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De mochila: dois dias em Viena

Na semana passada, me apresentei e falei um pouco sobre Paris, lembram? Agora voltei pra falar um pouquinho sobre Viena, na Áustria, seguindo o mesmo estilo. Antes de qualquer coisa, acho interessante dizer, para quem não sabe, que Viena é uma cidade especial por causa de sua relação com a música. Se você se interessa por música clássica, vá pra Viena! Vou dar algumas dicas e ilustrar o post com fotos que fiz na cidade.
Começando pelos detalhes práticos…
Como chegar
Bom, mais uma vez, saí de Leiden, na Holanda, e fui de trem até Rotterdam (era mais barato sair de lá do que do Schipol, aeroporto de Amsterdam, embora a distância seja quase a mesma. Do aeroporto de Rotterdam (The Hague), eu e meu namorado pegamos um voo da empresa Transavia para o aeroporto de Viena e chegamos na cidade já à noite. Essa empresas que fazem voos mais baratos em geral não têm franquia de bagagem despachada inclusa no valor do bilhete, tem que pagar uns 15 euros a mais por peça. É gratuita a franquia de uma bagagem de mão de até 10 kg e medidas limitadas (nossas mochilas foram conosco na cabine, tinham uma média de 8,5kg cada). Já em Viena, o aeroporto é afastado da cidade e não sabíamos muito bem como chegar até o hostel (não deu muito tempo para nos programarmos), então pedimos ajuda no balcão de informações do próprio aeroporto. A funcionária nos deu um mapa e sugeriu um ônibus que fazia o transporte direto até o centro da cidade por 8 euros (caríssimo!) e de lá pegamos um metrô até perto do hostel. Depois descobrimos que dava para ir até esse ponto de metrô de trem, praticamente pela metade do preço… O que sobra é o equivalente a uma ¼ de pizza (quente e deliciosa) e uma bebida em bodeguinhas na rua. Pense nisso.

Depois de descer do metrô, mesmo com mapa e o endereço do hostel, foi bem difícil nos localizarmos. Tente ver certinho como chegar ao seu hostel/hotel, especialmente se for chegar à noite. Eu acabei ficando um pouco nervosa e remexendo na minha bolsa deixei minha câmera cair no chão. Imaginem o drama, na hora pensei que tinha ferrado a câmera e que iria embora sem fotos, além do prejuízo. Ela continuou funcionando e felizmente não quebrou a lente que eu tinha comprado uma semana antes, mas está com defeito por causa disso. Fique de lição para vocês não fazerem essas besteiras. =(

Transporte público em Viena

A cobertura do metrô dá conta das atrações, mas não é tão grande como a de Paris, por exemplo. Dentro da cidade, você também pode usar o tram (bonde) e ônibus, mas não acho que seja necessário. Para encontrar as estações, não procure pelas placas por um grande “M” de ‘metrô’, mas sim por placas com um grande “U”, de ‘underground’. Ao invés de repetir aqui o que já está muito bem descrito, indico a leitura deste artigo para entender como o metrô funciona em Viena 


Hospedagem
Ficamos no hostel da rede A&O , num quarto misto (para homens e mulheres) para 6 pessoas. Recomendo com toda a certeza. Ficamos em quarto misto porque estávamos viajando em casal e preferimos ficar no mesmo quarto. A maioria dos albergues/hostels, porém, oferece também dormitórios só para mulheres e só para homens – acho bem legal. Por três noites, pagamos cerca de 90 euros (total das duas camas para três noites, mais 3 euros pelo lençol e 1 euro pelas toalhas). Achei o preço muito bom, pois dá cerca de 45 euros por pessoa, ou seja, cerca de 15 euros por pessoa/cama/noite. O hostel é limpíssimo, bem silencioso na ala dos dormitórios. Na primeira noite, o quarto estava ocupado apenas por nós dois e mais dois brasileiros. Na segunda, apenas uma cama ficou desocupada e na última o quarto ficou cheio, mas em todas as noites dormi perfeitamente. As pessoas respeitaram muito e, com o cansaço, você dificilmente acorda com pequenos ruídos. No banheiro, há sabonete líquido/shampoo e secadores de cabelo (daqueles fraquiiiiinhos) disponíveis. O hostel também disponibiliza free wifi, luggage room e tem um bar com preços razoáveis (tomamos umas cervejas lá).
Ok, estou em Viena. Agora, o que tem pra conhecer?
Bom, nós chegamos numa quinta à noite, passamos sexta e sábado na cidade e partimos domingo de manhã – ou seja, vou falar sobre o que eu fiz em dois dias pela cidade, mas já adianto que foi bem pouco tempo, tem muita coisa em Viena! Nós não entramos em nenhum museu.
No primeiro dia na cidade, pegamos o metrô e descemos na Stephanplatz, onde fica o Stephansdom (catedral de São Estevão). Ela é linda demais, por fora e por dentro (não paga para entrar, só para subir na torre – subimos no dia seguinte). Ao lado da catedral, você vê uma fila enorme de carruagens, nas quais você pode passear como se estivesse na cidade há, no mínimo, algumas décadas. Não fizemos isso, portanto não sei quanto custa. Vale, porém, olhar as carruagens e os cavalos com calma. Muitos cocheiros se vestem a caráter. Nós havíamos comprado ingressos para um concerto pela internet, mas na praça da catedral (e por toda a cidade) havia muitas pessoas vendendo ingressos para outros concertos (são muitos, todos os dias), e lá mesmo compramos dois para o dia seguinte também. Logo, as nossas duas noites “úteis” na cidade foram usadas para assistir concertos. É bem legal que essas pessoas que vendem ingressos para os concertos também ficam vestidas a caráter.

Saímos da Stephanplatz e fomos percorrendo os arredores, passando pela frente da antiga casa do Mozart – que hoje é um museu –, mas não entramos. Seguimos pelo Stadpark. Perto dele, fica a Beethovenplatz (Praça do Beethoven). Parece até engraçado, mas realmente parece que tudo na cidade está intimamente ligado à música clássica. No Stadpark há uma estátua toda dourada do Strauss, linda! Nessa região central, você vê as principais casas de concerto da cidade.

Bom, depois de ver o Stadpark e a praça do Beethoven, seguimos em direção a uma parte da cidade que forma uma espécie de complexo de construções que fazem você não acreditar em quão lindas elas são. Acho que é mais ou menos isso. É tudo uma coisa do lado da outra: Burggarten (jardim), biblioteca nacional Austríaca, Volksgarten, a ópera, Burgtheater, Rathausplatz, o parlamento… siga por esse caminho lindo até o Sigmund Freud Park, na frente do Votivpark. Separe no mínimo uma tarde andando por essas construções para poder vê-las com calma. Recomendo ler mais sobre os museus da cidade (são muitos) para decidir se vai entrar em algum. Nós não tivemos tempo.

Depois de passar o dia zanzando por ali, fomos até hostel tomar um banho e voltamos para essa região para assistir à Wieren Mozartorchester, no Musikverein. Pagamos 45 euros de cada para ficarmos na parte mais de trás da sala. Não é barato pra quem viaja sem grana, mas vale muito… Os músicos se vestem a caráter e, além da orquestra, havia uma soprano e um tenor. Ainda tem o lugar, lindo demais.

Queríamos ir ao Naschmarkt, que é o mercado mais popular de Viena, conhecido como “o estômago da cidade”, mas não foi possível. 

No dia seguinte, saímos direto do hostel para o parque Prater (metrô Prater). É um parque de diversões “vintage”, no qual fica a Riesenrad, roda-gigante mais antiga do mundo ainda em funcionamento (1897). São 9 euros para andar nela… Achei um absurdo e não subi. Fomos em um brinquedo conhecido como Chapéu Mexicano, coisa que eu queria fazer há tempo, e foi muito legal. Se você for muito medroso e tiver problemas com altura, não vá. Pagamos 5 euros para esse brinquedo. No Prater também fica o Madame Tussauds http://www.madametussauds.com de Viena. Eu nunca fui num museu Madame Tussauds porque não me interessa muito, mas na entrada tinha uma estátua do Arnold Schwarzenegger e, realmente, é perfeita.

Depois do Prater, fomos caminhando (pela beira do rio, que é bem mais lindo) até o hunderwasserhaus. Êta palavrinha. Bom, isso é o nome de um prédio muito colorida. Veja mais no Google Imagens. Nada imperdível, mas é legal. De lá, seguimos até uma estação de metrô em direção, novamente, à Stephanplatz. Subimos na torre do Stephansdom, foram 5 euros de cada. Tem elevador. É uma vista bem legal da cidade (se você gosta de ver as cidades de cima). Da praça, seguimos até o Palácio Belvedere (dá pra ir a pé). Lá também funcionam museus, mas preferimos ficar curtindo o visual do jardim que é magnífico. Se tiver tempo, há também o palácio Hofburg. Bom, do Belvedere passamos no hostel e quase perdemos a hora para o concerto da Wiener Royal Orchester (Beethovenplatz). Foi um concerto de Mozart (de novo!) e Strauss e teve também balé. Lindo demais. No dia seguinte, pela manhã, pegamos um ônibus para Praga. Conto mais no próximo post.

Obs. 1: hoje em dia não tem mais regra de traje para os concertos. Você pode passear o dia inteiro e ir direto pra lá de tênis. Mas tente chegar pelo menos uns minutos antes do horário marcado. Também não é permitido entrar na sala com casacos, e paga-se 1 euro para deixá-lo guardado.

Obs. 2: no Stephansdom tem Catacumbas, pra quem se interessa, mas estava sem acesso aos visitantes. Eu fui uma vez em Paris e é legal. 
Obs. 3: o idioma oficial do país é alemão, mas pra um estadia turística você se vira com inglês bem tranquilamente.
Meiry Peruchi Mezari 

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