Blog da Laura Peruchi – Tudo sobre Nova York
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Viajando sozinho para Nova York – dicas e relatos – parte 7

E chegamos ao fim de mais uma “temporada” de posts sobre viajar sozinho para Nova York! Fiquei feliz em poder contar com tanta gente legal, que topou compartilhar seus relatos com vocês. Se todos esses depoimentos conseguiram dar o empurrão que faltava para pelo menos uma pessoa, então já está valendo. Ler tantas histórias inspiradoras faz a gente refletir sobre tanta coisa, né? Espero que os posts tenham tocado vocês assim como me tocaram! Para conferir todos os posts, é só clicar aqui.

Natália Chvarts, 25 anos. São Paulo/SP. Designer de estampas. Ficou hospedada em hotel. 

“Decidi que faria essa viagem puramente por lazer. Assim que consegui confirmar a data das minhas férias, nem pesquisei muito. Já logo reservei minhas passagens e hotel, pois estava ansiosa pra começar a programar meu roteiro. Gosto do processo de planejamento quase tanto quanto gosto da viagem em si. Eu já havia estado em Nova York outra vez, no começo de 2013, mas daquela vez eu não estava sozinha.  Foram dias incríveis, mas senti um pouco de falta de fazer algumas coisas “do meu jeito”. A única coisa que fiz sozinha daquela vez foi assistir a um show no Terminal 5, e o antes, durante e depois deste show foi uma das melhores partes da minha primeira vez em Nova York. Agora, talvez por já conhecer um pouco da cidade, fiquei mais confortável em tomar a decisão de voltar, desta vez totalmente sozinha. E eu estava certa, pois tudo ocorreu exatamente como planejei.  Com certeza eu pretendo viajar sozinha mais vezes, e Nova York é um destino que considerarei com carinho, já que agora eu estou ainda mais segura de que lá eu sobrevivo tranquilamente, e posso aproveitar a cidade sem nenhuma grande preocupação. Por mais anti-social que isso possa soar, preferi usar meu tempo para meus interesses pessoais. Não vejo problema nenhum em gostar da minha própria companhia e não entendo porque às vezes isso é visto com maus olhos. O tempo era pouco e eu acabava meus dias sempre super exausta, com forças apenas para pegar uma cerveja no 7-Eleven mais próximo e beber esparramada no quarto do hotel, pensando sobre todas as coisas incríveis que eu vivi durante o dia e quais as próximas me aguardavam para os dias seguintes. Quando se viaja sozinho, a única certeza é que você é o único responsável por tornar aqueles dias inesquecíveis. Tudo o que você faz ou deixa de fazer, só interfere em você mesmo, e essa sensação de se sentir-se capaz de realizar seus sonhos é muito gratificante.”

Qual o conselho que daria para quem está pensando em viajar sozinho para Nova York? Faça o máximo de planos possíveis antes de ir, informe-se ao máximo e leia muito o blog da Laura. Veja os vídeos do canal no YouTube também. E depois, boa viagem! Nova York tem tantos atrativos, tantas coisas para ver e para fazer que não há como se sentir sozinho. Por exemplo, aqui no Brasil uma coisa que eu evito fazer sozinha é sair para comer, confesso que acho um pouco triste, deprimente. Mas, em Nova York, eu não pensei nisso nenhuma vez, muito pelo contrário, eu estava adorando poder escolher sozinha aonde e em qual horário eu iria fazer minhas refeições. Aproveite esse “silêncio” para escutar a cidade, escutar as pessoas de todo o mundo conversando à  sua volta, tudo isso é muito enriquecedor e faz o que era apenas uma viagem se tornar uma experiência completa.

Qual é a parte mais legal de viajar sozinho? A autonomia de fazer um roteiro pensado apenas nas suas necessidades é maravilhosa demais pra não citar várias vezes. Todo o planejamento fica por sua conta, mas em compensação, não é preciso abrir mão de nada em prol do outro.  Voar sozinho também foi surpreendentemente bom, pelo menos pra mim que consigo (e gosto) de dormir praticamente a viagem inteira.

E qual a parte mais chata?  Foi difícil pensar em algo, mas se tenho mesmo que escolher  alguma coisa chata, essa coisa é ter que admitir que o famigerado “pau-de-selfie” pode ser bem útil. E apaixonada por comida que sou, não ter ninguém pra dividir a comida (e conseguir experimentar mais coisas) também faz um pouco de falta.

Um programa imperdível para quem viaja sozinho para Nova York é… passear por Williamsburg, no Brooklyn , mesmo que meio sem rumo. Acredito que o bairro já perdeu o hype da “descoberta” e já faz parte do roteiro de muitos viajantes, mas isso não significa que Williamsburg perdeu o seu charme. Espere por muitas lojas (e brechós!) super legais, várias opções de cafés e restaurantes, e principalmente para os apaixonados por música, o passeio não pode terminar sem uma visita a Rough Trade, uma loja de discos enorme e repleta dos clássicos e dos últimos lançamentos musicais, tanto em vinil quanto em CD.

Vanessa Vieira Adriano, 20 anos, São Paulo- SP, estudante de direito e estagiária. Ficou em residência estudantil.

“Desde sempre eu sonhei em fazer intercâmbio, mas sempre pareceu muito fora da minha realidade. Até que comecei a estagiar num escritório em que o inglês é considerado imprescindível, então, comecei a repensar a ideia. Quando comecei a pensar em intercâmbio, Nova York não era minha primeira opção, isso pela conversão do dólar em real, que assusta qualquer um de primeira rs. Minha mãe tem um primo que mora em Londres, então, minha primeira opção era estudar lá e ficar na casa dele, assim, não precisaria pagar hospedagem, mas acabou não dando certo. Logo em seguida, pensei no Canadá. por ser mais em conta, mas confesso que a vontade de conhecer e viver em Nova York falou muito mais alto. Sempre assistia Gossip Girl e eu era apaixonada pelo estilo da sárie, o estilo das pessoas e da cidade. Não sei definir a sensação, mas Nova York sempre esteve no meu coração hahaha. Sou apaixonada por cidades grandes, moro em São Paulo desde sempre, então, também não me imaginava em uma cidade do interior, ainda mais porque eu ficaria mais tempo do que somente férias comuns, acho que ficaria entendiada (coisa que é impossível em Nova York haha). Comecei a planejar o intercâmbio no começo de 2016, juntando dinheiro e pensando em todas as coisas que precisaria. Em julho, comecei a cotar com agências e ver escolas; em agosto já tinha tudo encaminhado e viajei em dezembro. Foi um ano super complicado, porque além do dólar estar alto, eu sabia que Nova York não era uma cidade nada barata para viver, então, economizando bastante e com a ajuda dos meus pais e namorado, eu consegui juntar um bom dinheiro para vir. Foi super tranquilo organizar tudo, mas meu conselho é: pesquise muito, dá pra economizar se você se planejar com antecedência e pesquisar bastante. Enquanto planejava a viagem, tinha uma amiga que estava morando em Nova York, então acabei tendo um incentivo a mais. Na verdade, acho que todos com quem falei tinham mil coisas para falar da cidade, o que me atraiu muito mais e, quanto mais eu pesquisava, mais coisas incríveis eu descobria e foi numa dessas pesquisar que conheci o blog que me ajudou tanto! Claro que senti saudade da família e namorado, pois gostaria de dividir todos os momentos maravilhosos que vivi com eles, mas pude curtir um momento comigo mesma e meus pensamentos, aproveitar para dar valor para tudo que tenho e o quanto sou privilegiada por ter tido a oportunidade de estudar aqui nessa cidade maravilhosa. Fiquei hospedada numa residência para mulheres que trabalham ou estudam em Nova York. Tive que ficar numa “fila de espera”, então apliquei para a residência com uns 4 meses de antecedência.  Meu maior aprendizado viajando/morando sozinha por quase 3 meses foi concluir que sim, eu posso fazer o que eu quiser. Nao de uma forma egoísta, mas é uma sensação boa de poder fazer suas coisas sem se preocupar se outra pessoa está na mesma vibe que você sabe?! Curtia meu momento e de acordo com o que eu queria ou não fazer”.

Qual o conselho que daria para quem está pensando em viajar sozinho para Nova York? Não tenha medo, vergonha ou nada do tipo. Você vai conseguir fazer tudo que quiser se planejar certinho e sempre existem pessoas dispostas a ajudar. Não ache que você será a única pessoa fazendo isso e é uma experiencia única!

Qual é a parte mais legal de viajar sozinho? Ter seu próprio horário para fazer as coisas, ter seu roteiro e poder mudar se não estiver mais a fim de fazer aquilo. Curtir seu tempo apreciando os pontos que planejou visitar.

E qual a parte mais chata? Acho que a parte mais chata era tirar selfie, mas depois que perdi a vergonha (uns dois dias depois haha) comecei a pedir para as pessoas tirarem e nunca recebi uma resposta rude ou nada do tipo, em geral todos entendem. E sentir saudade também, passar o Natal e ano novo longe da minha família e namorado foi MUITO difícil pra mim, nossa, como foi! Mas felizmente uma amiga da minha irmã está morando aqui também, então passei essas datas com a ela e a família.

Um programa imperdível para quem viaja sozinho para Nova York é… não consigo pensar em um programa só pra quem viaja sozinho, acho que o importante é não deixar de fazer nada só porque está sozinho.  Meus passeios favoritos foram Brooklyn Bridge, Staten Island Ferry e Estátua da Liberdade.

Patrícia Floriani Mansur, 36 anos, Brasília/DF, Servidora Pública Federal. Ficou em hostel.

“Minha irmã e eu estávamos combinando de ir à formatura de doutorado de uma amiga dela na Universidade de Lousiana, em Baton Rouge. Então eu pensei: já que estamos indo para os Estados Unidos, vamos fazer uma viagem para alguma cidade legal. Decidimos ir para a Disney passar uns dias lá antes. Neste meio de programação, minha irmã perdeu o emprego, meu cunhado (que depois ia também) não havia tirado a documentação e a amiga dela não iria se formar mais em novembro… Eu já havia reservado o hotel e comprado as viagens para Orlando, por isso, já que eles não iriam mais, eu resolvi passar o tempo que ficaria em Baton Rouge em Nova York, já que era um desejo grande conhecer a cidade também. Além disso, foi por meio do grupo “Viagem para Mulheres” que conheci o Blog da Laura Peruchi e li diversos relatos de que Nova York era uma cidade para onde mulheres viajam sozinha sem problemas. Daí, fiquei 10 dias em Orlando e 7 em Nova York sozinha. Foi minha primeira viagem sozinha… 20 dias viajando (contando o trânsito entre os países) e com certeza esta experiência me ajudou demais a tomar a decisão de não ficar esperando mais ninguém para fazer as coisas que eu sonho fazer. História engraçada eu não tive, mas tive três momentos incríveis, que fizeram me apaixonar ainda mais pela cidade. O primeiro, assim que cheguei no JFK, solicitei o Uber. O motorista me ligou e eu não conseguia entender o que ele falava… a ligação estava muito baixa e ele tinha sotaque e o meu inglês não é fluente. Então, pedi para uma moça que também estava esperando um carro falar com ele e ela na hora resolveu o problema para mim e me desejou boas-vindas e foi super gentil comigo! O segundo foi no segundo dia de passeio. Fui tirar o meu protetor de orelhas do bolso e ele caiu debaixo de uma van e, como ficou difícil de pega,r eu deixei pra lá. Um motorista de táxi, que estava parado no sinal, do outro lado da rua, viu a situação e quando o sinal abriu para ele, ele começou a buzinar. Eu achei que ele queria passar e comecei a abanar a mão que ele podia passar kkkkk. Aí ele parou o carro e disse que ia pegar para mim o protetor, que viu que eu não ia conseguir pegar sozinha. Foi muito gentil! E a terceira foi quando resolvi subir numa pedra do Central Park para tirar uma foto, mas ela estava meio escorregadia porque no dia anterior havia nevado e chovido. Então, na hora de descer, um senhor que estava caminhando, foi lá e se ofereceu para me ajudar a descer. O meu maior aprendizado nesta viagem é de que se você se ama e está feliz com a sua companhia, sozinha ou acompanhada, a viagem será espetacular!”

Qual o conselho que daria para quem está pensando em viajar sozinho para Nova York? Independente do seu destino, apaixone-se pelo lugar, explore, sente-se num restaurante mesmo só, converse com as pessoas mesmo que seja um “Book is on the table” kkkk. Aprecie, aproveite para olhar cada detalhe, para guardar na memória, coisas que você não faria se estivesse na companhia de outra pessoa. Nesta viagem até a oportunidade de um esquilo vir até minha mão eu tive…e aposto que foi porque estava sozinha. Se estivesse conversando, distraída, perderia esta oportunidade.Qual é a parte mais legal de viajar sozinho? A parte mais legal de viajar sozinha é de ficar na rua até a hora que quiser, comer na hora que quiser, o que quiser… a liberdade de tomar as próprias decisões sem que ter combinar com o outro.

E qual a parte mais chata? Muitas vezes eu queria comentar alguma coisa, tirar mais fotos de corpo inteiro e gastar menos dinheiro, dividindo Uber, hotel, comidas.

Um programa imperdível para quem viaja sozinho para Nova York é… caminhar, caminhar, caminhar! Compra um Bengay, um sapato confortável e explore, sem medo de ser feliz! Ahhh e vá a um show da Broadway. Se o inglês for intermediário, como o meu, leia sobre a peça antes, para chegar lá entendendo. Assisti a peça Wicked e achei perfeita, maravilhosa! Tomei até o Gozmopolitan no intervalo rsrs. E nesta viagem meu sonho se realizou, pois eu conheci a neve!!! Amei a neve, amei o frio! Volto com certeza!

Obrigada meninas por compartilharem suas histórias!

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