Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
Diário de viagem

Diário de viagem a Nova York – Géssica Figueiredo

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O Diário de Viagem é uma seção que traz relatos de leitores do blog. Nesses relatos, eles contam como foi a viagem a Nova York, o que mais gostaram de fazer, o que não gostaram, dividem dicas, enfim: um diário mesmo. A convidada de hoje é a Géssica Figueiredo, de Garanhuns/PE. Ela ficou 22 dias na cidade, em outubro de 2018. Para conferir mais relatos, clique aqui.

Após tanto tempo lendo relatos incríveis fico feliz em poder compartilhar o meu com vocês! Nova York era um sonho pra mim há anos! Cada momento na cidade foi especial demais! Imaginem uma garota que passou a adolescência assistindo Gossip Girl, o início da vida adulta assistindo Sex and the City e sem mencionar as 500 vezes que assistiu O Diabo Veste Prada? Hahaha! Sempre vi a cidade como um lugar com o estilo de vida mais incrível do mundo e só de estar ali já era surreal pra mim. Passei 22 dias lá e por ter sido um período longo, achei que seria interessante dividir o relato por tópicos e não dias. Espero que gostem!

Vôo ida e volta: Viajei com American Airlines, o voo saiu do GRU e fez com conexão em Miami. A chegada foi no aeroporto de Newark (vista incrível no pouso, nem acreditei que Nova York estava me recebendo com aquela vista sensacional. Sentei do lado direito do avião!). A volta foi exatamente o mesmo trecho, só que ao contrário. Achei o voo muito tranquilo, a comida foi ok (na verdade o frango estava bem gostoso), entretenimento de bordo muito bom, até no voo doméstico tinha poltrona com TV individual. Como foi minha primeira viagem internacional e não sou muito exigente (já que meu único objetivo é chegar viva e que o avião não caia, hahaha), pra mim foi ótimo, eu não sou de reclamar. Meu único problema foi com Newark, na verdade, o problema não foi o aeroporto, o problema fui eu, que viajei com três malas (duas pra despachar e uma de mão). Quando cheguei, minha amiga foi me buscar de carro no aero, mas para voltar, tive que ir sozinha de AirTrain, e se não fossem as pessoas muito gentis de lá, não sei o que teria sido de mim. Prometi a mim mesma nunca mais viajar sozinha com três malas, porque apesar da gentileza de todo mundo, eu ficava com vergonha de estar “incomodando” os outros. E no aeroporto, mais surra de escada. Minhas malas grandes não queriam correr na lateral, minha mãe tinha quebrado minha a mala de mão nas vésperas da viagem, e a bicha ficava se jogando loucamente no chão sozinha… Aí Jesus, nem gosto de lembrar, que sufoco eu passei! Me dá nos nervos relatar essa parte. Mas vai lá: se eu puder aconselhar, não carregue mais malas do que o seu número de mãos. Ponto.

Como ir do aeroporto para o hotel?

Hospedagem: Fiquei hospedada na casa de uma amiga no The Bronx. Achei o bairro BEM tranquilo, andava depois da meia-noite sozinha pela rua usando o celular e não tive problema com isso, sempre me sentia segura! Fiquei bem próximo à Zerega Avenue (casa da minha amiga), mas todo dia íamos à casa da mãe dela, lá na Elder Avenue (quatro paradas de metrô da Zerega). Fiz compras no The Bronx também e posso dizer que é BEEEM mais barato do que em Manhattan! Vou dar mais detalhes no tópico de compras.

Alimentação: Quando eu estava planejando a viagem, confesso que até esperava gastar mais com isso, mas minha amiga sempre me enchia de comida mexicana antes de eu ir para a rua, então acabou que não comi muito fora. E é aquela coisa, né? Se eu ganhava comida em casa e sobrava dinheiro pra gastar mais com uns produtinhos de beleza, eu que não ia perder tempo, hahaha! Mas aqui vão alguns lugares que comi, uns bem turísticos e outros totalmente fora da rota.

  • Brunch: era um dos meus maiores sonhos! Tomei um brunch legalzinho no Brooklyn, o lugar se chamava Hart’s e só tinham locais comendo por lá. Não lembro o endereço porque fui com um amigo que morava lá, ele só me mandou a localização e nos encontramos. Tomei Bloody Mary, comi iogurte com granola, asas de frango apimentadas… Achei legal. Apesar de que o que eu queria mesmo era que tivesse avocado toast, panquecas e eggs Benedict no cardápio deles, mas ok, foi uma experiência bem legal!
  • Levain Bakery: como fã de doce e cookies, coloquei a maior expectativa do mundo no local, já que todo mundo comentava super bem sobre lá, mas quer saber? Não achei nada demais, foi muito frustrante. Eu amo doce meeeesmo, então pra não gostar de algo é bem chocante pra mim. Não que o cookie seja ruim, mas não tinha nada de diferente nele, sabe? Talvez tenha sido porque não me serviram ele quentinho, não sei. Provei tanto o tradicional de massa branca com chocolate e nozes, como o dark chocolate e não, not big deal.
  • Magnolia Bakery: eu tinha a intenção de provar o banana pudding, mas provei apenas os cupcakes e gente, sério… Não são gostosos.
  • Starbucks: parada obrigatória! Fui mil vezes lá, provei o muffin de blueberry (delicioso!!!), provei o muffin de abóbora (delicia também!), teve surra de todos os tipos de café, iogurte, enfim… Gosto muito de lá, ia todos os dias e era o que eu curtia fazer, sabe? Pegar um café, um muffin e ir andar.
  • Halal guys: achei gostoso, bem cara de comida brasileira. Já que eu não comia arroz, frango e salada todo dia, foi a sensação que ficou em mim.
  • Dunkin Donuts: eu já tinha comido no Brasil, mas provei por lá também. É maravilhoso gente, o donut de blueberry então, só amor!
  • Smorgasburg: fui em um dia super feio e frio, infelizmente! Era sábado e peguei o ferry para Williamsburg, já que a feira aos sábados é lá. O lugar estava lotado! Provei churros (iguais ao do Brasil) e o sanduíche de brownie com sorvete (era gostoso). Meu amigo provou o hambúrguer de miojo, ele gostou, mas disse que não valia o dinheiro.

Saiba mais sobre a Smorgasburg 

  • Papa Jhon’s pizza: fatias de pizza por 1 dólar! Achei gostoso, comi duas!
  • Outros: comi sushi em locais completamente não turísticos, tanto em Manhattan quanto no The Bronx e não achei muito diferente do Brasil não, apenas pelo fato de que o sushi deles é sempre salgado, como deve ser. E não, não lembro o nome dos lugares, eu ia com amigos que moravam lá. Comi também no restaurante brasileiro Brazil, Brazil (levei um amigo americano lá), foi tão legal me sentir um pouco em casa de novo, hahahaha! A comida era gostosa.
  • Pancakes: Eu precisa comer panquecas nos EUA, fato! Comi em um restaurante em frente ao Grand Central, achei gostosa, mas nada memorável. Comi no McDonald’s também, a de lá estava mais gostosa. Sei que muita gente quer evitar o Mc quando tá turistando, mas amei o café da manhã que tomei lá, dava pra alimentar umas três pessoas e custou só 7 doláres (ele vinha com panquecas, mel, geleia, um pão diferente, ovos, nuggets e hambúrguer, tudo nas porções bem generosas americanas.)
  • Supermercado brasileiro no Queens: fui lá só pra comprar comida brasileira e cozinhar para minha amiga mexicana que me hospedou – e só para esclarecer, caso fiquem dúvidas e porque vou mencioná-la muito aqui: Anahi e eu nos conhecemos em 2009, enquanto ela fazia intercâmbio na minha cidade. Estudamos juntas no colégio e mantivemos a amizade até hoje! – Amei o lugar, eu ficava feliz em me sentir em casa, mesmo que longe de casa e mesmo que NÃO quisesse voltar pra casa. Hahaha. O supermercado se chama Rio Market e era exatamente igual a um brasileiro.

Locomoção: metrô sempre! E andei muito a pé também! O metrô é fácil demais de ser usado, acredite em mim! Eu sou a pessoa mais perdida do mundo e não tive dificuldade nenhuma em me locomover por lá! O único problema foi controlar meu coração que dava um salto a cada parada de estação, porque vou te contar… Voltei de Nova York com no mínimo uns 327 crushs e uns 90 casamentos planejados na minha mente.

Clique aqui e confira a série sobre o metrô

Rooftops: era uma das coisas que eu mais queria fazer por lá! Fui em três.

  • 230 5th: o mais famoso de Nova York, apesar da fama de ser bem turístico, só vi americano por lá. A vista pro Empire é linda! Eu estava colocando zero expectativas no lugar, mas me surpreendeu. Tomei uma piña colocada deliciosa!
  • Magic Hour: o que esperar de um dos rooftops mais descoladas e jovens de Nova York? O lugar sempre é fechado para alguma uma prive party de famosos, (tipo Cardi B e Rihanna) e para eventos, como a festa anual da Sports Illustrated. Amei demais! O lugar tem uma vibe meio psicodélica com as esculturas gigantes de animais e carrossel que serve de mesa! Eles têm aquele famoso sanduíche de cookie e sorvete, além de drinks em tamanho gigantes! Eu fui em uma segunda-feira à tarde e estava lotado! Pensei: como pode ter tanta gente bebendo às 16h de uma segunda? Sinceramente, God bless America.
  • The Press Lounge: que lugar lindo!! Sem comentários, amei ter ido lá! Ah, tinha uma mesa cheia de brasileiros bem ao meu lado, rs.

Compras: sempre tive em mente que não seria uma viagem com foco em compras, mas eu queria me jogar sim nos produtos de beleza e maquiagem!

  • e.l.f: amei! Comprei muita coisa legal por um preço maravilhoso! Gastei em média 100 dólares lá e renovei o estoque de make. Eis as minhas aquisições: primer, pó compacto, paleta de contorno, duo de iluminador, blush, paleta de sombras, batons, curvex e vários pincéis. Não tenho nada a reclamar do que comprei lá, usei todos os produtos durante a viagem e sempre ficava satisfeita com o resultado da make. Comprei também vários duos de sombra por 2 dólares para dar de presente pras mulheres da família.

5 lojas baratas para comprar maquiagem.

  • Harmon: outro perdição pra mim! Comprei base da Milani (indicação da Laura) e amei! Comprei shampoo a seco da Not Your Mother’s e amei. Comprei um produto para deixar o cabelo com cara de “beach hair” da mesma marca, mas ainda não tenho certeza se gostei! Rímel da Revlon, rímel da L’oreal Professional, corretivos da Maybelline (que tinham sido indicados no grupo do Facebook da Laura). Comprei um leave-in maravilhoso também (gente não lembro o nome agora, uso toda vez que lavo o cabelo, mas simplesmente não lembro o nome da marca! Ele é azul escuro da tampa laranja, era o mais carinho de lá, mas bem recomendado). Comprei spray fixador da Jhon Frieda e não gostei, não fixa nada, depois comprei um 10x maior da Tressemé, foi bem barato, mas não testei ainda. Comprei primer da revlon e uma espécie de água termal deles também. Não consigo lembrar com detalhes de tudo, não sei se deixei escapar algo, mas num resumão, foi isso.

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  • The Ordinary/Deciem: melhor achado EVER! Um milhão de vezes obrigada, Laura! Estou usando os produtos há cerca de dez dias e amando! E gente, como as coisas são baratas lá! Minha pele já é outra agora, está muito mais hidratada, iluminada, UAU. Sério, amei bastante e eu estava passando por uma fase terrível de muitas espinhas e com muitas manchas (coisa que nunca tive). A marca pede 12 semanas pra gente começar a ver os efeitos dos produtos, mas minhas manchas já estão clareando, não nasceram espinhas novas e o hidratante que tô usando (aquele com ácido hialurônico) deixa minha pele muito macia, muito macia mesmo! Melhor compra.

Clique aqui e confira um guia sobre a The Ordinary.

  • Lot-less: várias coisinhas baratas por lá! Comprei mais make (um kit com 4 de batons da Maybelline por 5 dólares), produtos para cabelo, um carregador portátil, barra de chocolate por 99 cents, dois 2 lip balms da Carmex por 3 dólares (!!!), um par de luvas lindo por 5 dólares. Gostei de lá.
  • Tj Maxx: algumas coisas tinham o preço bem bom, outras nem tanto… Comprei um chapéu lá, que foi amor à primeira vista, por 12 dólares. Acho que não foi tão barato, mas eu gostei. Hahaha.
  • Victoria’s Secret: Fui na da 5ª avenida e essa loja merecia entrar no tópico de ponto turístico! Hahaha, que lugar incrível! Eu sou fã da VS e escolhi ir na loja desse endereço porque ela tem um museu com as fantasias que as angels e modelos usaram nos desfiles. Mas sinceramente, a loja surpreende muito além disso! Gente, o banheiro de lá vale mais que a minha casa inteira, ele é gigantesco! Hahaha… Muito luxo por metro quadrado. Eu só comprei uns body splash’s por 6 dólares e peguei promoção de máscara facial, 6 máscaras por 6 dólares. Amei, comprei 12, presenteei algumas pessoas e também fiquei com algumas pra mim, tô usando e gostando.

Saiba mais sobre a loja da Victoria’s Secret

  • GAP – The Bronx: a loja estava quase inteira em promoção! Muitos produtos com preço remarcado e + 60% de desconto. Comprei moletom por 6 dólares, calça jeans por 15 dólares, três calcinhas bem lindas por 5 dólares. Chinelinhos tipo havaianas por 3 dólares! No quesito roupas, foram as melhores compras.
  • Forever 21: comprei sobretudo, casacos, suéter, até sapato (emergência fashion, haha). Mas o destaque fica para a loja da 5ª avenida, comprei óculos de sol lá por 1 dólar! Aí que saudades daquele dia… A mocinha do caixa era super simpática e elogiou minhas escolhas pra roupa, falando como o casaco e suéter que eu tinha acabado de comprar combinavam com a vibe do outono… Oh, céus, quero voltar pra Nova York, escrever esse relato tá machucando!
  • Zara: Comprei um perfume pra minha mãe lá, foi 20 dólares! No resto, ignorei tudo. Acho a Zara cara.
  • Century 21: Comprei carteira da Tommy por 15 dólares pro meu pai!
  • Marshalls:The Bronx: minha amiga comprou tênis da New Balance por 30 dólares e ele era lindo!
  • I love souveniers: comprei chaveirinhos, bonés, 7 blusas temáticas por U$11,99, canecas, globo de neve, enfim… Amei a lojinha, voltei com várias lembrancinhas para a família. Foi indicação da Martha!

Pontos turísticos: aí, acho que essa vai ser a parte mais difícil de escrever porque até o metrô de lá fazia eu me sentir num ponto turístico. Socorro!

  • Times Square: Foi o primeiro lugar que eu quis ir, queria ver o caos na Terra e me sentir em NOva York. Antes de chegar lá já encontrei um Starbucks e entrei pra comprar, né? Nunca tinha tomado na vida e precisava experimentar, rs. O primeiro mico já aconteceu quando eu pedi um café, só que depois pensei melhor e vi que queria trocar o pedido, mas aí o atendente não entendeu que eu queria mudar o pedido e me fez dois cafés, cobrou o preço de dois e até eu entender que ele tava me dando só UM café, que o outro ainda estava sendo feito, mas que ele queria que eu pagasse os dois, foi tempo o suficiente para eu achar que meu inglês era horrível, pensar que só pagava mico, que tinha acabado de chegar e já tava lesando… No fim das contas, eu expliquei pra ele que só queria UM, que tinha pedido para trocar, ele entendeu, peguei meu café certo e saí correndo dali. Aí, Géssica! Enfim, assim que botei os pés na Times tinha um carinha tocando a música Radioactive do Imagine Dragons no violino, eu achei que ia chorar a qualquer momento, mas aguentei. Encontrei o amor da minha vida umas três vezes em cinco minutos, enquanto estava caminhando por ali, mas eles não notaram que eu existo. Anahi fez um book meu tomando Starbucks e andando pela rua (ela é a melhor fotógrafa!), depois fomos na loja da Disney, achei tudo uma gracinha, mas não ia gastar meus dólares lá. Meu objetivo principal do dia era comprar uma blusa com o símbolo do I LOVE NY. Encontrei por 5 dólares, mas não tinha P na cor branca, então saí em busca de outra. Foi quando eu estava andando feliz, tentando não ter um piripaque a cada cruzada de rua, que fui atingida por uma mistura de paralisia com dor de parto no meu pé esquerdo. “Sério? Isso é sério? A macumba das inimigas chegou aqui em Nova York e, bem no meio da região da Times, eu estou com câimbras? Anahi, eu preciso sentar!” Tava doendo muito, minha gente! E quando eu tenho câimbra elas não passam rápido, eu precisei tirar o tênis para alongar bem os dedos! Enquanto isso todo mundo me olhava, e eu lá encostada em uma parede aleatória, agarrada com meu pé, parecendo uma contorcionista de circo, cheia de dor e tentado desesperadamente encontrar um lugar pra sentar. Anahi pediu para eu sentar no carrinho da filha dela (sim, ela tem uma filhinha de dois anos, coisa mais linda!), eu pensei que sentar num carrinho de bebê só ia aumentar meu grau de humilhação.

Quando a câimbra finalmente passou no pé esquerdo, tive outra no pé direito! Dessa vez foi menos intensa, graças a Deus. Finalmente, após passar 20 minutos encostada na parede e ver uma das minhas melhores amigas morrer de rir de mim, encontrei a blusa do I LOVE NYC, comprei 3 por 20 dólares. Coloquei na cabeça que precisava tirar uma foto na escultura do LOVE com aquela blusa, acontece que eu não fazia ideia de onde trocar de roupa, não tinha visto nenhum Mc por ali (óbvio que devia ter, eu que provavelmente não notei), cogitei trocar de blusa no meio da rua mesmo (ideia que contou com um grande incentivo de Anahi) já que eu tava com um top por baixo da minha roupa e eu precisava mesmo da foto, mas depois caí na real e vi que não era uma boa ideia. Enquanto ia atrás da escultura do LOVE encontrei a do HOPE, lembrei que quando eu namorava (o namoro acabou pouco depois de eu comprar as passagens) eu falava pra ele que ia na escultura do LOVE, ia tirar foto e depois marcar ele, assim ele se sentiria amado, haha. Depois que o namoro acabou eu mesma me zoei falando que agora só ia tirar foto na escultura do HOPE, que já tava bom de LOVE na minha vida! Aparentemente Deus levou a sério minha brincadeira, porque dei de cara com escultura do HOPE, tirei mil fotos, passei mais 30 minutos sentada ali, porque Anahi disse que isso ia me ajudar a não ter mais câimbras, e depois fiquei com preguiça de ir procurar a escultura do LOVE, deixei pra voltar outro dia, vestindo minha blusa do I LOVE NY. Me pergunta se eu voltei depois…

  • Grand Central Terminal: me senti em Gossip Girl sim! Achei que a Serena ia aparecer a qualquer momento sim! O lugar é lotado geralmente, mas também passei por lá em horários de menos pico (tipo 23h hahaha) e estava tranquilo. Fui ao Grand Central tantas vezes que já era algo rotineiro. Mandava mensagem para os migos dizendo: me encontra lá na 42! Ah, como me senti nova-iorquina nesses 22 dias, principalmente quando fazia isso! Aí, tá batendo uma saudade terrível da viagem! Deus me ajude a continuar escrevendo esse relato, porque acho que vou começar a chorar já já e não posso fazer isso agora porque tô no trabalho (é, ao invés de estar trabalhando, estou escrevendo sobre Nova York, me julguem).

  • Empire State: jamais esquecerei do dia em que o vi pela primeira vez: eu tinha acabado de sair da e.l.f., Anahi estava procurando um Mc pra poder usar o banheiro, avistamos a NYU (tive um mini ataque cardíaco) e enquanto eu fazia stories sobre como eu ia encontrar com a Blair ali na universidade, fui espancada pela beleza do Empire quando tirei os olhos da NYU e olhei pra minha frente. Eu comecei a gritar na rua (os stories comprovam), eu fiquei enlouquecida! Forcei minha amiga a tirar mil fotos da gente (leia-se a gente “o Empire e eu”, óbvio) e conforme eu ia andando e ele ia se aproximando, eu pirava mais e Anahi precisava fotografar 11 a cada 10 passos meus. Sei lá, nunca pensei que o Empire ia me marcar tanto assim, eu sabia que queria fotos lindas com ele, mas acho que hoje, posso dizer, que foi o ícone de Nova York que me encantou mais.
  • Apartamento da Carrie: então, fui lá porque a bicha me chamou pra gente tomar uns Cosmopolitans, né? Mas quando cheguei na 66 Perry St. só tinha uma fila de gente tirando foto do lugar, a Carrie não estava lá e eu tive que me conformar com uma simples fotografia também, para logo depois ir comer os cupcakes horríveis da Magnólia, hahaha! Brincadeiras à parte, o West Village é lindo! Você vai se sentir como nos filmes! Eu quase não vi turista lá, é só Nova York sendo Nova York, a galera vivendo, o pessoal jogando basquete no parque… (pode ler as reticências como um super suspiro), enfim!! Quando Anahi e eu saímos de lá, a gente foi atrás do High Line, mas estava fechado para uma ópera! Eu até quis ir no Chelsea Market, já que a gente tava ali pertinho, mas a minha amiga arrumou um Diner pra comer e a gente ficou conversando lá… Eu fiquei observando o lugar e sei lá, não tive vontade de ir, o objetivo do dia era ir na casa da Carrie e fomos! Depois a gente começou a andar sem rumo e o que aconteceu? O que sempre acontecia! Próximo ponto turístico…
  • Washington Square Park: a gente estava andando, despretensiosamente pela rua, sem rumo e PAH, demos de cara com o Arco do Triunfo nova-iorquino! Não tenho certeza do que estava rolando lá, não lembro se era o Columbus Day, mas todo mundo tava fantasiado como umas roupas meio de camponeses, galera tocando uns instrumentos, o povo dançando, já era comecinho da noite. Foi tão legal só ficar ali e observar. Me apaixonei por um ruivinho que tava passeando com um cachorro, imaginei que em 5 anos, a gente teria um cachorro e dois filhos; Anahi se ofereceu pra ir lá falar com ele, assim a gente podia começar a colocar os meus planos pro futuro em prática, só que nem deu tempo, ele estava andando rápido e o casamento ficou só na minha imaginação, enfim… Eu voltei no Washington Square Park depois desse dia, só que durante à tarde e garanti minha foto lá com uma luz boa.

  • Brooklyn: se um dia eu fosse morar em Nova York, escolheria morar aí! Que vibe! Amei tudo sobre o Brooklyn, com exceção de que é bem mais frio que em Manhattan. Atravessei a ponte duas vezes (em dias diferentes), uma vez no sentindo Manhattan – Brooklyn, outra sentindo Brooklyn – Manhattan. Fui à região do DUMBO, queria muito ter ido no Brooklyn Bridge Park, mas em um dos dias o tempo estava feio (você simplesmente não conseguia ver o skyline de Manhattan), no outro, eu estava com uns amigos, ficamos conversando, cada um com uma coisa diferente na mente e não deu. Mas sem neura, já já eu volto! Fui ao rooftop da Brooklyn Historical Society (indicação da Laura) e tem uma vista bem linda tanto para a Brooklyn Bridge, quanto para a Manhattan Bridge. Como já disse na parte da alimentação, peguei o ferry pra Williamsburg pra ir à Smorgasburg, nesse dia eu estava com o Caio (conheci no grupo do face da Laura) e a gente pagou pelo ferry, acho que foi uns U$2,75 cada passagem. Lá em Williamsburg, depois de comermos loucamente na feirinha gastronômica, a gente encontrou uma CSV e o Caio passou a vida inteira lá comprando chocolate, enquanto isso eu comecei a sentir meu pé incomodar com o coturno preto que estava usando. Fiquei me perguntando o porquê de eu ter andando 8km normamalmente com ele no dia anterior e justo naquele momento, só porque já tinha andando 10km o sapato ia começar a me machucar (hahaha). Nessa altura, comecei a ficar meio nervosa com a dor, o Caio sugeriu a gente pegar um uber, mas teve algum problema com o aplicativo dele e a gente não conseguiu iniciar a corrida. Eu comecei a respirar fundo e pensar “consigo fazer isso, consigo fazer isso, não tá doendo tanto”, então a gente foi atrás do ferry para voltar para Manhattan. A porcaria do pé começou a queimar, eu disse pro Caio que queria tirar o sapato porque já não tava aguentando, ele super me incentivou, mas depois ficou rindo porque eu tava usando meias de coala e que ele não acreditava que eu estava toda arrumada e usando meia de coala (hahaha). Passamos uns 20 minutos sentados esperando o ferry, quando ele finalmente chegou, aí eu fiz menção de que ia calçar a bota, né? Mas o Caio disse para eu não calçar, pra deixar os pés descansarem mais um pouco e etc… Só que eu fiquei tipo: Menino, como assim? Vou andar só de meia aqui pelo Brooklyn? Esse ferry tá indo pra Wall Street… Olha quanta gente chique! Aí ele: Que nada! Você está em Nova York, ninguém liga pra isso, as pessoas andam de pijama na rua, blá, blá… Pois bem, entrei no ferry pra Wall Street descalça, vestindo apenas um par de meias cheio de coalas. Não sei se alguém ficou me olhando estranho, mas foi ótimo ter feito isso, meus pés melhoraram bem nesse tempinho!! Obrigada, Caio!

Voltando pro que interessa, que é falar sobre o bairro (hahaha)… Confesso que eu ainda tinha planejado fazer muita coisa no Brooklyn, passear mais, ir para cultos (pois sou cristã), mas a verdade é que às vezes eu só queria ficar tranquila, sem rumo, sem o compromisso do “tem que fazer”, então, na próxima viagem, eu exploro mais!

  • Distrito Financeiro: Acho que cheguei a ir lá umas três vezes pelo menos! Uma com a intenção de fazer algo bem turístico: foto no Charging Bull, no memorial 11/09, visita ao museu do 11/09 e ao Westfield. Nas outras vezes, fui fazendo a linha “deixa a vida me levar”. Mas, sobre o touro: é bem legal e lotado de gente! Fiquei com vergonha de entrar na fila para tirar foto com ele, porque era muita gente olhando, mas quando chegou minha vez, fiz o que tinha que fazer “peguei nas bolas” e garanti minha riqueza sim. O memorial do 11/09 é a coisa mais linda! Levei uma rosa vermelha em homenagem às vítimas (a história das Torres Gêmeas sempre mexeu muito comigo) e no fim das contas ainda consegui uma foto linda lá, minha bota até combinava com a rosa! O Westfield é lindo, é enorme, me perdi 2597 lá dentro, amei ficar carregando meu celular na Apple e olhar as pessoas (notaram que para mim, a alegria de estar em Nova York era o simples fato de estar ali?). Passei pelo Eataly, mas não entrei. Passei pela H&M, provei 35 roupas e não comprei. Fui ao Brookfield Place, fiz FaceTime com mainha enquanto estava lá, ela ficou maravilhada até pelo fato de eu estar atravessando a rua (kkkkkkkkk. Tô rindo, porém eu ficava maravilhada também). Peguei o Ferry grátis pra ver a Estátua, não era minha intenção ir até a ilha, mas também não era minha intenção fazer o passeio grátis, queria ir no passeio do Hudson’s 81, só que ninguém quis pagar os 40 dólares para ir comigo e, a verdade é que eu não queria foto com a estátua à noite e pra conseguir de dia, tinha que ir no domingo de manhã e eu nunca acordava cedo no domingo e aí não deu! Mas tá tranquilo, na volta eu faço. A vista pra estátua do Ferry, na minha opinião, é muito boa, a foto não mostra como a gente passa perto, mas o passeio é legal. Encontrei o amor da minha vida no barco, pena que ele não me notou, eu estava realmente apaixonada… Quando a gente desembarcou, passamos por uma brasileira mal educada empurrando todo mundo, fiquei horrorizada, mas me distraí rapidinho porque me apaixonei de novo e fiquei pensando que não era possível que eu mal tinha superado o crush do barco e já tinha um crush lá na estação me fazendo sofrer por viver um amor impossível…

  • Rockfeller Center e Top of The Rock: Fui lá duas vezes. Nesses dias, eu estava com o André (que também conheci no grupo da face da Laura). Nossa intenção era só ir lá uma vez, mas acabou que não conseguimos o ingresso para subir no observatório no mesmo dia que compramos, então fomos em um dia, passeamos por lá e no outro, subimos no Top of The Rock. Dentro do prédio do Rockfeller a gente foi na loja da NBC, eu fiz boomerang na cadeira dos técnicos do The Voice; fiquei chocada com o preço de um simples suéter do Friends (acho que era 58 dólares); olhei os produtos autorizados do Jimmy Fallon e só olhei porque não ia gastar meus dólares ali, a intenção era tirar foto, fazer stories e vazar, hahaha. O André e eu pagamos uns altos micos lá dentro do Rockfeller Center, às vezes a gente andava de um lado pro outro, como dois unicórnios sem rumo, querendo fingir costume e que éramos dali, mas todo mundo sabia que a gente era turista porque a gente não parava de falar português e do nada a gente parava no meio do nada e ficávamos olhando sem saber para onde ir. A gente foi no bar Sixty Five, mas antes de ir chegar lá, a gente foi se informar, né? Então fomos, o André e eu todos felizes e contentes da vida falando inglês com o recepcionista, perguntando em qual andar ficava o Sixty Five, foi quando o moço olhou pra gente e disse: O Sixty Five? Será que o bar do 65° por acaso não fica no 65° andar, não? E aí ele começou a rir. Eu comecei a rir. O André começou a rir. Saímos com a cara no chão e correndo enquanto eu falava: “Que vergonha, Dé, a gente só paga mico, amigo!! Mas sei lá, como a gente ia adivinhar que o Sixty Five era de 65°? Eles podiam sim querer que fosse no 57 andar°, não podiam não? A gente nunca vai poder fingir costume, socorro”. Esse foi só mais um dos 85496 micos que paguei em Nova York. Mas sobre o bar: foi bem legal, bem cheio, amo que americano tá nem aí, dá 17h e eles correm pra encher a cara em um lugar caro, que qualquer drink custa mais que meu salário (mentira, mas depende). O André e eu fomos lá, com muita cara de pau, não consumimos nem água (não me orgulho disso), tiramos uma foto dentro do bar e depois saímos de fininho. No outro dia a gente já tava mais familiarizado com o Rockfeller e não pagamos mico, só subimos no Top Of The Rock, tiramos 974 fotos e fomos embora.

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  • Central Park: eu fiz um roteiro lindo, detalhado e gigantesco de todos os lugares que queria conhecer lá. Pergunta se eu fiz alguma coisa. Não, não fiz. Encontrei o André nesse dia, usamos o Central Park só como ponto de encontro (finos) pra gente começar a bater perna. Na verdade, eu cheguei dando de cara com a estátua da Alice no País das Maravilhas, ela nem estava no meu roteiro porque a achava sem graça, mas fiz stories pra registrar. Quando o André e eu começamos a andar, pra sair do Central Park e ir fazer qualquer coisa, que nem a gente sabia o que queria fazer adivinhem o que aconteceu? Fomos nocauteados com a beleza do Bethesda Terrace and Fountain (fãs de Gossip Girl, vocês sabem do que tô falando), aí eu tive um mini AVC, puxei o André pra todos os lados (o coitado não sabia nem o que era Gossip Girl), forcei ele a tirar mil fotos lá minha, expliquei que a Blair tinha casado com o Chuck ali, mas ele NÃO entendeu a importância do acontecimento (então nem mencionei que foi lá também que a Blair e Serena fizeram as pazes em uma tarde de chuva)! Dentro do terraço tinha um homem MARAVILHOSO cantando All of Me do John Legend, fiquei impressionada; talvez tenha desenvolvido um crush aleatório nele; pedi pro André colocar dinheiro no potinho do cantor, porque eu estava com vergonha; e daí a gente andou mais uns 20 minutos até sair do parque e eu nunca mais voltei lá. Eu estava esperando as folhas mudarem de cor pra voltar! Mas elas não mudaram, enfim… Só que vocês sabem, né? Eu volto na próxima!

  • New York Public Library: Aí, Jesus… O André e eu pagamos tanto mico lá! Primeiro, que a gente já chegou entrando e jurando que estava em casa, né? Emburacamos e do nada o segurança começou a falar em espanhol, eu nem lembro o que ele falou, mas consegui entender, só que, né? “Primeiro que no Brasil a gente fala PORTUGUÊS tá? Segundo que eu sei falar inglês, moço, o André também sabe, então vai com calma aí, que a gente nem tem tanta cara de turista assim, um nova-iorquino não podiam pensar que era só chegar e entrar não?” Não, um nova-iorquino sabe que em todo lugar tem um bendito procedimento de segurança porque eles não querem que você entre com uma bomba relógio lá no ponto turístico deles e destrua tudo, então, tá, primeiro mico concluído com sucesso. Depois a gente ficou como duas baratas tontas procurando a sala famosa dos filmes, né? Aquela gigante lá… Achamos e começamos a surra de foto “André, meu braço tá saindo gordo, tira a foto DE CIMA, André!! Meu ângulo não é esse, deixa eu te mostrar, vem cá, amigo…”, foi enquanto eu ensinava o André a me fotografar (coisa que ele aprendeu muito bem!) que fui surpreendida pelo crush n° 163 com um nada delicado “shhhhh”, eita que vergonha, meu Deus do céu! “André, finge que é daqui, pelo amor de Deus!! Vamos sentar pra carregar o celular, pega ali aquele livro e finge que tá lendo. Meu Deus deu vergonha, nunca mais… Aí, como você fica lindo lendo livro, deixa eu tirar uma foto sua…” Jesus, saímos dali e morri de vergonha de mim mesma, eu juro que não tava falando alto, mas jamais voltarei lá pra turistar, apenas para ler livros sobre a independência americana.

  • St. Patrick Cathedral: É linda, a gente acendeu uma vela lá e agradeceu a Deus pela chance de estarmos ali!
  • Bryant Park: Compramos um café e chocolate quente no Mc e andamos até lá. A gente jogou o café e chocolate no lixo depois de três goladas. Admiramos o parque, que é bem basiquinho, e depois fomos atrás de Starbucks.
  • Chinatown: Chinesada pra todo canto, desde a estação do metrô você já vê que é outra vibe! Passamos, fiz stories pra mostrar que tava lá, tirei uma foto numa parede lindinha com grafite e depois fomos embora.
  • The MET: Tinha marcado de almoçar com a Blair e Serena lá, mas elas furaram comigo de última hora. Fiquei bolada? Fiquei, mas segui normalmente, tirei umas fotos na escada e depois fui embora.
  • 5ª avenida: Ah, se você ama moda aquilo ali é um ponto turístico sim! Me sentia a própria Andy (alô O Diabo Veste Prada), amei as 585 vezes que passei ali para andar durante a viagem!

E pra concluir, eu tinha planejado mais alguns passeios sim, tipo ir ao estádio dos Yankees, já que eu estava no The Bronx, ir ao Museu de História Natural (que ainda quero ir e vai ficar para a próxima!), um musical da Brodway… Mas eu amei o jeito que levei minha viagem, sem me pressionar para fazer algo porque “tem que fazer”, sem contar que existe uma Nova York para cada um e minha maior alegria foi ter ficado na casa da minha amiga, ter andando de metrô, ter ido ao mercado, padaria, me sentir como parte dali, como se ali fosse meu lugar pra vida e não pelos próximos 22 dias. Eu passei por vários pontos turísticos que até esqueci de mencionar (tipo Flatiron), andei muito pelo SoHo em algumas das vezes que saí sozinha e, de vez em quando, para mim, era lindo só parar e olhar, sem pensar nas fotos, haha! Acho que minha experiência lá não poderia ter sido melhor. Agradeço muito a Deus por ter tornado um dos meus maiores sonhos reais. Melhor que isso só se um nova-iorquino tivesse se apaixonado por mim (até que arrumei um boy lá, vai! Mas sei lá se vai render… hahaha).

Agradeço muito a você, Laura, graças ao seu blog e grupo aprendi ainda mais sobre cidade que eu amo desde a minha adolescência! E me desculpem por ter escrito tanto, eu tentei no começo do relato ser mais o racional e objetiva possível, mas não consegui conter meu amor por nova-iorque e por escrever! Espero que esse relato possa ajudar alguém ou que, quem leu, tenha se sentido teletransportado para a cidade. Eu me senti.

Muito obrigada, Géssica, por contribuir com o seu relato!

Gostaram do relato da Géssica? Se você quiser participar, envie seu relato para análise para laura@lauraperuchi.com COM FOTOS, seu nome completo e cidade/estado. LEMBRE-SE que é preciso ser detalhista. Não precisa escrever um livro, mas seu relato tem que ser informativo!


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