volta. O hostel fica na Wenceslas Square, uma rua super “principal” na cidade, e lá tem de tudo. Demos uma volta pela praça e pensamos em assistir um concerto de cordas, mas desistimos, pois, como era domingo, estava rolando uma espécie de feira com muitas barraquinhas de comida (comemos muito em Praga, eu disse que lá é mais barato!) e de cerveja

Um copo de meio litro custa cerca de 40~50 coroas (uns 2 euros). Comemos essa batatinha frita (delícia!) e depois mais um copo de cada pra acompanhar uma batata cozida com uma linguiça (sim, a culinária deles é baseada em muita batata e também em muita carne). Eu até abri uma exceção no meu cardápio semivegetariano e experimentei a linguiça. Já era fim do dia, então fomos ao mercado comprar mais cerveja e uma pizza para assar no hostel.
Tour
No dia seguinte, fomos até a praça da cidade velha (Praga é dividida em “cidade nova” e “cidade velha”) ver o Orloj, o famoso relógio astronômico medieval. A praça é linda e o relógio impressionante (especialmente depois que você descobre tudo que ele indica). Lá, experimentamos outra gordice tcheca, chamada Trdelník. É uma massa doce assada em um tipo de bastão. Eu não saberia dizer se é um biscoito, um tipo de pão ou bolo. Mas é bom e é isso que importa. 
Fomos para a praça um pouco antes do horário do tour que queríamos fazer. É um tour guiado, a pé, e “free”. Explico. Existe essa “associação” que faz esses tours em diversas cidades da Europa , inclusive em Praga. Você pode agendar online para ajudar a garantir uma vaga, mas é essencial chegar ao local antes do horário. Você identifica os guias pelas camisetas e guarda-chuvas que eles seguram. Ao final do tour, você colabora com quanto quiser. Só fiz esse tour em Praga, mas recomendo muito. Dura cerca de 3 horas e, se você fala inglês ou espanhol, se joga! Nós fizemos em inglês com o guia Martin, foi muito legal e ajuda a entender um pouco mais a história da cidade e do país (em Praga em especial é muito interessante).
O tour acabou por volta das 13h30, então seguimos, a pé, até o castelo de Praga. O que se chama “Castelo de Praga” é, na verdade, um complexo de construções que fica no alto de uma colina, a Hradcany. Em seu interior, ficam a Catedral de São Vito, a Torre da Pólvora, o antigo Palácio Real, a Torre Dalibor, o Convento/Basílica de São Jorge, o Palácio Lobkowicz e a Viela Dourada (ok, eu não lembrava de tudo de cabeça, mas a Wikipedia ajudou). O caminho para chegar até lá é muito bonito. Nós compramos um ingresso que dava direito a entrar no antigo Palácio Real, na Basílica, na Viela Dourada e na catedral, custava 250 coroas. A catedral é linda, por dentro e por fora. O antigo palácio e a basílica, sinceramente, não tem nada de especial perto de outras coisas que já tínhamos visitado e a Viela Dourada é bem bonitinha. Nela, tem uma espécie de museu com muitas armaduras e instrumentos medievais. A vista de cima da colina é encantadora.
De lá, seguimos em direção à ponte Carlos (bem conhecida pelo nome em inglês, Charles Bridge). Essa é a ponte mais antiga de Praga, começou a ser construída no século XIV (oi?). Ela tem uns 10 metros de largura e é decorada com 30 estátuas, bem no estilo gótico.
Atualmente, as estátuas são réplicas, as originais estão no museu nacional. Bom, como todo mundo quer ver a ponte, ela é uma das principais atrações turísticas da cidade. Sendo assim, é uma cabeçada na ponte o tempo todo, o que leva muitos artistas, especialmente desenhistas e fotógrafos, a venderem sua arte na ponte. De todos os lugares pelos quais passei na Europa, na ponte Carlos foi onde vi artistas que mais merecem ser assim chamados. Me deu muita vontade de ser desenhada por um deles, mas faltava dinheiro.
De lá, voltamos até a praça da cidade velha. Lá perto tem um restaurante que é tipo uma taberna medieval, o U Pavouka . Sim, em Praga até jantamos em um restaurante haha
Pedimos os dois pratos vegetarianos da casa: um omelete com vegetais e batatas (149 coroas) e panquecas com espinafre e queijo (139 coroas) – acompanhados por muita cerveja, claro. A comida é muito gostosa e o ambiente é muito legal. Era possível ficar nesse ambiente da foto acima, mas nós nem sabíamos, descobrimos antes de ir embora. Tinha que pagar um certo valor que incluía refeição, bebidas e um show.
No dia seguinte, aproveitamos para caminhar pela cidade, mais pela beira do rio, e, atravessando a ponte Carlos novamente, chegamos ao parque e depois fomos ao John Lennon Wall. Lá, logicamente, tinha um mocinho arrumado tocando músicas dos Beatles. De lá, voltamos caminhando pela cidade, pegamos as mochilas no hostel e fomos para o aeroporto. É isso.
Obs.: todas as fotos são minhas.
Meiry Peruchi Mezari

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