Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
Diário de viagem

Diário de viagem a Nova York – Dani Raposo

O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. O convidado de hoje é a Danielle dos Santos Pacheco de Oliveira Raposo, de São João de Meriti, RJ. Ela ficou 10 dias, em fevereiro de 2019. Para conferir mais relatos, clique aqui.

Laura, já quero começar meu relato dizendo muito obrigada porque um dia você ousou e teve coragem de criar um blog, um grupo no Face e um canal no YouTube para compartilhar informações tão preciosas sobre Nova York. A maior parte do meu roteiro foi decidida com base nesses dados. Tentei ser detalhista para ajudar quem está planejando sua primeira viagem. Desculpe-me, mas lá vem textaõ!

Meu nome é Danielle dos Santos Pacheco de Oliveira Raposo, sou de São João de Meriti/RJ, e estive em NYC entre 6 e 16 de fevereiro de 2019, com meu esposo e dois filhos (11 e 15 anos).
Como estivemos em Orlando em maio de 2018, uma outra viagem internacional não estava nos nossos planos antes de, pelo menos, um ano. Então, fomos em “modo econômico”.

Algumas considerações iniciais: procurei montar um roteiro que atendesse às expectativas de todos, pois somos de faixas etárias diferentes e não queria que ninguém ficasse entediado. Fiz os ajustes para visitarmos os museus e o zoológico nos dias e horários de free admission. Só comprei ingressos para a Estátua da Liberadade e para o One World Observatory, que aproveitei a promoção da Mastercard que oferece um ingresso de bônus para cada ticket comprado.

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Passagens – comprei as passagens na Black Friday usando pontos + dinheiro. Conseguimos voos diretos e noturnos GIG X JFK X GIG.

Hospedagem – depois de muita pesquisa, optei por ficar em uma casa no Brooklyn pelo Airbnb. Escolhi o espaço da Manu. Ela foi muito atenciosa e tirou minhas dúvidas, o que me deu segurança para arriscar. Afinal, seria minha primeira vez na cidade. Queria um lugar com cozinha para não ter que fazer todas as refeições na rua, não só por economia mas também por restrições alimentares. Total de despesas com passagem e hospedagem: R$ 10.400,00. Se dividir por quatro, não fica nenhum valor absurdo.

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Seguro viagem – fiquei com o do cartão de crédito.

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Metrocard – compramos o cartão ilimitado de 7 dias e depois recarregamos por mais 7 (mesmo só usando 4 dias), pois ficava mais barato do que comprarmos passagens avulsas.

Orçamento para a viagem – isso é uma coisa que depende do perfil de cada viajante. Cada um vai gastar de acordo com o que pode. Se você puder gastar $100 por dia/por pessoa para fazer as 3 refeições, ótimo! Se só puder gastar $20 por dia/por pessoa, também dá! Só não deixe de viajar. Independente da quantia no bolso, a experiência fica eternizada. A gente se sente dentro de um filme o tempo todo.

Nosso voo estava marcado para às 21h, no Aeroporto do Galeão. A cia aérea foi American Airlines. Chegamos com bastante antecedência para fazer tudo com calma. Despachamos as malas e era só esperar. Demos muita sorte, pois o avião estava vazio. Então viajamos confortavelmente deitados, um em cada fileira. As refeições servidas estavam bem saborosas.

Dia 6/02 – quarta-feira – Chegamos ao JFK, no terminal 8, antes das 6h e a imigração estava vazia. Seguimos em direção ao toten, mas tanto eu como minha filha, recebemos um “X” no bilhete. Então, tivemos que passar pelo oficial, muito simpático por sinal, que disse que parecíamos irmãs gêmeas. Meu marido e meu filho passaram direto e nos aguardaram. As perguntas foram as mesmas de sempre: já esteve nos EUA antes? Para onde foi? É a primeira vez em Nova York? Vai ficar quanto tempo? Está levando quanto em dinheiro? Ele carimbou os passaportes e disse “Welcome to New York”!

Dicas para encarar o processo de imigraçã com tranquilidade.

Antes de sairmos do aeroporto, precisávamos trocar de roupa. Afinal, no RJ, no dia anterior, a temperatura era 27°C e em Nova York fazia -2ºC. Comprei blusas térmicas no Mercado Livre (por R$40) que funcionaram muito bem. Colocamos todos os demais acessórios como cachecol, luva, touca… e seguimos para o ground transportation para chamar um carro para nos levar até o nosso local de hospedagem. Como estava em “modo econômico”, não contratei serviço de transfer, pois o valor estava muito acima do que eu poderia pagar pelo transporte. Chamei um Lyft, pois o Uber estava dando quase o dobro do valor, e seguimos por $46,28. Foi exatamente como a Laura ensinou, o app mostrou onde esperar e em 3min o carro chegou. Era um Toyota sedan simples. Como as malas maiores estavam umas dentro das outras, o carro estava com tamanho suficiente.

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Chegamos ao nosso destino por volta das 8h. Estava beeeem frioooo. Somos do Rio, qualquer ventinho já gela os ossos. Meu filho estava achando o maior barato a “fumacinha que estava saindo da boca”, rs. A nossa host estava nos esperando, como combinado. Ela nos passou várias informações sobre o bairro e nos acompanhou até a estação de metrô, que ficava a 3min casa, para comprarmos o Metrocard. Estávamos em Nova York, uhu!

Nesse primeiro dia, não quisemos visitar os pontos turísticos. Optamos por fazer compras de artigos de inverno para curtir os próximos dias devidamente agasalhados. Fomos ao Kings Plaza Mall, no Brooklyn, pois eu queria conhecer a tão falada Primark. Foi amor à primeira vista. Como em todos os lugares, há coisas que valem à pena, outras nem tanto. Comprei os casacos impermeáveis e corta-vento por uma pechincha: $50 nos quatro casacos. Além dessa loja, há várias outras no shopping como Adidas, Aldo, American Eagle, Bath & Body Works, Best Buy, Burlington, Five Below, Forever 21, H&M, Victoria’s Secrets, Macy’s, Old Navy, Ulta. Saímos de lá com tantas bolsas que mal cabiam nas nossas oito mãos. O bom desse shopping é que ele fica fora da área turística, então dá pra comprar sem aquele tumulto.

Voltamos já no finalzinho do dia, deixamos as coisas em casa e fomos visitar a Dollar Tree que ficava a uns três quarteirões. Resultado: mais sacolas. Vários snacks como Pringles, Reese’s, Nutella com pretzels. Voltamos pra casa definitivamente, pois precisávamos descansar.

Dia 7/02 – quinta-feira – Pegamos o metrô com destino a Manhattan. Agora era hora de começar a conhecer a cidade! Descemos na 5 Avenue Station, vimos um pedacinho do Central Park e o coração já bateu mais forte. Acho que só nessa hora eu finalmente entendi onde estava. Meu coração se encheu de gratidão por estar ali, naquele lugar com a minha família. Seguimos pela loja da Apple (que estava em obras), entrei pra pedir algumas informações e admirar a beleza do lugar. Em frente tem o The Plaza, do filme Esqueceram de mim, e passamos pela Trump Tower. A Saint Patrick’s Cathedral é maravilhosa. É uma obra de arte. Que lugar encantador! Adiante estavam o Rockefeller Center e The Lego Store. A caminhada continuou. Avistamos os telões da Times Square com suas luzes hipnotizantes, seguimos para Biblioteca Pública de Nova York, depois o Bryant Park e fomos até a Grand Central Station. Parecia que eu estava dentro de um filme!

Dia 8/02 – sexta-feira – Pegamos o metrô até Port Autorithy Bus Terminal, compramos os bilhetes e seguimos para o WalMart, em New Jersey. Passamos o dia inteiro lá. Visitei todas as seções e tive que comprar uma mala para transportar tantas sacolas de compras.

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Dia 9/02 – sábado – Dia de conhecer a Lady Liberty. Pegamos o metrô até South Ferry Station, andamos um pouquinho pelo lugar e seguimos em direção ao Castle Clinton para comprar nossos ingressos. Chegamos na fila por volta das 8h 30min. Esse dia foi o mais frio da viagem. A sensação térmica era de -11°C. Até passar pela segurança, demorou quase uma hora. E a gente batendo queixo no frio, rs. Mas o importante é que estávamos ali. Entramos no barco e chegamos até a ilha. Confesso que eu queria muito ver a estátua de perto. Não fiquei frustrada com o tamanho. Achei o lugar bem bonito, limpo e organizado. Pena que estava demasiadamente frio. Voltamos e descemos no Battery Park, seguimos em direção a Wall Street e Charging Bull . Tinha que tocar nele! A Trinity Church estava em nosso caminho também. Conhecemos a admirável estação The Oculus.

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Dia 10/2 – domingo – Outro lugar que queria muito conhecer era o The Brooklyn Tabernacle. Chegamos lá antes das 9h para participar do primeiro culto. Assim que chegamos, a recepcionista perguntou se ficaríamos até o final e nos acomodou no andar de baixo. O culto dura em torno de uma hora e meia. Vale a pena cada minuto. Saímos de lá revigorados. É tudo maravilhoso e mais um pouco. Uns trinta minutos após o início do culto, o pastor deixa os turistas à vontade para saírem. Só que o coral canta o dobro depois desse momento. É uma pena sair. A palavra do pastor foi sobre gratidão. E só Deus para me levar até aquele país, com a minha família, em um momento financeiro não tão favorável. Depois da igreja, fomos à região do Dumbo e em seguida, atravessamos a Brooklyn Bridge no sentido Manhattan. Nesse dia, conhecemos Chinatown, Litlle Italy e a região do Soho.

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Dia 11/02 – segunda-feira – Os meninos estavam cansados e quiseram tirar o dia de folga. Eu e minha filha seguimos na árdua missão de visitar o Kings Plaza outra vez. Mais sacolas…

Dia 12/02 – terça-feira –  a neve finalmente chegou e trouxe a chuva junto, mas como eles já tinham ficado de folga na segunda, seguimos para Manhattan. Pegamos o bondinho para Roosevelt Island. Confesso que fiquei esperando o homem-aranha aparecer, rs. De lá, seguimos para a região do World Trade Center. Fomos até a Century 21 dessa região, pois falaram que era a melhor. Não me surpreendi muito. Comprei um relógio. Conhecemos o Memorial 11 de Setembro e o Museu. Que angústia aquele lugar traz. Que dor. Impossível não se emocionar. Nesse mesmo dia, tínhamos ingressos para o One World Observatory, mas como a visibilidade estava ruim, agendamos para a manhã seguinte sem qualquer problema.

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Dia 13/02 – quarta-feira – O dia amanheceu ensolarado, mas muito frio. Foi difícil parar de associar o sol ao calor. Fomos ao One World Observatory. É tudo muito perfeito. Sair do solo para o 102º andar em 47 segundos sem sentir é mágico. Sem contar a vista incrível da cidade lá de cima. Depois seguimos para o The Bronx Zoo. Mesmo sendo inverno, achamos muito interessante a visita ao zoológico. Finalizamos o dia na região do Barclays Center. Tem um shopping pertinho com várias lojas legais.

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Dia 14/02 – quinta-feira – Dia de viver um pouquinho do Central Park. Meu filhos patinaram na Lasker Rink (era o lugar mais barato). Depois, fomos ao Sheep Meadow, Strawberry Fields, The Lake, Bow Bridge, The Mall and Literary Walk, Bethesda Terrace, Bethesda Fountain, Conservatory Water (tem banheiro), Alice in Wonderland, Belvedere Castle. Não deu pra ir em todos os lugares. O bom é que tenho um motivo para voltar. Ficamos quase cinco horas lá. Ao sair, fomos para Columbus Circle. Como era Dia dos Namorados, tinha que ir até a Love Sculpture. Aproveitamos e passamos na Hope Sculpture também. Na fila da escultora do Love, tinha um rapaz distribuindo rosas…

Dia 15/02 – sexta-feira – Dia de Museu. Conhecemos o Museu Americano de História Natural. Que lugar fabuloso! Está na lista de lugares que vou visitar na próxima viagem. Pra melhorar, a opção pague o que desejar deixa tudo ainda melhor. Passamos umas 4 horas lá dentro e esse tempo não foi suficiente. De lá, seguimos para o MoMa, que é grátis às sextas-feiras, a partir das 16h.

Dia 16/02 – sábado – Último dia. Nosso voo era só às 21:55, mas não queria passar sufoco. De manhã, fomos ao The High Line, Chelsea Market e Google. Voltamos pra casa na hora do almoço para fazer tudo com calma. Só que o tempo estava voando e a missão de acomodar tudo nas malas foi quase impossível. Mas conseguimos! Saímos de casa às 18h. Chamei o Lyft de novo, porque estava mais barato. Pagamos $51,87 por um Chevrolet Suburban até o JFK. No raio-x, o funcionário me avisou que uma das malas tinha sido aberta por motivo de segurança. Sabia que isso aconteceria, pois tinha uma arma Nerf do meu filho nela. Deixaram um bilhete, mas nada foi danificado. O cadeado TSA estava intacto, só não estava lacrando a mala.

O voo estava muito cheio, mas não há o que reclamar do serviço. Chegamos bem ao Galeão. As malas demoraram quase meia hora. O meu coração já estava na mão… Mas assim que as avistei na esteira, me tranquilizei. O policial da alfândega estava com muita pressa pedindo que passássemos logo. Não parou ninguém do meu voo.

Como disse no início, minha viagem foi econômica. Meu objetivo não era conhecer a cidade pela sua gastronomia. O fato de poder usar a cozinha ajudou muito. O café da manhã era sempre em casa e a janta também. Na Dollar Tree, é possível comprar itens como pacote com 16 fatias de queijo cheddar ou suíço, cream cheese, mortadela, manteiga, pão de forma, garrafa de 1l de suco, ovo cozido etc. pra tomar o café da manhã em casa, pra mais de uma pessoa, pra dois ou três dias, pagando só $1 por produtos. E comíamos bem.

Durante o dia, fomos várias vezes ao Starbucks, comemos aquele cachorro-quente americano sem graça, pizza de $1, tomamos sorvete italiano, cupcakes, cookies, fomos à loja da Carlos’s Bakery, ao Burger King, Mc Donald’s, Dallas BBQ, Popeye’s e tantos outros lugares que já não me lembro. Uma coisa é certa, não passamos vontade de experimentar nada que queríamos. As farmácias são um sonho. CVS e Wallgreens receberam muito a nossa visita. Apesar de não ter detalhado, fomos à Target, Marsahalls, Jacks 99 Cents e a outras lojas que todos dizem que o turista deve ir.

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Todas as vezes que precisei de ajuda com informações, obtive. Não posso reclamar. Alguns lugares que estavam no roteiro não conseguimos ir dessa vez. O que me consola são as palavras da sábia Laura: “viajar não é riscar da lista”.

Entenda o “viajar não é riscar da lista”. 

New York é gastar os pés. Se perder. Se achar. Ver vitrines diferentes, pessoas diferentes. Conviver com a pluralidade.

Gostaram do relato da Dani? Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!


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